STF oficializa pedido de extradição de Carla Zambelli
Pedido de extradição de Zambelli foi enviado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ-SP) nesta quarta. Ela afirmou estar na Itália

O Supremo Tribunal Federal (STF) oficializou, nesta quarta-feira (11/6), o pedido de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). Um ofício eletrônico foi enviado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ-SP) com assinatura do juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, que atua no gabinete do ministro da Corte, Alexandre de Moraes.
Carla Zambelli já afirmou estar na Itália. Ela foi condenada a 10 anos de prisão por ter, segundo o processo, participado da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, e inserido um falso mandado de prisão contra Moraes. Ela deixou o país após a condenação, depois de passar por via terrestre para a Argentina.
Da condenação até a fuga
- Em 15 de maio, a Primeira Turma do STF condenou Zambelli por unanimidade a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
- Em entrevista coletiva convocada por Zambelli após ser condenada, ela citou problemas de saúde e disse que não sobreviveria à cadeia. “Eu estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria à cadeia”, afirmou.
- Em 23 de maio, a defesa de Zambelli recorreu da decisão que a condenou e apresentou embargos declaratórios.
- Em 25 de maio, a parlamentar deixou o Brasil por via terrestre pela fronteira com a Argentina, na região de Foz do Iguaçu (PR).
No ofício eletrônico, há o resumo do caso. O texto diz que a parlamentar foi condenada à pena de 10 anos de reclusão e 200 dias-multa, com o valor do dia-multa equivalente a 10 salários mínimos nacionais.
“A Sra. Carla Zambelli Salgado de Oliveira, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”, diz trecho do ofício eletrônico.
O nome de Zambelli foi incluído na lista vermelha, ou seja, de procurados, da Interpol. O STF já havia determinado os bloqueios de salários e verbas de gabinete da deputada, assim como a perda do mandato. O objetivo é que os valores sejam direcionados para o pagamento de uma multa de R$ 2 milhões por danos coletivos.
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Zambelli está afastada por período de 120 dias do mandato de deputada federal por São Paulo. Ela argumentou como motivo para a saída temporária do cargo: “interesse pessoal”. Quem assumiu a posição dela foi o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).
O mandado de prisão da deputada foi expedido no dia 4 de junho deste mês, mas em caráter preventivo. No último sábado, o ministro Moraes determinou a prisão definitiva da deputada licenciada.
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