6 coisas que você deve evitar para não brigar com a sua família no Natal
Duas mulheres sentadas no sofá durante reunião de Natal. Getty Images O Natal é considerado a época mais maravilhosa do ano, mas o próprio dia pode ter todos os ingredientes necessários para uma briga familiar. Talvez haja um motivo para você não ter visto algumas dessas pessoas o ano todo: você sabe que alguém pode criticar sua comida, pode haver um debate acalorado sobre o jantar e até uma disputa pelo controle remoto da TV. Conversamos com psicólogos e especialistas em educação parental para obter suas principais dicas sobre como manter o espírito natalino e evitar desentendimentos familiares. Escalado para o Natal ou Réveillon? Veja direitos, folgas e tudo que o trabalhador precisa saber Veja o que abre e o que fecha em SP neste feriado de Natal Uva-passa: como a fruta mais polêmica do Natal é produzida Natal Luz de Gramado, RS, entra para o livro dos recordes 1. Desista do Natal perfeito Cachorro circula entre enfeites após queda de árvore de Natal. Getty Images Comece recusando-se a perseguir a versão idealizada do Natal que vemos nos filmes, diz a psicoterapeuta e escritora Philippa Perry. "Precisamos diminuir as expectativas sobre o que o Natal nos proporciona, e assim não ficaremos tão decepcionados", disse ela ao podcast Parenting Helpline, da CBeebies, canal infantil da BBC. Regras não ditas como "temos que ver todo mundo" só aumentam o estresse, assim como a pressão das redes sociais sobre como o dia de Natal perfeito deveria ser. Natalie Costa, coach de pais, ex-professora e apresentadora do podcast Connected, incentiva as pessoas a lembrarem que ninguém tem a vida das fotos que publica. "Por trás de todas as fotos de famílias felizes, existem crianças — e adultos — que já tiveram crises de choro", diz ela. Essa constatação da realidade pode ajudar a reduzir a culpa por não estar à altura. Em vez de tentar competir com os outros, ela sugere encarar o Natal com a seguinte atitude: "Como seria o meu Natal suficientemente bom?" 2. Não entre na competição de presentes Adultos e crianças trocam presentes durante celebração de Natal. Getty Images A troca de presentes é uma parte essencial do Natal. Se houver crianças pequenas em casa, os despertares matinais e animados são inevitáveis. Mas, às vezes, a troca de presentes pode parecer competitiva, especialmente entre familiares distantes, onde os orçamentos podem variar, diz Perry. A melhor maneira de lidar com isso não é tentar competir ou controlar o relacionamento das crianças com os adultos, mas sim reformular a situação. Ela incentiva os pais a "deixarem para lá" se avós, tios e tias optarem por mimar os pequenos. Costa acrescenta que isso pode se tornar uma maneira útil de discutir valores com as crianças mais tarde, enfatizando que presentes maiores não refletem amor. "Você não pode comprar amor", diz Perry. "O que as crianças gostam é da sua atenção e de brincar com elas. Isso é melhor do que qualquer presente." 3. Prepare-se para comentários constrangedores Dinâmicas familiares complicadas não desaparecem só porque é Natal e músicas natalinas clássicas estão tocando. Num minuto você está alegremente bebendo vinho, no minuto seguinte é questionado sobre por que não é feliz no casamento ou se pretende ter filhos. Quaisquer ressentimentos, tensões e diferenças de valores permanecerão, com a pressão adicional de corresponder a uma imagem idealizada de famílias felizes. Comentários passivo-agressivos geralmente vêm do estresse e da insegurança de outra pessoa, diz a psicoterapeuta Sarah Turner. Isso não justifica o comportamento, mas pode torná-lo menos pessoal. Quando nos sentimos feridos, nosso instinto é nos defender ou nos retrair, mas Turner aconselha a fazer uma pausa primeiro. "Você tem o poder de escolher como responder." Outra dica é pedir esclarecimentos. Muitas vezes, os entes queridos reformulam o que disseram em vez de repetir, pois provavelmente sabem que é um comentário carregado de significado. Se houver um "fundo de verdade" no que eles dizem, reconhecer isso pode ajudar a "acalmar as emoções porque eles se sentem ouvidos", acrescenta Turner. Isso não significa concordar ou ceder — significa simplesmente demonstrar à pessoa que você entende o ponto de vista dela. No calor das dinâmicas familiares, isso pode fazer toda a diferença. 4. Deixe claro quem é o responsável Discussão em ambiente decorado para o Natal. Getty Images As crianças ficam naturalmente entusiasmadas no dia de Natal, mas essa explosão de energia muitas vezes se transforma em grandes emoções de exaustão mais tarde, incluindo birras e lágrimas. Para evitar que outros membros da família tentem controlar isso, Costa sugere ter uma conversa simples com antecedência para estabelecer as regras. Ela aconselha algo como: "Eu sei que [a nossa forma de criar os filhos] pode ser diferente da sua... O que mais nos ajuda é manter a consistência, então, se surgir algum problema, deixe conosco." Estabeleça alguns pontos simples e inegociáveis, como limites de tempo de tela.

