A POLÍTICA E O SEUS REFLEXOS SOCIAIS. – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

A POLÍTICA E O SEUS REFLEXOS SOCIAIS.

A grande massa imagina que a política são apenas os debates parlamentares e as eleições. No entanto, a política vai além destas duas primícias, visto que ela envolve o dia a dia de cada cidadão, das decisões familiares e influência diretamente no contrato social.

Compreender que a política está no dia a dia, nas ações, na simples compra da mercearia é entender que ela faz parte da sociedade civilizada e tem seu papel determinante em todas as vidas. Por outro lado, o cidadão pode contribuir com seu voto, suas análises, escolhas e sua participação na construção de uma sociedade mais justa e humana.

A pergunta que nasce na mente pesquisadora é: por que é necessária a política? A resposta está diante dos nossos olhos, quando em determinado lugar passa a residir duas ou mais pessoas, se faz necessário o estabelecimento de regras de convivência, deveres comuns e limites. Então, a existência da política está ligada ao ato de existir pessoas se relacionando continuamente. Fundamentado neste fato, a política é maior do que apenas o ato de votar e está além de governos provisórios.

Em um sentido amplo, a política só existe quando há participação das comunidades nas decisões e nas ações comuns. Totalmente diferente do que pensa grande parte da sociedade que imagina que a política só exista graças aos políticos profissionais. Pelo contrário, estes são os que conduzem a política partidária à corrupção e ao caos.

Não é à-toa que o termo política passou a ser associado à corrupção, malandragem, desvios, a falta de nobreza e honestidade. Por outro lado, é visível o quanto a política é negativada com os seguintes atributos: politicagem, quadrilha e hipócritas. De todas essas atribuições a política atual, os políticos passaram a serem visto como interesseiros e aproveitadores da coisa pública.

As implicações destes conceitos negativos são inúmeras para a sociedade, como rejeição do cidadão simples pela política institucional, ou seja, a política de estado, por perceber que a verdadeira intenção dos gestores é desviar as verbas públicas. Infelizmente, as más ações dos políticos vêm provocando um fenômeno que é a rejeição da população pelo tema política por quebra de confiança.

O processo democrático vem sofrendo inúmeros ataques por parte das autoridades constituídas ou eleitas. E por mais que imaginássemos que ela estava consolidada e em pleno desenvolvimento mundial, percebemos em último plano que era um mero engano. Pois, o cuidado e a vigilância, deve ser constante, visto que democracias morrem e, para evitar este quadro, é necessário resistir às ameaças autoritárias, tanto das armas como da toga.

Portanto, a crise de identidade política, as tensões, os conflitos e as mudanças vêm passo a passo destruindo a credibilidade tanto no país como no exterior. E neste contexto, ainda enfrentamos a escada da proteção a criminosos por parte dos que deveriam proteger a sociedade. Entretanto, a promoção e a proteção das ações delituosas vêm mostrando diversas evidências de que a cultura da corrupção, dos desvios e da impunidade é parte da cultura entranhada no seio social e vista como esperteza, o que contraria a lógica e o bom senso da honestidade.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo