Zelensky pede apoio aos EUA nos esforços para cessar-fogo: 'Todos unidos pela ideia de que a guerra precisa acabar'
Volodymyr Zelensky Telegram / Reprodução O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou sobre os esforços para chegar a um cessar-fogo com a Rússia em um post no Telegram, nesta sexta-feira (8), último dia do prazo dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Moscou chegue a um acordo com Kiev antes de sofrer mais sanções e receber mais tarifas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Zelensky afirmou que havia acabado de conversar com o primeiro-ministro da República Tcheca sobre o assunto e que o telefonema foi um dos "muitos contatos" feitos nos últimos dias. O ucraniano contou que pediu aos aliados que apoiem os esforços do governo dos EUA: "Todos estão unidos pela ideia de que a guerra precisa acabar e que a Europa deve desenvolver uma posição comum sobre cada aspecto importante da segurança. Os Estados Unidos estão determinados a alcançar um cessar-fogo, e devemos apoiar juntos todos os passos construtivos. Uma paz digna, confiável e duradoura só pode ser o resultado de um esforço conjunto". Encontro na semana que vem Trump e Putin Reuters Segundo o jornal americano "The New York Times", o presidente dos EUA, Donald Trump, disse a aliados que planeja se encontrar pessoalmente com o líder russo, Vladimir Putin, já na próxima semana. O plano seria que os dois se reunissem posteriormente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Não está claro se a reunião incluiria um anúncio de cessar-fogo entre os dois países, em guerra aberta desde 2022. Putin e Zelensky não conversaram diretamente nenhuma vez desde o início dos combates, há cerca de três anos e meio. Nesta quarta-feira (6), o presidente russo e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, se reuniram em Moscou. Segundo Trump, o encontro foi "altamente produtivo" e gerou "grande progresso". Já os russos chamaram a reunião de "útil e construtiva", e que houve uma "troca de sinais" entre Moscou e Washington. "Meu enviado especial, Steve Witkoff, acabou de ter uma reunião altamente produtiva com o presidente russo Vladimir Putin. Grandes avanços foram alcançados! Depois disso, atualizei alguns de nossos aliados europeus. Todos concordam que esta guerra precisa chegar ao fim, e trabalharemos para isso nos próximos dias e semanas", afirmou Trump em sua rede social Truth Social horas após o fim da reunião. A reunião entre o líder russo e o representante americano ocorreu dois dias antes do fim do ultimato estabelecido por Trump para que a Rússia termine a guerra na Ucrânia, sob ameaças de impor "tarifas severas" de 100% sobre os russos e seus parceiros comerciais. Trump não entrou em detalhes sobre possíveis progressos no impasse entre EUA e Rússia, porém o encontro não mudou a posição da Casa Branca sobre as "tarifas severas" de 100% que Trump prometeu aos russos, afirmou um oficial do governo americano à agência de notícias Reuters. O assessor de Putin, Yury Ushakov, foi a primeira autoridade dos dois países a se manifestar após a reunião, que durou cerca de três horas. Ele adotou tom otimista e afirmou que houve uma "troca de sinais" entre os governos americano e russo, porém sem dar mais detalhes do que isso significaria. Os russos tendem a buscar um adiamento na imposição de sanções, marcadas para esta sexta-feira (8). “O enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, foi recebido pelo nosso presidente nesta manhã. Eles tiveram uma conversa bastante útil e construtiva (...) Eles discutiram a crise na Ucrânia e as perspectivas de desenvolvimento da parceria estratégica entre Rússia e EUA. Da nossa parte, enviamos alguns 'sinais', e também recebemos alguns sinais de Trump”, afirmou o assessor do Kremlin, Yury Ushakov, a jornalistas. Enviado de Trump se encontra com Putin perto de expirar ultimato Escalada de tensões EUA-Rússia O encontro entre Putin e Witkoff ocorreu em uma sala no Kremlin, em Moscou, e durou cerca de três horas. Assessores do governo russo, como Ushakov e Dmitriev, também estiveram presentes. O aperto de mão com sorrisos entre líder russo e o emissário de Trump no início do encontro contrastaram com a atual fase nas relações EUA-Rússia, de escalada de tensões e ameaças. O emissário, braço direito de Trump em missões de paz, já havia se reunido em várias ocasiões com Putin, sem conseguir um acordo para o fim da guerra. As relações entre Moscou e Washington ficaram ainda mais tensas desde a semana passada, depois que Trump enviou dois submarinos nucleares em resposta a ameaças do ex-presidente russo Dmitri Medvedev com o sistema nuclear apocalíptico "Mão Morta". A decisão de Trump de impor tarifas adicionais à Índia, por comprar petróleo da Rússia, também não agradou Moscou. O republicano, que iniciou o segundo mandato em janeiro com a promessa de acabar com a guerra na Ucrânia em poucos dias, está cada vez mais frustrado com Putin. O presidente russo pede que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kh


