“Se Bolsonaro for condenado, o lugar dele é no xilindró”, diz Lula

O presidente reclamou da pressão de Donald Trump para livrar o aliado brasileiro de eventual condenação por golpe de Estado no Brasil

Jul 17, 2025 - 22:20
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“Se Bolsonaro for condenado, o lugar dele é no xilindró”, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o lugar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será “no xilindró” caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por golpe de Estado. Durante agenda em Juazeiro (BA) nesta quinta-feira (17/7), o petista reclamou da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para livrar ex-mandatário brasileiro de eventual condenação do inquérito.

“Primeiro, quem vai condenar Bolsonaro não é o presidente da República, não é o governador da Bahia, mas a Suprema Corte brasileira. Então Bolsonaro será julgado e, se for condenado, o lugar dele é no xilindró. Neste país, a lei vale para todo mundo. Ninguém é melhor que ninguém. Vamos continuar trabalhando, dar um tempo, estamos juntando empresários, americanos, pois quando chegar 1º/8 vamos dar uma resposta”, disse Lula.

O presidente fez referência à taxação de 50% anunciada por Donald Trump aos produtos brasileiros. O republicano anunciou a taxação extra ao Brasil como forma de pressionar pelo fim do que considera uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro. O governo Lula tenta coordenar uma resposta conjunta à crise, caso a ameaça seja cumprida e a cobrança de fato entre em vigor a partir do dia 1º/8.

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No mesmo evento na Bahia, o petista reclamou: “Estes dias o presidente Trump, a troco não sei de que — talvez a pedido do filho do ‘coisa’, o filho do ‘coisa’ é deputado, pediu licença pra ir lá pedir golpe a Trump no Brasil —, manda uma carta desaforada pra mim… Desaforada. ‘Se não soltar Bolsonaro, dia 1 de agosto vou taxar o Brasil em 50%’. Veja que coisa absurda”.

As falas na Bahia traduzem a terceira ofensiva do petista sobre o assunto no mesmo dia. Lula aposta na ideia de um “inimigo comum” para se reaproximar do empresariado e reforçar a imagem de que o governo trabalha para além da esquerda. Somente nesta quinta, o petista discursou contra a taxação num congresso da UNE em Goiânia e numa entrevista concedida à CNN Internacional.

Lula destacou que os Poderes são independentes e descartou qualquer medida do Executivo para atender ao pleito dos Estados Unidos. “Sou um homem nascido na negociação. Nasci na vida política negociando, fazia greve e negociava. No governo quero fazer o mesmo, mas é preciso que o presidente dos EUA entenda que não é imperador do mundo. Para cuidar do Brasil, quem cuida somos nós”.

Lula ainda finalizou o discurso sinalizando novamente que pretende concorrer à reeleição em 2026. “Nós não queremos brigar, mas não somos de fugir. O Brasil só tem um dono, e chama-se povo brasileiro. (…) Ainda está longe da eleição. Mas quero dizer que se for necessário ser candidato para evitar que essa turma do coisa volte, fique ficar certo que serei candidato para ganhar essas eleições. Nós vamos fortalecer e consolidar a democracia brasileira”, disse.

Lula na Bahia

Lula foi à Bahia para realizar entregas na área da saúde, no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A cerimônia contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, além dos dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde). Mais cedo, o presidente esteve em Goiânia e fez campanha em tom nacionalista.

A cerimônia apresentou os resultados do PAC Seleções 2025 na área da Saúde. Dessa forma, o governo anunciou obras obras também nas áreas de educação, mobilidade, qualidade de vida e acesso a direitos. Nessa modalidade, os municípios participam da escolha da aplicação dos recursos do programa.

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