Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia em meio à tensão comercial

Relação entre China e Estados Unidos vive momento de tensão, após tarifas impostas por Trump aos produtos chineses

Oct 30, 2025 - 00:00
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Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia em meio à tensão comercial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúne na noite desta quarta-feira (29/10), pelo horário de Brasília – manhã de quinta pelo horário local, em Gyeongju, na Coreia do Sul -, com o presidente da China, Xi Jinping, para tratar da guerra tarifária entre os dois países. As informações são da CNN.

O encontro ocorre no âmbito da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Essa é a terceira e última etapa do giro do presidente americano pela Ásia. Trump já se reuniu com o presidente sul-coreano Lee Jae Myung, mas é a reunião com o presidente chinês Xi Jinping que concentra as atenções.

Guerra comercial

  • Desde 2024, a rivalidade entre as potências evoluiu de um conflito tarifário para uma disputa estratégica por hegemonia tecnológica e energética.
  • Washington ampliou controles sobre exportações de chips de inteligência artificial, enquanto Pequim restringiu a venda de minerais críticos usados em eletrônicos e equipamentos militares.
  • A Casa Branca ameaça, agora, impor tarifas de até 155% sobre produtos chineses, caso não haja recuo.
  • Trump tenta recuperar credibilidade após um mês de paralisação do governo, enquanto Xi busca projetar estabilidade e poder de negociação.

Antes de entrar para o encontro reservado, os dois presidentes falaram à imprensa. Xi Jinping ressaltou que é natural haver divergências entre o país dele e os EUA. “Dadas as nossas diferentes condições nacionais, nem sempre concordamos em tudo, e é normal que as duas principais economias do mundo tenham atritos de vez em quando”, afirmou Xi. 3 imagensEncontro entre Trump e Xi Jinping, na Coreia do SulEncontro entre Trump e Xi Jinping, na Coreia do SulFechar modal.1 de 3

Encontro entre Trump e Xi Jinping, na Coreia do SulFoto: Andrew Harnik/Getty Images2 de 3

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Encontro entre Trump e Xi Jinping, na Coreia do SulFoto: Andrew Harnik/Getty Images

O presidente norte-americano, por outro lado, demonstrou otimismo ao indicar que acredita entrar em acordo, pelo menos, em relação a alguns pontos que hoje são motivos de discórdia entre EUA e China.

“Teremos algumas discussões. Acho que já concordamos com muitas coisas e vamos concordar com mais algumas agora mesmo”, disse Trump.

O presidente dos EUA está acompanhado de alguns dos principais auxiliares: secretário do Tesouro, Scott Bessent; secretário de Estado, Marco Rubio; secretário de Comércio, Howard Lutnick; chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles; e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.

Armas nucleares

O presidente da China ignorou uma questão feita por um jornalista. “Por quê você mudou seus planos nucleares?”, questionou o profissional. Enquanto a imprensa era conduzida para fora da sala, Xi apenas agradeceu. “Muito obrigado a todos.”

O questionamento foi feito horas antes de Trump fazer uma publicação na rede social dele, a Truth Social, na qual comunicou que havia autorizado testes com armas nucleares. A medida, disse Trump era para igualar os EUA aos demais países, como Rússia e China, que realizam testes nucleares.

Dilemas

Este é o primeiro encontro entre os dois desde que Trump retornou à Casa Branca, em 20 de janeiro deste ano. O encontro pode ser interpretado como uma tentativa de reposicionar as relações entre Washington e Pequim em meio a uma série de disputas entre os dois países. Os dois líderes enfrentam situações delicadas nas respectivas economias, uma vez que ambas passam por crises internas.

Trump, assim como sinalizou prestes a entrar na reunião reservada, aposta em um acordo rápido. O objetivo é reduzir as tarifas e aliviar o peso político da guerra comercial impopular entre agricultores e industriais americanos. Xi, por sua vez, chegou fortalecido ao encontro. O chinês consolidou o poder interno e expandiu a presença chinesa na Ásia, na África e na América Latina, enquanto Trump falava alto no cenário internacional.

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