Trump chama de 'fracos e tolos' deputados de seu próprio partido que pedem abertura dos arquivos de Epstein

Pressão aumenta sobre o governo Trump com divulgação de e-mails do caso Epstein Pressionado até por sua base de apoio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta sexta-feira (14) deputados de seu partido, o Republicano, que apoiaram uma petição para obrigar o governo a tornar públicos todos os documentos da investigação sobre o empresário Jeffrey Epstein. O presidente norte-americano chamou o grupo de "fracos e tolos". ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Alguns republicanos fracos caíram em suas garras porque são ingênuos e tolos. Epstein era democrata e é problema dos democratas, não dos republicanos!", escreveu Trump em sua rede social. "Pergunte a Bill Clinton, Reid Hoffman e Larry Summers sobre Epstein, eles sabem tudo sobre ele. Não perca seu tempo com Trump. Eu tenho um país para governar!". O grupo a que Trump se refere são os republicanos que firmaram um abaixo-assinado criado por deputados do Partido Democrata, opositor, para colocar em votação uma medida que obriga o governo dos EUA a tirar a confidencialidade de todos os arquivos que integram o processo contra Jeffrey Esptein. Com o apoio dos deputados republicanos, os congressistas conseguiram alcançar o número mínimo de assinaturas exigidas para forçar a votação de um projeto de lei, a despeito de o presidente da Câmara convocá-la ou não. Mas a pressão sobre Donald Trump para liberar a documentação tem crescido tanto que o presidente da Casa, Mike Johnson, também republicano, decidiu colocar a medida já em votação, segundo fontes do Congresso disseram à rede de TV CNN Internacional. Epstein, um empresário influente entre políticos e artistas dos EUA na década de 1990, foi condenado acusado de comandar uma rede de exploração sexual de mulheres. Ele foi preso e morreu na cadeia um mês depois (leia mais abaixo). Epstein e Trump eram amigos. Mensagens revelam detalhes da relação entre Trump e Jeffrey Epstein, acusado de exploração sexual Reprodução/TV Globo Ano passado, durante campanha eleitoral, Donald Trump criticou o fato de os arquivos do caso fossem confidenciais e prometeu que os tornaria públicos assim que assumisse o poder. No entanto, isso não foi feito até hoje, o que alimentou especulações de que informações contidas nos arquivos possam compromenter o atual presidente norte-americano. Pressionado, o governo dos EUA vem divulgando alguns desses documentos para congressistas. Nesta semana, deputados democratas tornaram públicos três e-mails que integram o arquivo de Epstein e nos quais o empresário cita Trump. Em um deles, Epstein diz que "é claro que ele (Donald Trump) sabia sobre as garotas", em uma possível afirmação de que o republicano tinha conhecimento sobre a rede de exploração de menores (leia mais abaixo). Trump sempre negou saber sobre o esquema e disse ter rompido relações com Epstein quando o empresário começou a ser investigado. 'Único capaz de derrubar Trump' Veja os vídeos que estão em alta no g1 A nova leva de e-mails do empresário norte-americano Jeffrey Epstein divulgada na quarta-feira (12) revela uma mensagem em que Esptein diz ser o único "capaz de derrubar" o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A mensagem, trazida à tona pelo jornal "The New York Times", está entre os cerca de 20 mil arquivos que deputados dos EUA tornaram públicos na quarta ligados às investigações que incriminaram Epstein e que mostram Trump sendo mencionado em diferentes e-mails que o empresário enviou o recebeu. Em uma conversa com um conhecido em dezembro de 2018, cuja identidade não foi divulgada, este comenta com o bilionário sobre Trump, então em seu primeiro mandato como presidente: "Isso tudo vai passar! Eles estão mesmo tentando derrubar o Trump e fazendo tudo o que podem para conseguir isso…!", afirmou o remetente. Epstein, então responde: "Sim, obrigado. Isso é muito louco. Eu sou o único capaz de derrubá-lo (Trump)". Àquela altura, a Justiça estava fechando o cerco ao redor de Epstein, que seria preso em julho do ano seguinte. O bilionário e o republicano já haviam rompido a amizade. Epstein e Trump foram amigos durante cerca de duas décadas, mas a relação chegou ao fim em meados dos anos 2000. Há indicações de que ambos permaneceram brigados até a morte de Epstein. No fim de 2018, uma série de reportagens do jornal "Miami Herald" havia revelado que um secretário de Trump havia assinado o acordo extrajudicial que havia livrado Epstein de uma punição severa em um processo por abuso sexual de menores dez anos antes. Em reação, para descolar o governo Trump da associação a Epstein, o Departamento de Justiça ordenou uma investigação criminal contra o bilionário. A ação pode ter aflorado os ânimos deste em relação ao republicano. A maioria das mensagens de Epstein divulgadas em que o empresário menciona Trump, pontua o "New York Times", são banais. Em 2015, ao ser perguntado por outro contato sobre a situação econômica, ele responde que "Trump está amedrontando os

