A GUERRA EM ISRAEL – A espada na casa de Davi. (parte II) – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
A GUERRA EM ISRAEL - A espada na casa de Davi. (parte II) - (Artigo da Semana) – alfredo.ricardo@hotmail.com


A GUERRA EM ISRAEL – A espada na casa de Davi. (parte II)
No centro do oriente médio, os céus, dias e noite, são iluminados por bombas e tiros de metralhadoras. Alarmes ecoam pelo ar e as famílias, apavoradas, correm para abrigos no subsolo. E olhar pela paz é como um horizonte distante, quase impossível. É uma guerra que parece não ter fim. Todavia, a pergunta é: por que de tanta guerra entre irmãos? E a nossa resposta não está na política, nas manchetes de jornais e revistas ou nas análises políticas, mas, numa história muito antiga, história essa que começou há milênios com um homem chamado Abraão e uma promessa divina.
Na terra Ur dos caldeus, na cidade da Mesopotâmia, que hoje está a sul do Iraque e que em nossos dias localiza-se o sítio arqueológico de Tell el-Muqayyar, morava um homem chamado Abrão, filho terá, pastor de ovelhas e artífice de imagens. Casado com Sarai, que era estéreo, ouviu a voz do Eterno lhe dizer: Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. (Gênesis 12:1-2)
Então chamou o Senhor a Abrão, e lhe deu um novo nome, Abraão, que significa pai de uma grande nação, e lhe fez a seguinte promessa: “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12:3); acrescentou o Senhor a promessa “Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”.
É da história deste homem (Abraão), que surgem os povos da Palestina e de Israel. Contam-nos as Sagradas Letras que a promessa de um filho tinha sido feita pela Eterno ao velho Abraão, porém, os anos se passaram e Sara e Abraão estavam envelhecidos. Coube a Sara ter a ideia de ajudar ao Eterno, ao dar a sua serva, a egípcia Agar, como esposa para Abraão, que em pouco tempo teve um filho e o chamou de Ismael.
Declaração do anjo sobre a vida de Ismael, pai dos palestinos: Mas o Anjo do SENHOR a encontrou no deserto, perto de uma fonte que fica no caminho de Sur, e perguntou: — Agar, escrava de Sarai, de onde você vem e para onde está indo? — Estou fugindo da minha dona — respondeu ela. Então, o Anjo do SENHOR deu a seguinte ordem: — Volte para a sua dona e seja obediente a ela em tudo. E o Anjo do SENHOR disse também: “Eu farei com que o número dos seus descendentes seja grande; eles serão tantos, que ninguém poderá contá-los. Você está grávida, e terá um filho, e porá nele o nome de Ismael, pois o SENHOR Deus ouviu o seu grito de aflição. Esse filho será como um jumento selvagem; ele lutará contra todos, e todos lutarão contra ele. E ele viverá longe de todos os seus parentes.” Então Agar deu ao SENHOR este nome: “O Deus que Vê.” Isso porque ele havia falado com ela, e ela havia perguntado a si mesma: “Será verdade que eu vi Aquele que Me Vê?” É por isso que esse poço, que fica entre Cades e Berede, é chamado de “Poço Daquele que Vive e Me Vê”.
Essa profecia era um aviso claro de que a vida de Ismael sempre seria marcada pelo conflito, resistência e sobrevivência diante de seus parentes mais próximos. O destino que o seguia estava ligado a uma eterna luta por espaço, reconhecimento e existência. Ele, não era o filho da aliança e nem da promessa eterna.
Anos mais tarde, a promessa do Eterno se cumpriu, nasceu o menino, que foi chamado de Isaque, sorriso. Que logo aprendeu sobre a promessa do Eterno em dar a terra prometida ao seu povo. A terra de Canaã, que era a antiga terra dos cananeus, que séculos mais tarde passou a ser chamada de terra da Palestina, que originalmente era Filistina que pertenceu aos Filisteus e, em nossos dias, terra de Israel. O coração do pai estava dividido entre o amor ao filho primogênito, Ismael, e o amor ao filho mais novo, Isaque, duas crianças com destinos diferentes.
A guerra travada entre Israel e os palestinos não está apenas pela área geografia, ou mesmo pelo domínio territorial. Vai, além disso, a guerra é pela promessa e pela identidade espiritual, assim como pela legitimidade da herança de Abraão. Os descendentes de Ismael carregam em seus ombros uma dor antiga, que é a rejeição que ao longo dos anos se transformou em resistência. Já os descendentes de Isaque batalham para permanecer na terra da promessa em que o Eterno lhe deu. E assim, a paz nunca haverá neste lugar, mesmo que haja tratados de paz, pois a guerra nunca foi humana e sim espiritual. Claramente, os descendentes de Ismael viam nos descendentes de Isaque uma grande ameaça, pela presença constante da promessa que não lhe pertencia.
E este é o ponto fundamental da divisão e do nascimento de duas grandes religiões, a dos hebreus (a crença num único Deus) e dos palestinos muçulmanos.
É uma terra de mistérios e de diversas guerras, em busca da promessa de ser o herdeiro do patriarca Abraão. Por onde já passaram, em domínio: filisteus, assírios, babilônicos, do Rei Nabucodonosor, gregos e romanos. Essa é a terra da promessa disputada pelo mundo. Porém, prometida e dada a um só povo, Israel.
Apesar da dor, do sangue derramado, da divisão e do choro das famílias, as Sagradas Letras mostram que este conflito terá um fim. Neste tempo futuro, onde há um destino preparado para ambos, que está para se cumprir, o qual não é por acordos temporários, mas pela intervenção do príncipe da paz, que foi profetizado e apresentado ao mundo como verdadeiro Rei. Dizem as Sagradas Letras: “Ele julgará entre as nações e corrigirá muitos povos. Estes transformarão as suas espadas em lâminas de arados e as suas lanças, em foices. Nação não levantará a espada contra nação, nem aprenderão mais a guerra”. (Isaias 2:4). E assim, os filhos de Ismael e os filhos de Isaque não lutaram mais e sim subiram juntos para adorar o Eterno em Jerusalém.
Portanto, O Emanuel do Eterno, o príncipe da paz, enxugará todas as lágrimas que encharcaram o deserto. E o seu poder fará reconciliação entre aqueles que são irreconciliáveis. Certamente, o Messias virá! Logo, o plano de redenção é para todos os povos e a promessa se cumprirá, pois o Eterno não comete erros. Sendo assim, a promessa feita a Abraão é apenas um ponto de partida para alcançar todas as famílias da terra (e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Gênesis 12:3). E dentro desta visão extraordinária, surge o apóstolo Paulo que declara: E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa. (Gálatas 3:29). E de tal modo, que essa declaração muda tudo, pois o que separava judeus e árabes foi vencido na cruz do calvário por Cristo, o sumo sacerdote do Eterno.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo
Aviso do Eterno aos homens: “Assim a justiça retrocede, e a retidão fica a distância, pois a verdade caiu na praça e a honestidade não consegue entrar. Não se acha a verdade em parte alguma, e quem evita o mal é vítima de saque. Olhou o Senhor e indignou-se com a falta de justiça”. (saías 59:14-15)
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