Trump vai a Israel para libertação de reféns: o que esperar de segunda-feira decisiva para Gaza
Trump embarca para o Egito para Cúpula de Paz para Gaza O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (12) que "a guerra acabou" ao embarcar para viagem a Israel para a libertação de reféns de Gaza, sob o acordo de cessar-fogo firmado entre o Estado judeu e o Hamas. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe a libertação dos reféns Falando a bordo do avião Air Force One, Trump disse que o cessar-fogo será mantido e que um "conselho de paz" deverá ser rapidamente estabelecido para Gaza, que, segundo ele, parece um "canteiro de demolição". Ele também elogiou o papel do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do Catar, um dos mediadores. O prazo para o Hamas libertar todos os reféns que ainda mantém em Gaza é meio-dia da segunda-feira, pelo horário local (6h de Brasília). Também na segunda-feira, Trump viajará ao Egito para uma cúpula internacional com o objetivo de pôr fim à guerra. O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, nos quais cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e 251 feitas reféns. Desde então, mais de 67 mil palestinos foram mortos pela resposta militar de Israel, incluindo mais de 18 mil crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. O cessar-fogo em Gaza entrou em vigor na manhã de sexta-feira (10), após Israel e o Hamas concordarem com a primeira fase do plano de paz de 20 pontos mediado por Trump, com as próximas fases ainda a serem negociadas. Acredita-se que 20 dos reféns israelenses estejam vivos, e o Hamas também deve entregar os restos mortais de até 28 reféns mortos. Israel também deve libertar cerca de 250 prisioneiros palestinos e 1,7 mil detidos de Gaza, enquanto quantidades maiores de ajuda humanitária devem entrar na Faixa de Gaza. Um porta-voz do governo israelense disse que os prisioneiros deverão ser libertados assim que os reféns vivos chegarem ao território israelense. Donald Trump embarca no Air Force One para seguir viagem para Israel REUTERS/Evelyn Hockstein Trump disse a repórteres que o cessar-fogo "deve se manter", acrescentando "todos estão felizes e acho que vai continuar assim". No sábado, centenas de milhares de israelenses participaram de um comício em Tel Aviv e cantaram em gratidão ao líder americano. Muitos detalhes das fases posteriores do plano de paz podem ser difíceis de chegar a um acordo, como a governança de Gaza, a extensão da retirada das tropas israelenses e o desarmamento do Hamas. Trump desembarcará em Israel na segunda-feira, onde se dirigirá ao parlamento do país, o Knesset. Em seguida, ele viajará para liderar uma cúpula em Sharm el-Sheikh ao lado do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Líderes de mais de 20 países participarão. O Ministério das Relações Exteriores do Egito informou que um "documento que encerra a guerra na Faixa de Gaza" deve ser assinado. Líderes de mais de 20 países devem comparecer, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que, assim que os reféns retornarem a Israel, os militares destruirão os túneis subterrâneos construídos pelo Hamas em Gaza. Caminhões de ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza no domingo e centenas de outros formavam fila na fronteira. Palestinos se aglomeraram ao redor dos comboios que chegavam a Khan Younis, no sul de Gaza. Em declarações à BBC no domingo, James Elder, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), disse que dezenas de caminhões entraram na Faixa de Gaza, mas que o número ficou aquém do necessário. A ONU estima que pelo menos 600 caminhões de ajuda humanitária sejam necessários todos os dias para começar a lidar com a crise humanitária em Gaza. Em agosto, a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC, na sigla em ingês), um sistema global padronizado usado para classificar a gravidade da insegurança alimentar e da desnutrição aguda, declarou fome em partes do território, incluindo a Cidade de Gaza. Israel, no entanto, rejeita o relatório da IPC, e seu Ministério das Relações Exteriores afirma que as conclusões são "baseadas em mentiras do Hamas". O órgão militar de ajuda humanitária israelense Cogat afirma que o relatório ignora os "amplos esforços humanitários empreendidos em Gaza". Palestinos que retornavam ao norte de Gaza descreveram cenas de devastação, com muitos deles encontrando suas casas reduzidas a escombros. Equipes de resgate alertaram que pode haver artefatos explosivos e bombas não detonados na área. Amjad Al Shawa, que lidera uma organização palestina que coordena grupos de ajuda humanitária, estimou que 300 mil tendas serão necessárias para abrigar temporariamente os 1,5 milhão de deslocados de Gaza. O Hamas convocou cerca de 7 mil membros de suas forças de segurança para reassumir o controle sobre áreas de Gaza recentemente desocupadas pelas tropas israelenses, segun


