Ações da Tesla despencam após conflito público entre Musk e Trump; perda chega a US$ 100 bilhões
Crise na Tesla: ações caem 8% depois de Trump afirmar que chegou ao fim "o mandato do carro elétrico". Loja da Tesla em Berlim: concessionárias em várias partes do mundo foram vandalizadas Getty Images via BBC As ações da fabricante de veículos elétricos Tesla despencaram na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (5), após trocas de farpas públicas entre seu CEO, Elon Musk, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump declarou nesta quinta-feira que estava "muito decepcionado" com as críticas de Musk ao seu megapacote orçamentário. Depois das declarações, as ações da Tesla despencaram mais de 15%, perdendo mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado, à medida que se intensificava o conflito entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Elon Musk, CEO da fabricante de carros elétricos. Donald Trump afirmou que pediu ao "maluco" Elon Musk que deixasse seu governo e ameaçou retirar os contratos públicos do magnata da tecnologia, enquanto a disputa em torno do projeto de orçamento do presidente dos EUA desencadeava um amargo rompimento público com seu principal doador. "Veja, Elon e eu tínhamos uma ótima relação. Não sei se ela continuará. Fiquei surpreso", disse o presidente republicano a jornalistas no Salão Oval, depois que Musk — até recentemente um de seus assessores mais próximos — classificou o projeto de lei como uma "abominação". Musk, o homem mais rico do mundo, fez doações milionárias à campanha de Trump e depois atuou como conselheiro de seu governo na política de corte de gastos públicos. Nesta quinta-feira (5), ele acusou Trump de "ingratidão" em sua rede social X, afirmando que, sem seu apoio, "Trump teria perdido as eleições". "Tanto faz", respondeu Musk a um vídeo no qual Trump afirmava que sua raiva se devia à perda de subsídios para veículos elétricos. "Falso", publicou em seguida o diretor da Tesla, rebatendo um trecho em que o presidente alega que Musk já conhecia o conteúdo do projeto de lei. Musk anunciou na semana passada que seu papel no governo dos Estados Unidos havia chegado ao fim, pouco depois de criticar o projeto orçamentário de Trump. Musk considera que essa proposta, já aprovada pela Câmara dos Representantes e ainda pendente de votação no Senado, aumentaria o déficit e minaria o trabalho da Comissão de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), que ele presidia e que foi responsável por demitir dezenas de milhares de funcionários públicos. Contexto O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (5) que o bilionário Elon Musk está irritado com seu governo porque o republicano “acabou com o mandato do carro elétrico”. ▶️ “Mandato do carro elétrico” é um apelido dado por Trump às políticas de descarbonização e eletrificação implementadas durante o governo do ex-presidente Joe Biden, que incentivavam a produção de veículos sustentáveis na indústria automotiva americana. Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump respondeu às críticas feitas por Musk nesta semana ao megaprojeto de lei orçamentária enviado ao Congresso dos EUA. Na terça-feira (3), o bilionário classificou o texto como “repugnante, escandaloso e eleitoreiro”. “É uma abominação repugnante. Os que votaram a favor deveriam sentir vergonha: sabem que erraram. Eles sabem”, declarou Musk. Trump afirmou que Musk já sabia que o projeto seria enviado e que “não sabe se eles terão uma ótima relação como antes”. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil


Crise na Tesla: ações caem 8% depois de Trump afirmar que chegou ao fim "o mandato do carro elétrico". Loja da Tesla em Berlim: concessionárias em várias partes do mundo foram vandalizadas Getty Images via BBC As ações da fabricante de veículos elétricos Tesla despencaram na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (5), após trocas de farpas públicas entre seu CEO, Elon Musk, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump declarou nesta quinta-feira que estava "muito decepcionado" com as críticas de Musk ao seu megapacote orçamentário. Depois das declarações, as ações da Tesla despencaram mais de 15%, perdendo mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado, à medida que se intensificava o conflito entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Elon Musk, CEO da fabricante de carros elétricos. Donald Trump afirmou que pediu ao "maluco" Elon Musk que deixasse seu governo e ameaçou retirar os contratos públicos do magnata da tecnologia, enquanto a disputa em torno do projeto de orçamento do presidente dos EUA desencadeava um amargo rompimento público com seu principal doador. "Veja, Elon e eu tínhamos uma ótima relação. Não sei se ela continuará. Fiquei surpreso", disse o presidente republicano a jornalistas no Salão Oval, depois que Musk — até recentemente um de seus assessores mais próximos — classificou o projeto de lei como uma "abominação". Musk, o homem mais rico do mundo, fez doações milionárias à campanha de Trump e depois atuou como conselheiro de seu governo na política de corte de gastos públicos. Nesta quinta-feira (5), ele acusou Trump de "ingratidão" em sua rede social X, afirmando que, sem seu apoio, "Trump teria perdido as eleições". "Tanto faz", respondeu Musk a um vídeo no qual Trump afirmava que sua raiva se devia à perda de subsídios para veículos elétricos. "Falso", publicou em seguida o diretor da Tesla, rebatendo um trecho em que o presidente alega que Musk já conhecia o conteúdo do projeto de lei. Musk anunciou na semana passada que seu papel no governo dos Estados Unidos havia chegado ao fim, pouco depois de criticar o projeto orçamentário de Trump. Musk considera que essa proposta, já aprovada pela Câmara dos Representantes e ainda pendente de votação no Senado, aumentaria o déficit e minaria o trabalho da Comissão de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), que ele presidia e que foi responsável por demitir dezenas de milhares de funcionários públicos. Contexto O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (5) que o bilionário Elon Musk está irritado com seu governo porque o republicano “acabou com o mandato do carro elétrico”. ▶️ “Mandato do carro elétrico” é um apelido dado por Trump às políticas de descarbonização e eletrificação implementadas durante o governo do ex-presidente Joe Biden, que incentivavam a produção de veículos sustentáveis na indústria automotiva americana. Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump respondeu às críticas feitas por Musk nesta semana ao megaprojeto de lei orçamentária enviado ao Congresso dos EUA. Na terça-feira (3), o bilionário classificou o texto como “repugnante, escandaloso e eleitoreiro”. “É uma abominação repugnante. Os que votaram a favor deveriam sentir vergonha: sabem que erraram. Eles sabem”, declarou Musk. Trump afirmou que Musk já sabia que o projeto seria enviado e que “não sabe se eles terão uma ótima relação como antes”. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil
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