Duas mulheres sentadas no sofá durante reunião de Natal. Getty Images O Natal é considerado a época mais maravilhosa do ano, mas o próprio dia pode ter todos os ingredientes necessários para uma briga familiar. Talvez haja um motivo para você não ter visto algumas dessas pessoas o ano todo: você sabe que alguém pode criticar sua comida, pode haver um debate acalorado sobre o jantar e até uma disputa pelo controle remoto da TV. Conversamos com psicólogos e especialistas em educação parental para obter suas principais dicas sobre como manter o espírito natalino e evitar desentendimentos familiares. Escalado para o Natal ou Réveillon? Veja direitos, folgas e tudo que o trabalhador precisa saber Veja o que abre e o que fecha em SP neste feriado de Natal Uva-passa: como a fruta mais polêmica do Natal é produzida Natal Luz de Gramado, RS, entra para o livro dos recordes 1. Desista do Natal perfeito Cachorro circula entre enfeites após queda de árvore de Natal. Getty Images Comece recusando-se a perseguir a versão idealizada do Natal que vemos nos filmes, diz a psicoterapeuta e escritora Philippa Perry. "Precisamos diminuir as expectativas sobre o que o Natal nos proporciona, e assim não ficaremos tão decepcionados", disse ela ao podcast Parenting Helpline, da CBeebies, canal infantil da BBC. Regras não ditas como "temos que ver todo mundo" só aumentam o estresse, assim como a pressão das redes sociais sobre como o dia de Natal perfeito deveria ser. Natalie Costa, coach de pais, ex-professora e apresentadora do podcast Connected, incentiva as pessoas a lembrarem que ninguém tem a vida das fotos que publica. "Por trás de todas as fotos de famílias felizes, existem crianças — e adultos — que já tiveram crises de choro", diz ela. Essa constatação da realidade pode ajudar a reduzir a culpa por não estar à altura. Em vez de tentar competir com os outros, ela sugere encarar o Natal com a seguinte atitude: "Como seria o meu Natal suficientemente bom?" 2. Não entre na competição de presentes Adultos e crianças trocam presentes durante celebração de Natal. Getty Images A troca de presentes é uma parte essencial do Natal. Se houver crianças pequenas em casa, os despertares matinais e animados são inevitáveis. Mas, às vezes, a troca de presentes pode parecer competitiva, especialmente entre familiares distantes, onde os orçamentos podem variar, diz Perry. A melhor maneira de lidar com isso não é tentar competir ou controlar o relacionamento das crianças com os adultos, mas sim reformular a situação. Ela incentiva os pais a "deixarem para lá" se avós, tios e tias optarem por mimar os pequenos. Costa acrescenta que isso pode se tornar uma maneira útil de discutir valores com as crianças mais tarde, enfatizando que presentes maiores não refletem amor. "Você não pode comprar amor", diz Perry. "O que as crianças gostam é da sua atenção e de brincar com elas. Isso é melhor do que qualquer presente." 3. Prepare-se para comentários constrangedores Dinâmicas familiares complicadas não desaparecem só porque é Natal e músicas natalinas clássicas estão tocando. Num minuto você está alegremente bebendo vinho, no minuto seguinte é questionado sobre por que não é feliz no casamento ou se pretende ter filhos. Quaisquer ressentimentos, tensões e diferenças de valores permanecerão, com a pressão adicional de corresponder a uma imagem idealizada de famílias felizes. Comentários passivo-agressivos geralmente vêm do estresse e da insegurança de outra pessoa, diz a psicoterapeuta Sarah Turner. Isso não justifica o comportamento, mas pode torná-lo menos pessoal. Quando nos sentimos feridos, nosso instinto é nos defender ou nos retrair, mas Turner aconselha a fazer uma pausa primeiro. "Você tem o poder de escolher como responder." Outra dica é pedir esclarecimentos. Muitas vezes, os entes queridos reformulam o que disseram em vez de repetir, pois provavelmente sabem que é um comentário carregado de significado. Se houver um "fundo de verdade" no que eles dizem, reconhecer isso pode ajudar a "acalmar as emoções porque eles se sentem ouvidos", acrescenta Turner. Isso não significa concordar ou ceder — significa simplesmente demonstrar à pessoa que você entende o ponto de vista dela. No calor das dinâmicas familiares, isso pode fazer toda a diferença. 