Nov 14, 2025 - 13:00
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Trump chama de 'fracos e tolos' deputados de seu próprio partido que pedem abertura dos arquivos de Epstein
Pressão aumenta sobre o governo Trump com divulgação de e-mails do caso Epstein Pressionado até por sua base de apoio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta sexta-feira (14) deputados de seu partido, o Republicano, que apoiaram uma petição para obrigar o governo a tornar públicos todos os documentos da investigação sobre o empresário Jeffrey Epstein. O presidente norte-americano chamou o grupo de "fracos e tolos". ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Alguns republicanos fracos caíram em suas garras porque são ingênuos e tolos. Epstein era democrata e é problema dos democratas, não dos republicanos!", escreveu Trump em sua rede social. "Pergunte a Bill Clinton, Reid Hoffman e Larry Summers sobre Epstein, eles sabem tudo sobre ele. Não perca seu tempo com Trump. Eu tenho um país para governar!". O grupo a que Trump se refere são os republicanos que firmaram um abaixo-assinado criado por deputados do Partido Democrata, opositor, para colocar em votação uma medida que obriga o governo dos EUA a tirar a confidencialidade de todos os arquivos que integram o processo contra Jeffrey Esptein. Com o apoio dos deputados republicanos, os congressistas conseguiram alcançar o número mínimo de assinaturas exigidas para forçar a votação de um projeto de lei, a despeito de o presidente da Câmara convocá-la ou não. Mas a pressão sobre Donald Trump para liberar a documentação tem crescido tanto que o presidente da Casa, Mike Johnson, também republicano, decidiu colocar a medida já em votação, segundo fontes do Congresso disseram à rede de TV CNN Internacional. Epstein, um empresário influente entre políticos e artistas dos EUA na década de 1990, foi condenado acusado de comandar uma rede de exploração sexual de mulheres. Ele foi preso e morreu na cadeia um mês depois (leia mais abaixo). Epstein e Trump eram amigos. Mensagens revelam detalhes da relação entre Trump e Jeffrey Epstein, acusado de exploração sexual Reprodução/TV Globo Ano passado, durante campanha eleitoral, Donald Trump criticou o fato de os arquivos do caso fossem confidenciais e prometeu que os tornaria públicos assim que assumisse o poder. No entanto, isso não foi feito até hoje, o que alimentou especulações de que informações contidas nos arquivos possam compromenter o atual presidente norte-americano. Pressionado, o governo dos EUA vem divulgando alguns desses documentos para congressistas. Nesta semana, deputados democratas tornaram públicos três e-mails que integram o arquivo de Epstein e nos quais o empresário cita Trump. Em um deles, Epstein diz que "é claro que ele (Donald Trump) sabia sobre as garotas", em uma possível afirmação de que o republicano tinha conhecimento sobre a rede de exploração de menores (leia mais abaixo). Trump sempre negou saber sobre o esquema e disse ter rompido relações com Epstein quando o empresário começou a ser investigado. 'Único capaz de derrubar Trump' Veja os vídeos que estão em alta no g1 A nova leva de e-mails do empresário norte-americano Jeffrey Epstein divulgada na quarta-feira (12) revela uma mensagem em que Esptein diz ser o único "capaz de derrubar" o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A mensagem, trazida à tona pelo jornal "The New York Times", está entre os cerca de 20 mil arquivos que deputados dos EUA tornaram públicos na quarta ligados às investigações que incriminaram Epstein e que mostram Trump sendo mencionado em diferentes e-mails que o empresário enviou o recebeu. Em uma conversa com um conhecido em dezembro de 2018, cuja identidade não foi divulgada, este comenta com o bilionário sobre Trump, então em seu primeiro mandato como presidente: "Isso tudo vai passar! Eles estão mesmo tentando derrubar o Trump e fazendo tudo o que podem para conseguir isso…!", afirmou o remetente. Epstein, então responde: "Sim, obrigado. Isso é muito louco. Eu sou o único capaz de derrubá-lo (Trump)". Àquela altura, a Justiça estava fechando o cerco ao redor de Epstein, que seria preso em julho do ano seguinte. O bilionário e o republicano já haviam rompido a amizade. Epstein e Trump foram amigos durante cerca de duas décadas, mas a relação chegou ao fim em meados dos anos 2000. Há indicações de que ambos permaneceram brigados até a morte de Epstein. No fim de 2018, uma série de reportagens do jornal "Miami Herald" havia revelado que um secretário de Trump havia assinado o acordo extrajudicial que havia livrado Epstein de uma punição severa em um processo por abuso sexual de menores dez anos antes. Em reação, para descolar o governo Trump da associação a Epstein, o Departamento de Justiça ordenou uma investigação criminal contra o bilionário. A ação pode ter aflorado os ânimos deste em relação ao republicano. A maioria das mensagens