Acordo entre EUA e China para reduzir tarifas não derruba a 'taxa das blusinhas' de Trump
Republicano assinou ordem executiva que colocava fim à isenção tributária de produtos vindos da China no início de abril. Com isso, remessas de até US$ 800 terão imposto de importação ou uma taxa fixa de US$ 100. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mike Stewart/ AP Photo O acordo entre EUA e China para redução das tarifas recíprocas, anunciado nesta segunda-feira (12), não menciona a chamada "supertaxa das blusinhas" imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No dia 2, uma ordem executiva foi assinada pelo republicano para colocar fim à brecha comercial norte-americana conhecida como "minimis", que permitia isenção de impostos para pacotes de valor mais baixo vindos da China e de Hong Kong. A medida é semelhante à decisão do governo brasileiro que colocou um imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 e que ficou conhecida no Brasil como "taxa das blusinhas". No caso dos EUA, as encomendas com valor de até US$ 800 (R$ 4,5 mil) passariam a ter um imposto de 145% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item. E a expectativa era de que essa taxa aumente para US$ 200 (R$ 1,1 mil) após 1º de junho. Agora, o que se entende é que estarão sujeitas aos 30% fixados para produtos chineses. Segundo a Reuters, o número de remessas que entraram nos EUA livres de imposto aumentou exponencialmente nos últimos anos, chegando a quase 1,4 bilhão de pacotes em 2024. Além disso, mais de 90% de todos os pacotes chegavam aos EUA por meio dos "minimis" sendo quase 60% da China. A isenção ajudou empresas como Temu e Shein a ganhar popularidade nos EUA, vendendo gadgets, roupas e acessórios ultra baratos para os compradores americanos. A Amazon criou um serviço semelhante, o Amazon Haul, que também se beneficiou da política de minimis. A redução das tarifas deve ajudar a reabastecer os armazéns nos EUA a um custo menor. "Existem algumas mercadorias de valor baixo o suficiente que você pode adicionar 30% ao preço de varejo e ainda faz sentido", disse Hugo Pakula, especialista em alfândega e CEO da plataforma de automação comercial Tru Identity, à Reuters. Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses Acordo reduz tarifas por 90 dias Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada desta segunda-feira (12). Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, explicou que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas a mais de 180 países por Trump, no início de abril. Depois de uma escalada de aumentos de parte a parte, as taxas dos EUA contra os chineses chegaram a 145%, enquanto a China passou a cobrar 125% de produtos americanos. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump


Republicano assinou ordem executiva que colocava fim à isenção tributária de produtos vindos da China no início de abril. Com isso, remessas de até US$ 800 terão imposto de importação ou uma taxa fixa de US$ 100. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mike Stewart/ AP Photo O acordo entre EUA e China para redução das tarifas recíprocas, anunciado nesta segunda-feira (12), não menciona a chamada "supertaxa das blusinhas" imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No dia 2, uma ordem executiva foi assinada pelo republicano para colocar fim à brecha comercial norte-americana conhecida como "minimis", que permitia isenção de impostos para pacotes de valor mais baixo vindos da China e de Hong Kong. A medida é semelhante à decisão do governo brasileiro que colocou um imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 e que ficou conhecida no Brasil como "taxa das blusinhas". No caso dos EUA, as encomendas com valor de até US$ 800 (R$ 4,5 mil) passariam a ter um imposto de 145% do seu valor ou uma taxa fixa de US$ 100 (R$ 563,94) por item. E a expectativa era de que essa taxa aumente para US$ 200 (R$ 1,1 mil) após 1º de junho. Agora, o que se entende é que estarão sujeitas aos 30% fixados para produtos chineses. Segundo a Reuters, o número de remessas que entraram nos EUA livres de imposto aumentou exponencialmente nos últimos anos, chegando a quase 1,4 bilhão de pacotes em 2024. Além disso, mais de 90% de todos os pacotes chegavam aos EUA por meio dos "minimis" sendo quase 60% da China. A isenção ajudou empresas como Temu e Shein a ganhar popularidade nos EUA, vendendo gadgets, roupas e acessórios ultra baratos para os compradores americanos. A Amazon criou um serviço semelhante, o Amazon Haul, que também se beneficiou da política de minimis. A redução das tarifas deve ajudar a reabastecer os armazéns nos EUA a um custo menor. "Existem algumas mercadorias de valor baixo o suficiente que você pode adicionar 30% ao preço de varejo e ainda faz sentido", disse Hugo Pakula, especialista em alfândega e CEO da plataforma de automação comercial Tru Identity, à Reuters. Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses Acordo reduz tarifas por 90 dias Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias. As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada desta segunda-feira (12). Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, explicou que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas a mais de 180 países por Trump, no início de abril. Depois de uma escalada de aumentos de parte a parte, as taxas dos EUA contra os chineses chegaram a 145%, enquanto a China passou a cobrar 125% de produtos americanos. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump
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