Volodymyr Zelensky Telegram / Reprodução O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou sobre os esforços para chegar a um cessar-fogo com a Rússia em um post no Telegram, nesta sexta-feira (8), último dia do prazo dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Moscou chegue a um acordo com Kiev antes de sofrer mais sanções e receber mais tarifas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Zelensky afirmou que havia acabado de conversar com o primeiro-ministro da República Tcheca sobre o assunto e que o telefonema foi um dos "muitos contatos" feitos nos últimos dias. O ucraniano contou que pediu aos aliados que apoiem os esforços do governo dos EUA: "Todos estão unidos pela ideia de que a guerra precisa acabar e que a Europa deve desenvolver uma posição comum sobre cada aspecto importante da segurança. Os Estados Unidos estão determinados a alcançar um cessar-fogo, e devemos apoiar juntos todos os passos construtivos. Uma paz digna, confiável e duradoura só pode ser o resultado de um esforço conjunto". Encontro na semana que vem Trump e Putin Reuters Segundo o jornal americano "The New York Times", o presidente dos EUA, Donald Trump, disse a aliados que planeja se encontrar pessoalmente com o líder russo, Vladimir Putin, já na próxima semana. O plano seria que os dois se reunissem posteriormente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Não está claro se a reunião incluiria um anúncio de cessar-fogo entre os dois países, em guerra aberta desde 2022. Putin e Zelensky não conversaram diretamente nenhuma vez desde o início dos combates, há cerca de três anos e meio. Nesta quarta-feira (6), o presidente russo e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, se reuniram em Moscou. Segundo Trump, o encontro foi "altamente produtivo" e gerou "grande progresso". Já os russos chamaram a reunião de "útil e construtiva", e que houve uma "troca de sinais" entre Moscou e Washington. "Meu enviado especial, Steve Witkoff, acabou de ter uma reunião altamente produtiva com o presidente russo Vladimir Putin. Grandes avanços foram alcançados! Depois disso, atualizei alguns de nossos aliados europeus. Todos concordam que esta guerra precisa chegar ao fim, e trabalharemos para isso nos próximos dias e semanas", afirmou Trump em sua rede social Truth Social horas após o fim da reunião. A reunião entre o líder russo e o representante americano ocorreu dois dias antes do fim do ultimato estabelecido por Trump para que a Rússia termine a guerra na Ucrânia, sob ameaças de impor "tarifas severas" de 100% sobre os russos e seus parceiros comerciais. Trump não entrou em detalhes sobre possíveis progressos no impasse entre EUA e Rússia, porém o encontro não mudou a posição da Casa Branca sobre as "tarifas severas" de 100% que Trump prometeu aos russos, afirmou um oficial do governo americano à agência de notícias Reuters. O assessor de Putin, Yury Ushakov, foi a primeira autoridade dos dois países a se manifestar após a reunião, que durou cerca de três horas. Ele adotou tom otimista e afirmou que houve uma "troca de sinais" entre os governos americano e russo, porém sem dar mais detalhes do que isso significaria. Os russos tendem a buscar um adiamento na imposição de sanções, marcadas para esta sexta-feira (8). “O enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, foi recebido pelo nosso presidente nesta manhã. Eles tiveram uma conversa bastante útil e construtiva (...) Eles discutiram a crise na Ucrânia e as perspectivas de desenvolvimento da parceria estratégica entre Rússia e EUA. Da nossa parte, enviamos alguns 'sinais', e também recebemos alguns sinais de Trump”, afirmou o assessor do Kremlin, Yury Ushakov, a jornalistas. Enviado de Trump se encontra com Putin perto de expirar ultimato Escalada de tensões EUA-Rússia O encontro entre Putin e Witkoff ocorreu em uma sala no Kremlin, em Moscou, e durou cerca de três horas. Assessores do governo russo, como Ushakov e Dmitriev, também estiveram presentes. O aperto de mão com sorrisos entre líder russo e o emissário de Trump no início do encontro contrastaram com a atual fase nas relações EUA-Rússia, de escalada de tensões e ameaças. O emissário, braço direito de Trump em missões de paz, já havia se reunido em várias ocasiões com Putin, sem conseguir um acordo para o fim da guerra. As relações entre Moscou e Washington ficaram ainda mais tensas desde a semana passada, depois que Trump enviou dois submarinos nucleares em resposta a ameaças do ex-presidente russo Dmitri Medvedev com o sistema nuclear apocalíptico "Mão Morta". A decisão de Trump de impor tarifas adicionais à Índia, por comprar petróleo da Rússia, também não agradou Moscou. O republicano, que iniciou o segundo mandato em janeiro com a promessa de acabar com a guerra na Ucrânia em poucos dias, está cada vez mais frustrado com Putin. O presidente russo pede que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014, e que o país renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e ao projeto de adesão à Otan. Kiev considera as condições inaceitáveis. Putin afirmou na sexta-feira que deseja a paz, mas se recusa a reduzir suas exigências.
What's Your Reaction?






