Alcolumbre fala em derrota expressiva do governo no IOF: “Começou mal”
Queda do decreto que aumentaria o imposto deixa o governo em situação delicada para atingir a meta fiscal

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), classificou a aprovação da derrubada do decreto que reajustou as alíquotas do IOF, nesta qurta-feira (25/6), como uma derrota para o governo. “É, sim, uma derrota para o governo, mas que foi construída a várias mãos”, justificou ao citar a participação de deputados e senadores na tramitação da matéria no Congresso Nacional.
“Esse decreto começou mal. O governo editou um decreto que foi rapidamente rechaçado pela sociedade brasileira”, afirmou ao término da sessão que aprovou o projeto que sustou decretos editados pelo governo. No Senado, a proposta foi aprovada de forma simbólica, registrando votos contrários apenas a bancada do PT e do líder do PDT.
Alcolumbre, entretanto, destacou que esse é apenas um projeto de decreto legislativo (PDL) aprovado entre vários que tramitam na Câmara e no Senado, atém de citar as ocasiões em que o Legislativo apoiou as matérias defendidas pelo governo de Luiz inácio Lula da Silva (PT).
“Esta demonstração no dia de hoje é a demonstração daqueles que estão há dois anos e meio ajudando na agenda do governo. Nós não podemos separar o dia de hoje, como se a novela fosse apenas um capítulo”, disse o presidente do Senado.
O projeto que sustou os decretos editados pelo governo entraram na pauta tanto da Câmara quanto do Senado nesta quarta-feira (25/6).
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Crise
A aprovação do PDL marca mais um capítulo na crise entre Executivo e Legislativo, em que parlamentares rejeitam as medidas fiscais propostas pelo governo para cumprir a meta fiscal e garantir déficit zero. Para tentar contornar o imbróglio, o governo apostou na liberação de emendas parlamentares. O montante de verbas empenhadas passa de R$ 1,7 bilhão.
O texto derruba os decretos recentemente editados pelo governo federal que tratam das alíquotas do IOF. O Executivo já havia recuado de parte das medidas e revisado as mudanças, mas o Congresso seguiu insatisfeito e passou a defender a derrubada total.
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