Após defender 'solução realista' para guerra na Ucrânia, Lula volta a se reunir com Zelensky em NY
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (24), em Nova York, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro durou cerca de 40 minutos. Lula não falou com jornalistas após a reunião. Na sequência, Zelensky teve uma bilateral com o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez. Os líderes brasileiro e ucraniano repetiram o encontro de dois anos atrás, quando aproveitaram a viagem aos Estados Unidos para uma conversa pessoalmente em paralelo à Assembleia Geral da ONU. Desde que a guerra com a Rússia teve início, há três anos e meio, Zelensky aproveita a assembleia para se reunir com líderes de diferentes países. Ele tenta fortalecer o apoio à resistência ucraniana, que teve seu território invadido por tropas russas. Na ONU Lula e Trump fizeram discursos divergentes, mas surgiu o primeiro sinal de um possível diálogo entre os dois Lula comentou sobre o conflito armado na terça (23), no discurso de abertura da Assembleia Geral. O presidente defendeu uma "solução realista" pela negociação, já que entende que não haverá uma "solução militar" para a guerra. No discurso, Lula não explicou se considera realista uma solução na qual a Ucrânia ceda territórios que estão sob controle russo. Zelensky tem sido contrário a essa posição. O Brasil condena a invasão russa, mas evita se alinhar a medidas unilaterais dos EUA e da União Europeia. No passado, Zelensky já se queixou de que o Brasil deveria ser mais incisivo nas críticas à Rússia. Lula já se colocou à disposição para mediar uma negociação entre russos e ucranianos, mas a proposta até o momento não prosperou. Encontro entre Lula e Zelensky, em Nova York, em 20 de setembro de 2023. Ricardo Stuckert/Planalto Trump muda de posição Zelensky discutiu a guerra em uma reunião na terça com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O líder americano vinha sugerindo que a Ucrânia deveria ceder territórios, porém anunciou uma nova posição após o encontro. Em uma postagem em rede social, Trump afirmou que, depois da conversa com Zelensky e de uma avaliação da situação militar, passou a acreditar que a Ucrânia, com apoio da União Europeia, pode “lutar e conquistar toda a Ucrânia de volta à sua forma original”. “Depois de conhecer e entender completamente a situação militar e econômica da Ucrânia/Rússia, acho que a Ucrânia está em posição de lutar e conquistar toda a Ucrânia de volta à sua forma original”, escreveu. Ele chamou ainda a Rússia de “tigre de papel”.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (24), em Nova York, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro durou cerca de 40 minutos. Lula não falou com jornalistas após a reunião. Na sequência, Zelensky teve uma bilateral com o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez. Os líderes brasileiro e ucraniano repetiram o encontro de dois anos atrás, quando aproveitaram a viagem aos Estados Unidos para uma conversa pessoalmente em paralelo à Assembleia Geral da ONU. Desde que a guerra com a Rússia teve início, há três anos e meio, Zelensky aproveita a assembleia para se reunir com líderes de diferentes países. Ele tenta fortalecer o apoio à resistência ucraniana, que teve seu território invadido por tropas russas. Na ONU Lula e Trump fizeram discursos divergentes, mas surgiu o primeiro sinal de um possível diálogo entre os dois Lula comentou sobre o conflito armado na terça (23), no discurso de abertura da Assembleia Geral. O presidente defendeu uma "solução realista" pela negociação, já que entende que não haverá uma "solução militar" para a guerra. No discurso, Lula não explicou se considera realista uma solução na qual a Ucrânia ceda territórios que estão sob controle russo. Zelensky tem sido contrário a essa posição. O Brasil condena a invasão russa, mas evita se alinhar a medidas unilaterais dos EUA e da União Europeia. No passado, Zelensky já se queixou de que o Brasil deveria ser mais incisivo nas críticas à Rússia. Lula já se colocou à disposição para mediar uma negociação entre russos e ucranianos, mas a proposta até o momento não prosperou. Encontro entre Lula e Zelensky, em Nova York, em 20 de setembro de 2023. Ricardo Stuckert/Planalto Trump muda de posição Zelensky discutiu a guerra em uma reunião na terça com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O líder americano vinha sugerindo que a Ucrânia deveria ceder territórios, porém anunciou uma nova posição após o encontro. Em uma postagem em rede social, Trump afirmou que, depois da conversa com Zelensky e de uma avaliação da situação militar, passou a acreditar que a Ucrânia, com apoio da União Europeia, pode “lutar e conquistar toda a Ucrânia de volta à sua forma original”. “Depois de conhecer e entender completamente a situação militar e econômica da Ucrânia/Rússia, acho que a Ucrânia está em posição de lutar e conquistar toda a Ucrânia de volta à sua forma original”, escreveu. Ele chamou ainda a Rússia de “tigre de papel”.
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