Reino Unido e União Europeia anunciam acordo de defesa e comércio; veja pontos
Acordo reaproxima os dois lados nove anos depois do Brexit e foi motivado por ameaças de Trump de não ajudar militarmente a Europa. Venda de armas britânicas para o bloco europeu e a facilitação de entrada de produtos e cidadãos britânicos nos países da UE estão entre pontos. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, caminha ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Londres, em 19 de maio de 2025. Carl Court/Pool via Reuters Nove anos depois de uma "separação" complexa, o Reino Unido e a União Europeia chegaram nesta segunda-feira (19) a um acordo para trocas comerciais e de defesa. O acordo é a maior parceria entre os dois lados desde o Brexit — a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016 — e foi costurado da "reviravolta" na geopolítica mundial promovida pela chegada do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao poder. Diante de ameaças feitas por Trump de desfazer alianças comerciais e na matéria de defesa com a Europa, o bloco europeu e o governo britânico decidiram retomar relações após o "divórcio amargo", como o Brexit ficou conhecido. O acordo anunciado nesta segunda privilegia a União Europeia em termos de defesa — já que o Reino Unido é um dos países com mais poderio militar do Ocidente — e dá vantagens comerciais a Londres, que terá agora facilidades para o grande mercado dos 27 países do bloco europeu. O acordo prevê: Um pacto de defesa e segurança que permitirá ao Reino Unido e União Europeia participar de qualquer aquisição conjunta de armamentos; Que empresas britânicas de armas possam participar de licitações dentro da União Europeia de compra de produtos bélicos, parte de um programa de bloco de 150 bilhões de euros para se reamar; Facilitar o acesso de alimentos e visitantes do Reino Unido à União Europeia; Fazer um novo e polêmico acordo de pesca, já assinado também nesta segunda e que prevê que embarcações britânicas e da UE terão acesso às águas uma da outra por 12 anos; Em troca, em troca, Bruxelas garante ao Reino Unido redução permanente da burocracia e dos controles de fronteira que impediam os pequenos produtores britânicos de exportar para a Europa; O esboço de um programa para a mobilidade de jovens dos dois lados, com os detalhes a serem definidos no futuro, e a participação de britânicos no programa Erasmus, de intercâmbio de universitários europeus. As tarifas de Trump e suas ameaças de que a Europa deveria buscar meios próprios de se proteger de eventuais ataques forçaram os governos de todo o mundo a repensar os laços comerciais, de defesa e de segurança. A nova dinâmica acabou aproximando o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, de Emmanuel Macron, da França, e de outros líderes europeus. Reino Unido aposta em acordos Estados Unidos e Reino Unido anunciam acordo comercial Este é o terceiro acordo que o Reino Unido fechou este mês, após acertos com a Índia e os Estados Unidos. Embora seja improvável que os acordos levem a um impulso econômico significativo imediatamente, as parcerias podem atrair investimentos necessários à economica britânica no momento. "É hora de olhar para frente", disse Starmer em um comunicado. "Deixar para trás os velhos debates e brigas políticas para encontrar soluções práticas e de bom senso que tragam o melhor para o povo britânico." "Estamos prontos para trabalhar com parceiros se isso significar que podemos melhorar a vida das pessoas aqui em casa", completou. O acordo foi criticado por Farage e pelo Partido Conservador, de oposição, que estava no poder quando o Reino Unido deixou o bloco e passou anos negociando o acordo de divórcio original.


Acordo reaproxima os dois lados nove anos depois do Brexit e foi motivado por ameaças de Trump de não ajudar militarmente a Europa. Venda de armas britânicas para o bloco europeu e a facilitação de entrada de produtos e cidadãos britânicos nos países da UE estão entre pontos. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, caminha ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Londres, em 19 de maio de 2025. Carl Court/Pool via Reuters Nove anos depois de uma "separação" complexa, o Reino Unido e a União Europeia chegaram nesta segunda-feira (19) a um acordo para trocas comerciais e de defesa. O acordo é a maior parceria entre os dois lados desde o Brexit — a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016 — e foi costurado da "reviravolta" na geopolítica mundial promovida pela chegada do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao poder. Diante de ameaças feitas por Trump de desfazer alianças comerciais e na matéria de defesa com a Europa, o bloco europeu e o governo britânico decidiram retomar relações após o "divórcio amargo", como o Brexit ficou conhecido. O acordo anunciado nesta segunda privilegia a União Europeia em termos de defesa — já que o Reino Unido é um dos países com mais poderio militar do Ocidente — e dá vantagens comerciais a Londres, que terá agora facilidades para o grande mercado dos 27 países do bloco europeu. O acordo prevê: Um pacto de defesa e segurança que permitirá ao Reino Unido e União Europeia participar de qualquer aquisição conjunta de armamentos; Que empresas britânicas de armas possam participar de licitações dentro da União Europeia de compra de produtos bélicos, parte de um programa de bloco de 150 bilhões de euros para se reamar; Facilitar o acesso de alimentos e visitantes do Reino Unido à União Europeia; Fazer um novo e polêmico acordo de pesca, já assinado também nesta segunda e que prevê que embarcações britânicas e da UE terão acesso às águas uma da outra por 12 anos; Em troca, em troca, Bruxelas garante ao Reino Unido redução permanente da burocracia e dos controles de fronteira que impediam os pequenos produtores britânicos de exportar para a Europa; O esboço de um programa para a mobilidade de jovens dos dois lados, com os detalhes a serem definidos no futuro, e a participação de britânicos no programa Erasmus, de intercâmbio de universitários europeus. As tarifas de Trump e suas ameaças de que a Europa deveria buscar meios próprios de se proteger de eventuais ataques forçaram os governos de todo o mundo a repensar os laços comerciais, de defesa e de segurança. A nova dinâmica acabou aproximando o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, de Emmanuel Macron, da França, e de outros líderes europeus. Reino Unido aposta em acordos Estados Unidos e Reino Unido anunciam acordo comercial Este é o terceiro acordo que o Reino Unido fechou este mês, após acertos com a Índia e os Estados Unidos. Embora seja improvável que os acordos levem a um impulso econômico significativo imediatamente, as parcerias podem atrair investimentos necessários à economica britânica no momento. "É hora de olhar para frente", disse Starmer em um comunicado. "Deixar para trás os velhos debates e brigas políticas para encontrar soluções práticas e de bom senso que tragam o melhor para o povo britânico." "Estamos prontos para trabalhar com parceiros se isso significar que podemos melhorar a vida das pessoas aqui em casa", completou. O acordo foi criticado por Farage e pelo Partido Conservador, de oposição, que estava no poder quando o Reino Unido deixou o bloco e passou anos negociando o acordo de divórcio original.
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