Ucrânia propõe nova rodada de negociações para acordo de paz com a Rússia para a próxima semana, diz Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (19) que enviou uma proposta à Rússia para realizar uma nova rodada de negociações de paz na próxima semana, em meio à continuidade dos confrontos no leste europeu. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A declaração foi feita durante o pronunciamento oficial à população ucraniana na noite deste sábado (horário local). Segundo Zelensky, é necessário acelerar o ritmo das conversas entre os dois países e buscar um cessar-fogo. “Tudo deve ser feito para alcançar um cessar-fogo. O lado russo precisa parar de se esconder das decisões”, disse o presidente. Até a última atualização desta reportagem, o governo russo não tinha respondido publicamente à proposta de Kiev. A proposta foi enviada por Rustem Umerov, ex-ministro da Defesa da Ucrânia, que chefiou a delegação do país nas duas rodadas anteriores de diálogo com Moscou, realizadas em Istambul nos últimos cinco meses. Esses encontros resultaram apenas em acordos pontuais de troca de prisioneiros, sem avanços concretos para encerrar o conflito. Umerov foi nomeado na semana passada chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, com a missão de impulsionar novas negociações. Apesar de declarações públicas sobre disposição para conversar, a Rússia segue com uma ofensiva militar intensa na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, e não recuou de suas exigências consideradas inaceitáveis por Kiev e seus aliados. LEIA MAIS Indiferente a ameaças de Trump, Putin vai continuar guerra na Ucrânia até ter exigências atendidas pelo Ocidente Trump perguntou a Zelensky se Ucrânia conseguiria 'acertar Moscou', diz jornal Tarifas de Trump: por que ameaça de taxar Rússia em 100% representa 'reviravolta dramática' O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita à Noruega, em 20 de março de 2025 NTB/Ole Berg-Rusten/via REUTERS Putin pretende manter guerra O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não se abalou pelas ameaças de Trump por sanções severas contra o país, e pretende continuar a guerra na Ucrânia até que o Ocidente aceite negociar o fim do conflito com base em seus termos, disseram três fontes próximas ao Kremlin à agência de notícias Reuters. Segundo as fontes da agência, a exigências territoriais de Putin —que atualmente são de anexar cerca de 20% do território ucraniano— também podem crescer à medida que as forças russas avançam no território ucraniano. Outras exigências da Rússia incluem o desarmamento da Ucrânia e a promessa de que a Otan não se expanda mais para o leste. As condições russas para o fim cessar-fogo definitivo no conflito, delineadas em um memorando entregue à Ucrânia em junho, são as seguintes, segundo as agências estatais russas Tass, Interfax e RIA Novosti, e as fontes da Reuters: Reconhecimento da Crimeia, Lugansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, regiões ocupadas atualmente pelas tropas russas, como território da Rússia; Retirada completa das tropas ucranianas desses territórios; Interrupção de fornecimento de armas e de inteligência militar do Ocidente à Ucrânia; Realização de eleições na Ucrânia; Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas; Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território. A Ucrânia e países aliados do Ocidente já afirmaram considerar esses termos inaceitáveis. Países da União Europeia acreditam que Putin expandirá sua investida militar caso consiga ganhos territoriais na Ucrânia. Donald Trump e Vladimir Putin AP Photo Vídeos em alta no g1

Jul 19, 2025 - 15:40
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Ucrânia propõe nova rodada de negociações para acordo de paz com a Rússia para a próxima semana, diz Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (19) que enviou uma proposta à Rússia para realizar uma nova rodada de negociações de paz na próxima semana, em meio à continuidade dos confrontos no leste europeu. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A declaração foi feita durante o pronunciamento oficial à população ucraniana na noite deste sábado (horário local). Segundo Zelensky, é necessário acelerar o ritmo das conversas entre os dois países e buscar um cessar-fogo. “Tudo deve ser feito para alcançar um cessar-fogo. O lado russo precisa parar de se esconder das decisões”, disse o presidente. Até a última atualização desta reportagem, o governo russo não tinha respondido publicamente à proposta de Kiev. A proposta foi enviada por Rustem Umerov, ex-ministro da Defesa da Ucrânia, que chefiou a delegação do país nas duas rodadas anteriores de diálogo com Moscou, realizadas em Istambul nos últimos cinco meses. Esses encontros resultaram apenas em acordos pontuais de troca de prisioneiros, sem avanços concretos para encerrar o conflito. Umerov foi nomeado na semana passada chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, com a missão de impulsionar novas negociações. Apesar de declarações públicas sobre disposição para conversar, a Rússia segue com uma ofensiva militar intensa na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, e não recuou de suas exigências consideradas inaceitáveis por Kiev e seus aliados. LEIA MAIS Indiferente a ameaças de Trump, Putin vai continuar guerra na Ucrânia até ter exigências atendidas pelo Ocidente Trump perguntou a Zelensky se Ucrânia conseguiria 'acertar Moscou', diz jornal Tarifas de Trump: por que ameaça de taxar Rússia em 100% representa 'reviravolta dramática' O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita à Noruega, em 20 de março de 2025 NTB/Ole Berg-Rusten/via REUTERS Putin pretende manter guerra O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não se abalou pelas ameaças de Trump por sanções severas contra o país, e pretende continuar a guerra na Ucrânia até que o Ocidente aceite negociar o fim do conflito com base em seus termos, disseram três fontes próximas ao Kremlin à agência de notícias Reuters. Segundo as fontes da agência, a exigências territoriais de Putin —que atualmente são de anexar cerca de 20% do território ucraniano— também podem crescer à medida que as forças russas avançam no território ucraniano. Outras exigências da Rússia incluem o desarmamento da Ucrânia e a promessa de que a Otan não se expanda mais para o leste. As condições russas para o fim cessar-fogo definitivo no conflito, delineadas em um memorando entregue à Ucrânia em junho, são as seguintes, segundo as agências estatais russas Tass, Interfax e RIA Novosti, e as fontes da Reuters: Reconhecimento da Crimeia, Lugansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, regiões ocupadas atualmente pelas tropas russas, como território da Rússia; Retirada completa das tropas ucranianas desses territórios; Interrupção de fornecimento de armas e de inteligência militar do Ocidente à Ucrânia; Realização de eleições na Ucrânia; Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas; Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território. A Ucrânia e países aliados do Ocidente já afirmaram considerar esses termos inaceitáveis. Países da União Europeia acreditam que Putin expandirá sua investida militar caso consiga ganhos territoriais na Ucrânia. Donald Trump e Vladimir Putin AP Photo Vídeos em alta no g1

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