Trump embarca para o Egito para Cúpula de Paz para Gaza O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (12) que "a guerra acabou" ao embarcar para viagem a Israel para a libertação de reféns de Gaza, sob o acordo de cessar-fogo firmado entre o Estado judeu e o Hamas. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe a libertação dos reféns Falando a bordo do avião Air Force One, Trump disse que o cessar-fogo será mantido e que um "conselho de paz" deverá ser rapidamente estabelecido para Gaza, que, segundo ele, parece um "canteiro de demolição". Ele também elogiou o papel do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do Catar, um dos mediadores. O prazo para o Hamas libertar todos os reféns que ainda mantém em Gaza é meio-dia da segunda-feira, pelo horário local (6h de Brasília). Também na segunda-feira, Trump viajará ao Egito para uma cúpula internacional com o objetivo de pôr fim à guerra. O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, nos quais cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e 251 feitas reféns. Desde então, mais de 67 mil palestinos foram mortos pela resposta militar de Israel, incluindo mais de 18 mil crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. O cessar-fogo em Gaza entrou em vigor na manhã de sexta-feira (10), após Israel e o Hamas concordarem com a primeira fase do plano de paz de 20 pontos mediado por Trump, com as próximas fases ainda a serem negociadas. Acredita-se que 20 dos reféns israelenses estejam vivos, e o Hamas também deve entregar os restos mortais de até 28 reféns mortos. Israel também deve libertar cerca de 250 prisioneiros palestinos e 1,7 mil detidos de Gaza, enquanto quantidades maiores de ajuda humanitária devem entrar na Faixa de Gaza. Um porta-voz do governo israelense disse que os prisioneiros deverão ser libertados assim que os reféns vivos chegarem ao território israelense. Donald Trump embarca no Air Force One para seguir viagem para Israel REUTERS/Evelyn Hockstein Trump disse a repórteres que o cessar-fogo "deve se manter", acrescentando "todos estão felizes e acho que vai continuar assim". No sábado, centenas de milhares de israelenses participaram de um comício em Tel Aviv e cantaram em gratidão ao líder americano. Muitos detalhes das fases posteriores do plano de paz podem ser difíceis de chegar a um acordo, como a governança de Gaza, a extensão da retirada das tropas israelenses e o desarmamento do Hamas. Trump desembarcará em Israel na segunda-feira, onde se dirigirá ao parlamento do país, o Knesset. Em seguida, ele viajará para liderar uma cúpula em Sharm el-Sheikh ao lado do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Líderes de mais de 20 países participarão. O Ministério das Relações Exteriores do Egito informou que um "documento que encerra a guerra na Faixa de Gaza" deve ser assinado. Líderes de mais de 20 países devem comparecer, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que, assim que os reféns retornarem a Israel, os militares destruirão os túneis subterrâneos construídos pelo Hamas em Gaza. Caminhões de ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza no domingo e centenas de outros formavam fila na fronteira. Palestinos se aglomeraram ao redor dos comboios que chegavam a Khan Younis, no sul de Gaza. Em declarações à BBC no domingo, James Elder, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), disse que dezenas de caminhões entraram na Faixa de Gaza, mas que o número ficou aquém do necessário. A ONU estima que pelo menos 600 caminhões de ajuda humanitária sejam necessários todos os dias para começar a lidar com a crise humanitária em Gaza. Em agosto, a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC, na sigla em ingês), um sistema global padronizado usado para classificar a gravidade da insegurança alimentar e da desnutrição aguda, declarou fome em partes do território, incluindo a Cidade de Gaza. Israel, no entanto, rejeita o relatório da IPC, e seu Ministério das Relações Exteriores afirma que as conclusões são "baseadas em mentiras do Hamas". O órgão militar de ajuda humanitária israelense Cogat afirma que o relatório ignora os "amplos esforços humanitários empreendidos em Gaza". Palestinos que retornavam ao norte de Gaza descreveram cenas de devastação, com muitos deles encontrando suas casas reduzidas a escombros. Equipes de resgate alertaram que pode haver artefatos explosivos e bombas não detonados na área. Amjad Al Shawa, que lidera uma organização palestina que coordena grupos de ajuda humanitária, estimou que 300 mil tendas serão necessárias para abrigar temporariamente os 1,5 milhão de deslocados de Gaza. O Hamas convocou cerca de 7 mil membros de suas forças de segurança para reassumir o controle sobre áreas de Gaza recentemente desocupadas pelas tropas israelenses, segundo fontes locais. No domingo, pelo menos 27 pessoas foram mortas em violentos confrontos entre as forças de segurança do Hamas e membros armados da família Dughmush na Cidade de Gaza, em um dos confrontos internos mais violentos desde o fim das principais operações israelenses no território. VÍDEOS: mais assistidos do g1
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