Após condenação no STF, Silvinei Vasques deixa cargo em prefeitura

Pedido de exoneração ocorreu após o Supremo decretar a pena de 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na trama golpista

Dezembro 17, 2025 - 01:30
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Após condenação no STF, Silvinei Vasques deixa cargo em prefeitura

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, condenado nessa terça-feira (16/12) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão por participação na tentativa de golpe, pediu exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis (SC).

Vasques estava à frente da pasta desde janeiro deste ano, quando foi nomeado pelo prefeito Orvino Coelho d’Ávila (PSD). O pedido de desligamento foi feito na terça-feira, mesmo dia em que o STF concluiu o julgamento dos réus do núcleo 2 da trama golpista.

A saída foi confirmada pela prefeitura em nota oficial. Até o momento, o município não informou quem assumirá o comando da secretaria.

“A Prefeitura de São José informa que Silvinei Vasques solicitou sua exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação. O Município agradece a contribuição prestada durante o período em que esteve na Prefeitura”, diz o comunicado.

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Julgamento e condenação

No julgamento realizado pela Primeira Turma do STF, Silvinei Vasques recebeu a segunda maior pena entre os condenados do núcleo 2, ficando atrás apenas do general da reserva do Exército Mário Fernandes, apontado pelos ministros como figura central do grupo investigado.

Outros três réus do núcleo também foram condenados: Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor internacional da Presidência da República; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência; e Marília Ferreira de Alencar, delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal.

Os magistrados da Suprema Corte ainda votaram pela absolvição de Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal.

Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Vasques foi condenado por atuar para interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ele teria ordenado a realização de blitzs e bloqueios em regiões onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve maior desempenho eleitoral no primeiro turno.

Segundo a acusação, as ações buscavam dificultar o deslocamento de eleitores até os locais de votação. A defesa de Vasques nega as acusações e afirma que vai recorrer da decisão.

Com informações do NSC Total, parceiro do Metrópoles.

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