Enel teve ajuda de 76 equipes emprestadas durante apagão em SP
Equipes de outras distribuidoras foram disponibilizadas para ajudar a Enel a restabelecer serviço. Empresa diz que situação foi normalizada
Equipes de diferentes distribuidoras de energia elétrica foram mobilizadas para ajudar a Enel a restabelecer a energia em São Paulo. Diferentes pontos da região metropolitana ficaram no escuro após tempestades e a passagem de um ciclone extratropical na última quarta-feira (10/12).
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Funcionários da Enel restabelecem energia no Ipiranga, zona sul de São Paulo, após protesto de moradoresWilliam Cardoso/Metrópoles
Funcionários da Enel restabelecem energia no Ipiranga, zona sul de São Paulo, após protesto de moradoresWilliam Cardoso/Metrópoles
Funcionários da Enel restabelecem energia no Ipiranga, zona sul de São Paulo, após protesto de moradoresWilliam Cardoso/Metrópoles
Funcionários da Enel restabelecem energia no Ipiranga, zona sul de São Paulo, após protesto de moradoresWilliam Cardoso/Metrópoles
Funcionários da Enel restabelecem energia no Ipiranga, zona sul de São Paulo, após protesto de moradoresWilliam Cardoso/Metrópoles
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a reconstrução de redes e substituição de postes contou com 76 equipes de fora. As unidades da Enel no Ceará e no Rio de Janeiro forneceram 40 equipes. Outras 36 vieram das distribuidoras Light, Elektro, CPFL e Cemig.
A Aneel afirma que o reforço foi determinado após reunião com o Ministério de Minas e Energia (MME) e concessionárias na sexta-feira (12/12). No mesmo dia, a agência de energia realizou uma vistoria no Centro de Operações da Enel e na base de onde os veículos saem para reparo. A vistoria contou com apoio da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e constatou que a operação funcionava normalmente.
Enel fala em “normalidade”, mas casas continuam no escuro
Em comunicado distribuído na noite deste domingo (14/12), a Enel informou que o fornecimento de energia em São Paulo e região metropolitana “está voltando ao padrão de normalidade na área de concessão, com o restabelecimento do serviço para os clientes”. No entanto, o monitoramento da concessionária registrado às 21h02 apontava que, apenas na capital paulista, ainda havia 46.129 imóveis afetados.
O segundo município mais atingido, segundo o balanço de 21h02, é Cotia, com 12.496 clientes sem energia. Em seguida, vem Itapecerica da Serra, com 3.547 imóveis.
A passagem do ciclone extratropical, com ventos de quase 100 km/h, chegou a deixar mais de 2 milhões de imóveis sem energia. Em alguns locais, o apagão persiste há cinco dias.
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Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Uma mulher morreu, na tarde dessa sexta-feira (12/12), ao ser atingida pela queda de uma árvore. O caso ocorreu na Rua Arminda de Lima, em Guarulhos, na região metropolitana de São PauloDefesa Civil/Reprodução
Árvores caem sobre carros no IbirapueraRedes sociais/Reprodução
Árvores caem sobre carros no IbirapueraRedes sociais/Reprodução
Avenida Brasil, sentido Parque do IbirapueraRedes sociais/Reprodução
Árvores caem sobre carros na zona sul de SPJéssica Bernardo/Metrópoles
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Estragos da ventania atingiram São BernardoRedes sociais/Reprodução
Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventaniaRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores na zona sul de São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Além do prejuízo a residências e comércios, o problema acabou provocando falta d’água e caos no trânsito devido à falha nos semáforos. Além disso, a ventania derrubou dezenas de árvores e resultou no cancelamento de mais de 300 voos nos aeroportos de São Paulo.
O que diz a Enel
Na nota, a Enel diz que “técnicos da distribuidora seguem atuando em alguns casos mais complexos de reconstrução de rede, que envolvem troca de cabos, postes e outros equipamentos”. Além disso, diz a concessionária, “as equipes também trabalham para atender solicitações de falta de luz registradas após o evento climático”.
Segundo a Enel, o vendaval foi o mais prolongado já registrado na região. “As rajadas atingiram um pico de 82,8 km/h no Mirante de Santana. Radares do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo registraram um pico local de 98,1 km/h na região da Lapa”, informa o comunicado.
Apagão em São Paulo
- Moradores da capital paulista e da região metropolitana são afetados há cinco dias dias por um apagão, após vendaval com rajadas de de quase 100 quilômetros por hora ter atingido a região devido a um ciclone extratropical formado no Sul do país.
- Na manhã deste domingo (14/12), cerca de 160 mil imóveis continuavam sem luz — na noite de domingo, a Enel informou que a situação tinha sido normalizada. No sábado (13/12), foram registrados mais de 470 mil.
- Na quarta-feira (10/12), a falta de energia atingiu mais de 2 milhões de imóveis da Grande São Paulo.
- Mais de 800 mil imóveis seguiam sem energia elétrica na sexta-feira (12/12). Anteriormente, na quinta-feira (11/12), mais de 1,5 milhão de clientes estavam sem luz.
- Entre os diversos impactos dos ventos, também estão falta de água, quedas de árvores e cancelamentos de voos.
- Alguns bairros também ficaram sem água. De acordo com a Sabesp, a falta de eletricidade impede o abastecimento das residências.
Na sexta-feira (12/12), o Ministério Público no Tribunal de Contas da União (MPTCU) recomendou determinação de suspensão de quaisquer atos administrativos da Aneel relacionados à renovação do contrato da concessionária Enel.
Para o órgão, “falhas graves” na prestação do serviço de distribuição de energia em São Paulo evidenciam violação da Constituição. “É essencial que o Tribunal de Contas da União, no exercício de sua função preventiva e fiscalizadora, adote medidas para evitar a perpetuação de concessões que não atendam aos padrões exigidos pela legislação”, apontou o parecer do subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado.
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O pedido, que ainda deve ser avaliado pelo presidente do TCU, destacou ainda que os episódios naturais, embora impactantes, não podem ser considerados imprevisíveis, “especialmente em regiões como São Paulo, que historicamente enfrentam chuvas intensas, ventos fortes e granizo”.
Ao Metrópoles, Furtado disse que o objetivo é “provocar manifestação da equipe técnica do TCU”.
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