de Epstein divulgadas em que o empresário menciona Trump, pontua o "New York Times", são banais. Em 2015, ao ser perguntado por outro contato sobre a situação econômica, ele responde que "Trump está amedrontando os mercados, não a China" — naquele momento, Trump havia anunciado sua intenção de concorrer à Presidência. E-mails O Congresso dos Estados Unidos publicou na quarta-feira arquivos com mensagens que indicam que Trump poderia ter conhecimento da conduta de Epstein (leia mais abaixo). Em um deles, o empresário afirmou que o atual presidente dos EUA “passou horas” na casa do bilionário com uma das vítimas. Jeffrey Epstein foi um empresário norte-americano conhecido por sua ampla rede de contatos com políticos, celebridades e executivos. Ele foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual. Epstein foi preso em julho de 2019 e, segundo as autoridades dos EUA, tirou a própria vida um mês depois, dentro da cela. É de conhecimento público que Trump e Epstein foram amigos nas décadas de 1990 e 2000. O atual presidente nunca foi investigado no caso e afirma ter se afastado do bilionário assim que as acusações surgiram. Durante a campanha de 2024, Trump prometeu mais de uma vez que, se voltasse à Casa Branca, tornaria públicos arquivos secretos sobre as investigações. Após a posse, no entanto, o discurso mudou. Em julho, Trump chamou uma suposta lista de clientes de Epstein de “farsa“ e “bobagem“, acusando a “esquerda radical” de alimentar boatos. A mudança no tom frustrou apoiadores do presidente, muitos dos quais espalham teorias da conspiração sobre o caso. Também na quarta-feira, a Câmara dos Deputados reuniu assinaturas suficientes para votar uma moção que força o governo a divulgar todos os documentos da investigação. No entanto, de acordo com a imprensa norte-americana, mesmo que a moção seja aprovada na Câmara, ela deve ser barrada no Senado. Ainda assim, se fosse aprovada nas duas casas, Trump poderia vetar a proposta — o que representaria um desgaste político para o presidente. A seguir, você vai entender: As acusações de abuso de Epstein Como foi a investigação, a prisão e a morte de Epstein O que Trump tem a ver com o caso O que dizem os novos e-mails O impacto do caso no governo Trump 1. Epstein e as acusações de abuso Juíza nos EUA proíbe publicação de arquivos secretos de Jeffrey Epstein, empresário acusado de crimes sexuais e amigo de Trump Reprodução/TV Globo Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores. Segundo a acusação, o bilionário pagava para que meninas fossem até imóveis dele e realizassem atos sexuais. As menores também eram contratadas para recrutar outras garotas para a mesma finalidade. Dezenas de mulheres acusaram Epstein de forçá-las a prestar serviços sexuais a ele e a seus convidados em uma ilha particular no Caribe e nas casas que ele tinha em Nova York, na Flórida e no Novo México. De acordo com o governo dos Estados Unidos, o bilionário explorou sexualmente mais de 250 meninas menores de idade. Voltar ao início. 2. Como foi a investigação e prisão de Epstein? Jeffrey Epstein, preso por crimes sexuais, em fotografia tirada pela Divisão criminal de justiça de Nova York New York State Division of Criminal Justice Services/Handout/File Photo via REUTERS Epstein foi investigado pela primeira vez em 2005, depois que a polícia de Palm Beach, na Flórida, recebeu denúncias de abusos sexuais contra meninas menores de idade. Na época, ele alegou que os encontros foram consensuais e que acreditava que as vítimas tinham 18 anos. De acordo com a acusação, o bilionário abusou de menores ou recrutou garotas para atos sexuais entre 2002 e 2005. Em 2008, ele se declarou culpado do crime de exploração de menores e fez um acordo para cumprir 13 meses de prisão e pagar indenizações às vítimas. Em fevereiro de 2019, um juiz distrital da Flórida considerou que o acordo era ilegal. Em julho do mesmo ano, Epstein foi novamente preso, acusado de abuso de menores e de operar uma rede de exploração sexual. Promotores federais pediram que o bilionário permanecesse detido até o julgamento, alegando que “riqueza exorbitante”, a posse de aviões privados e os laços internacionais dele poderiam facilitar uma fuga. Epstein foi encontrado morto na prisão em agosto de 2019. A autópsia concluiu que ele tirou a própria vida. Dois dias antes de morrer, o bilionário havia assinado um testamento deixando um patrimônio avaliado em mais de US$ 577 milhões. Após a morte do empresário, as acusações contra ele foram retiradas. No entanto, promotores afirmaram que outras pessoas poderiam ser processadas por envolvimento no esquema, e advogados das vítimas prometeram buscar indenizações na Justiça. Voltar ao início. 3. O que Trump tem a ver com Epstein É de conhecimento público que Donald Trump e Jeffrey Epstein foram amigos até os anos 2000. O atual presidente afirma ter se afastado do bilionário quando as denúncias de abuso sexual vieram à tona.

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