EUA entram na guerra: secretário-geral da ONU fala em 'consequências catastróficas' para o mundo; veja repercussão
António Guterres alerta para risco de descontrole do conflito após Trump confirmar bombardeios a instalações nucleares iranianas; líderes de Israel e Colômbia reagem. Trump diz que EUA atacaram três instalações nucleares do Irã O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou neste sábado (21) que os bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o Irã representam uma "escalada perigosa em uma região que já está no limite — e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional". O alerta veio após o presidente norte-americano, Donald Trump, confirmar que autorizou ataques a três instalações nucleares iranianas, nas cidades de Natanz, Esfahan e Fordow. O Irã confirmou que foi alvo das ofensivas. Siga em TEMPO REAL as últimas notícias sobre conflito "Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo", declarou Guterres, em nota publicada pela ONU e repercutida pela agência Reuters. "Apelo aos Estados-Membros para que reduzam a tensão e cumpram suas obrigações sob a Carta da ONU e outras normas do direito internacional. Neste momento perigoso, é fundamental evitar uma espiral de caos. Não há solução militar. O único caminho a seguir é a diplomacia. A única esperança é a paz." A decisão de Trump de unir-se militarmente a Israel em sua campanha contra o Irã marca uma escalada significativa na crise. Os dois países estão envolvidos em confrontos aéreos há mais de uma semana, com relatos de mortes e feridos dos dois lados. Ataque dos EUA ao Irã é inédito desde 1979; comentaristas analisam Israel x Irã: o que significa a entrada dos EUA no conflito Líderes reagem à ofensiva dos EUA Netanyahu parabeniza Trump por bombardeio ao Irã O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou o ataque e afirmou que a decisão de Trump “mudará a história”. “A história registrará que o presidente Trump agiu para negar ao regime mais perigoso do mundo as armas mais perigosas do mundo”, declarou Netanyahu em um discurso neste sábado. Na América Latina, o presidente colombiano Gustavo Petro se mostrou preocupado com a ofensiva dos EUA. Durante um evento, Petro alertou que o bombardeio coloca em risco a paz global. “Este ato incendeia o Oriente Médio [...] e não afeta apenas o Oriente Médio, mas todos nós aqui na Colômbia. Também temos que pedir e exigir como seres humanos, cara a cara e sem abaixar a cabeça, exigimos a paz mundial”, afirmou o líder colombiano. O governo da Venezuela também se posicionou contra a ação. Em mensagem publicada no Telegram, o chanceler Yván Gil afirmou que “a Venezuela condena a agressão militar dos EUA contra o Irã e exige a cessação imediata das hostilidades”, segundo a Reuters. Segundo ele, "a República Bolivariana da Venezuela condena firme e categoricamente o bombardeio realizado pelas forças armadas dos Estados Unidos, a pedido do Estado de Israel, contra instalações nucleares na República Islâmica do Irã, incluindo os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan”. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou os ataques como uma "perigosa escalada do conflito no Oriente Médio". Em publicação na rede social X, ele disse: “Condenamos energicamente o bombardeio dos EUA contra instalações nucleares do Irã. A agressão constitui uma grave violação da Carta da ONU e do direito internacional e mergulha a humanidade em uma crise de consequências irreversíveis”. Já o Ministério das Relações Exteriores do México reforçou o apelo pela via diplomática. “A chancelaria faz um chamado urgente ao diálogo diplomático pela paz entre as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio”, escreveu o órgão no X. "Em consonância com os princípios constitucionais da política externa mexicana e com a vocação pacifista do país, reiteramos nosso apelo pela redução das tensões na região. A restauração da convivência pacífica entre os Estados da região é a maior prioridade.” Veja mais: Pronunciamento de Donald Trump após ataque ao Irã
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