Trump diz que acordo comercial entre EUA e China 'está fechado'

Presidente norte-americano destacou ainda que o relacionamento com a China 'é excelente'. Anteriormente, ele havia dito que estava 'muito difícil fazer um acordo'. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (11) que o acordo comercial com a China "está fechado", sujeito à aprovação final dele e do presidente chinês Xi Jinping. "A China fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses utilizando nossas faculdades e universidades (o que sempre foi algo positivo para mim!)", detalhou Trump nas redes sociais. O republicano destacou ainda que o relacionamento com a China "é excelente". Anteriormente, ele havia dito que o presidente Xi era "muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo". A fala de Trump vem após dois dias de negociações comerciais entre autoridades americanas e chinesas em Londres, na Inglaterra, sobre tarifas de importação e questões relacionadas a terras raras e ímãs, recursos importantes para a indústria tecnológica. Ainda na terça-feira (10), os representantes das duas potências afirmaram que haviam chegado a um consenso, mas não detalharam o acordo. O vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, disse apenas que a negociação contempla o acordo firmado em Genebra, na Suíça, no mês passado, e a conversa entre Trump e Xi realizada na última quinta-feira (5). Na publicação desta quarta (11), Trump explicou que os EUA estão "recebendo um total de 55% em tarifas; e a China, 10%". No entanto, o percentual causou confusão, já que a trégua acordada no mês passado em Genebra havia reduzido as tarifas para 30%. EUA e China avançam em acordo sobre tarifaço Entenda a guerra comercial entre EUA e China Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas de importação que impactou diversos países. Logo no início do chamado "tarifaço", a China foi um dos países que recebeu uma das maiores taxas, de 34%. A partir disso, houve uma série de retaliações entre as duas potências e as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses chegaram a 145%. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Em 30 de maio, por exemplo, Trump acusou a China de violar os termos do acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger os interesses do país. "Em Genebra, concordamos em reduzir nossas tarifas e eles aceitaram permitir a exportação de ímãs e terras raras que precisamos", declarou na segunda-feira (9) Kevin Hasset, principal assessor econômico de Trump. Segundo ele, no entanto, embora a China tenha autorizado essas exportações, "elas têm ocorrido em um ritmo muito mais lento do que o considerado ideal pelas empresas". O fornecimento de metais de terras raras pela China passou a ser, portanto, um dos principais focos das negociações. Esses recursos naturais são essenciais para diversos produtos, entre eles as baterias de veículos elétricos.

Jun 11, 2025 - 11:00
 0  2
Trump diz que acordo comercial entre EUA e China 'está fechado'

Presidente norte-americano destacou ainda que o relacionamento com a China 'é excelente'. Anteriormente, ele havia dito que estava 'muito difícil fazer um acordo'. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (11) que o acordo comercial com a China "está fechado", sujeito à aprovação final dele e do presidente chinês Xi Jinping. "A China fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses utilizando nossas faculdades e universidades (o que sempre foi algo positivo para mim!)", detalhou Trump nas redes sociais. O republicano destacou ainda que o relacionamento com a China "é excelente". Anteriormente, ele havia dito que o presidente Xi era "muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo". A fala de Trump vem após dois dias de negociações comerciais entre autoridades americanas e chinesas em Londres, na Inglaterra, sobre tarifas de importação e questões relacionadas a terras raras e ímãs, recursos importantes para a indústria tecnológica. Ainda na terça-feira (10), os representantes das duas potências afirmaram que haviam chegado a um consenso, mas não detalharam o acordo. O vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, disse apenas que a negociação contempla o acordo firmado em Genebra, na Suíça, no mês passado, e a conversa entre Trump e Xi realizada na última quinta-feira (5). Na publicação desta quarta (11), Trump explicou que os EUA estão "recebendo um total de 55% em tarifas; e a China, 10%". No entanto, o percentual causou confusão, já que a trégua acordada no mês passado em Genebra havia reduzido as tarifas para 30%. EUA e China avançam em acordo sobre tarifaço Entenda a guerra comercial entre EUA e China Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas de importação que impactou diversos países. Logo no início do chamado "tarifaço", a China foi um dos países que recebeu uma das maiores taxas, de 34%. A partir disso, houve uma série de retaliações entre as duas potências e as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses chegaram a 145%. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Em 30 de maio, por exemplo, Trump acusou a China de violar os termos do acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger os interesses do país. "Em Genebra, concordamos em reduzir nossas tarifas e eles aceitaram permitir a exportação de ímãs e terras raras que precisamos", declarou na segunda-feira (9) Kevin Hasset, principal assessor econômico de Trump. Segundo ele, no entanto, embora a China tenha autorizado essas exportações, "elas têm ocorrido em um ritmo muito mais lento do que o considerado ideal pelas empresas". O fornecimento de metais de terras raras pela China passou a ser, portanto, um dos principais focos das negociações. Esses recursos naturais são essenciais para diversos produtos, entre eles as baterias de veículos elétricos.

What's Your Reaction?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow

tibauemacao. Eu sou a senhora Rosa Alves este e o nosso Web Portal Noticias Atualizadas Diariamente