Allyson quer mais oito meses para resolver duas mil cirurgias na fila de espera
Por Magnos Alves – Diário do RN Pacientes que esperam há, até, mais de um ano por cirurgias em Mossoró vão ter que esperar por vários outros meses para, possivelmente, serem atendidos. É que a gestão do prefeito Allyson Bezerra apresentou uma proposta ao Conselho Municipal de Saúde para acabar com a fila de espera […]

Por Magnos Alves – Diário do RN
Pacientes que esperam há, até, mais de um ano por cirurgias em Mossoró vão ter que esperar por vários outros meses para, possivelmente, serem atendidos. É que a gestão do prefeito Allyson Bezerra apresentou uma proposta ao Conselho Municipal de Saúde para acabar com a fila de espera em, no mínimo, oito meses.
De acordo com a proposta, a promessa é realizar 300 cirurgias por mês para atender as 2.262 pessoas que esperam por procedimentos cirúrgicos. Conforme dados apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde, são 1.307 cirurgias ginecológicas e 955 cirurgias gerais.
A proposta foi rejeitada por unanimidade pelo Conselho Municipal de Saúde, que defende a realização de mutirão para agilizar os atendimentos. O Conselho estabeleceu prazo de 15 dias para a Prefeitura de Mossoró renovar os contratos com as prestadoras de serviço e criar um mutirão para atender o máximo de pessoas de forma urgente.
Além disso, o conselheiro do segmento usuário, Luiz Avelino Silva, enviou ofício ao promotor de justiça da 1 Promotoria da Comarca de Mossoró, Rodrigo Pessoa de Morais, para que seja celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Município, estabelecendo prazos para zerar a fila de espera. “O pedido leva em conta a gravíssima situação de paralisação das cirurgias eletivas em Mossoró.”, argumenta o conselheiro.
Além de rejeitada, a proposta da gestão Allyson é vista com desconfiança. Fontes que atuam no setor de saúde afirmam que dificilmente o Município conseguiria realizar 300 cirurgias por mês com apenas dois prestadores habilitados: Apamim e Hospital São Luiz.
Atualmente, o número de procedimentos realizado é insignificante diante da fila de espera e dos novos pacientes que surgem diariamente. De acordo com dados do sistema DATASUS do Ministério da Saúde, o Hospital São Luiz, realizou apenas 127 cirurgias em 12 meses, entre julho de 2024 e junho de 2025, uma média de pouco mais de 10 por mês.
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