Seis anos após cerco total, governo Maduro desdenha de sanções dos EUA
Em 2019, Trump ampliou sanções contra a Venezuela e determinou o bloqueio total de bens ligados ao regime Maduro nos Estados Unidos

Seis anos após Donald Trump ordenar o aumento da pressão econômica contra a Venezuela, o governo de Nicolás Maduro desdenhou das sanções impostas pelos Estados Unidos, e disse que o país caminha bem. A declaração foi divulgada nesta terça-feira (5/8) pelo chanceler do país, Yván Gil Pinto.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, o bloqueio econômico norte-americano “afetou de maneira criminosa a economia” do país, com a intenção de “derrubar o Projeto Bolivariano e Chavista”.
“No entanto, sob a liderança do presidente Nicolás Maduro, os venezuelanos e venezuelanas têm recuperado, pouco a pouco, nossa economia e bem-estar, sem ceder nossa soberania nem nossos princípios”, disse Yván Gil Pinto em um comunicado oficial.
Segundo Maduro, a economia do país cresceu 7,71% no primeiro semestre de 2025 – um aumento pelo 17º semestre consecutivo, conforme dados divulgados pelo governo da Venezuela. Os indicadores, contudo, não são verificados por instituições independentes há cerca de 10 anos.
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Crise de 2019
No dia 5 de agosto de 2019, o governo dos EUA anunciou sanções econômicas totais contra a administração venezuelana. Naquela época, a Casa Branca era comandada por Donald Trump.
Com isso, todos os bens ligados ao governo da Venezuela nos EUA foram bloqueados. A retaliação se somou a outras sanções contra entidades e figuras ligadas ao governo Maduro, impostas inicialmente pela gestão de Barack Obama.
As sanções foram uma resposta a eleição presidencial venezuelana em 2018, quando Maduro foi reeleito. A comunidade internacional, porém, questionou a legitimidade do pleito e chegou a reconhecer Juan Guaidó como o presidente do país. O herdeiro político de Hugo Chávez, contudo, se manteve no poder.
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