4. Deixe claro quem é o responsável Discussão em ambiente decorado para o Natal. Getty Images As crianças ficam naturalmente entusiasmadas no dia de Natal, mas essa explosão de energia muitas vezes se transforma em grandes emoções de exaustão mais tarde, incluindo birras e lágrimas. Para evitar que outros membros da família tentem controlar isso, Costa sugere ter uma conversa simples com antecedência para estabelecer as regras. Ela aconselha algo como: "Eu sei que [a nossa forma de criar os filhos] pode ser diferente da sua... O que mais nos ajuda é manter a consistência, então, se surgir algum problema, deixe conosco." Estabeleça alguns pontos simples e inegociáveis, como limites de tempo de tela. Algumas famílias também acham útil ter algo leve para aliviar a pressão, explica Costa. Uma delas usava o código "bananas fedorentas" para sinalizar que as coisas estavam ficando difíceis demais. Independentemente de quem estiver na casa que você for visitar, gerenciar as expectativas é crucial. Deixe as crianças saberem quem estará lá, como será o dia e o que elas podem fazer se começarem a se sentir sobrecarregadas. 5. Não comente sobre as preferências alimentares Casal participa de jantar de Natal em clima de desconforto. Getty Images O jantar de Natal costuma incluir alimentos como peru, tender e arroz com passas, que raramente comemos no resto do ano. Alguns adultos e muitas crianças simplesmente não gostam desses alimentos. O que chamamos de "exigência alimentar", com um tom de desaprovação, muitas vezes é ansiedade e sensibilidade, diz a psicóloga Ritika Suk Birah. A chave para uma refeição agradável é eliminar a carga emocional. Ofereça algumas opções previsíveis, normalize as preferências diferentes e não transforme a comida em uma questão moral. "Para os adultos, a autonomia é essencial; ofereça alternativas sem comentários", diz ela. Para as crianças, que podem estar experimentando alimentos pela primeira vez, um "prato seguro" junto com os alimentos festivos funciona bem, algo familiar que as ancora para que possam explorar novos alimentos no seu próprio ritmo. 6. Combine um plano de TV com antecedência Família assiste à TV durante reunião de Natal. Getty Images A televisão pode ser fundamental para o tempo em família no Natal, muitas vezes quando já estamos de barriga cheia e um pouco embriagados. Mas desentendimentos sobre o que assistir são comuns. Os parentes mais velhos geralmente querem compartilhar tradições; os mais jovens querem autonomia e novidades, especialmente na era do YouTube. A melhor abordagem é decidir o plano de programação antes que as emoções estejam à flor da pele, diz Birah. Combinem uma rotação simples: um programa compartilhado, uma escolha individual e um período definido em que as telas são desligadas. Se a ideia de assistir à "TV de gente velha" estiver causando problemas com seus filhos adolescentes, reconheça a perspectiva deles, diz Costa. Algo como: "Eu entendo. O YouTube é emocionante e divertido, e você realmente gosta." Em seguida, explique o que mais está acontecendo: "Agora estamos passando um tempo juntos em família. Essa parte também é importante." Personal organizer ensina como decorar a árvore de Natal de forma prática 537 - Ceia de Natal: limites, conflitos e o que a gente chama de amor com Vera Iaconelli
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