Apresentação em universidade simula atos sexuais e calouros reagem
Calouros relatam constrangimento com performance gráfica, enquanto a universidade defende o evento como ação de educação sexual
Uma apresentação de boas-vindas aos estudantes recém-chegados do Amherst College, em Massachusetts (EUA), se tornou alvo de intensa controvérsia após a circulação de um vídeo que mostra atores simulando diferentes atos sexuais no palco.
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Os calouros afirmam que foram pressionados a assistir à performance, que incluía gemidos, movimentos sob cobertores e preservativos arremessados para o público como se fossem confetes. Nas redes sociais, as imagens provocaram críticas, com internautas classificando o episódio como “absurdo” e “decadente”.
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Assista ao vídeo
O vídeo, inicialmente divulgado pelo Washington Free Beacon, registra estudantes encenando relações sexuais durante a tradicional apresentação anual destinada aos novos alunos. Isabella Niemi, uma das calouras presentes, contou ao jornal que ficou profundamente incomodada com o que descreveu como uma encenação “grosseiramente sexual”. Segundo ela, a sensação era de querer sair imediatamente.
“Pensei em ir embora depois de dez minutos. Não costumo faltar a eventos obrigatórios, mas aquilo me deixou enojada”, afirmou Isabella.
A performance, chamada Voices of the Class (“Vozes da Turma”), faz parte da programação oficial da instituição — uma universidade privada onde o custo anual chega a US$ 92,4 mil (aproximadamente R$ 502 mil). O roteiro, segundo a própria instituição, utiliza trechos retirados das redações enviadas pelos estudantes no processo de admissão.
Print do vídeo
A administração do Amherst defendeu o conteúdo do evento. Amanda Vann, diretora de saúde e bem-estar, afirmou que as esquetes têm papel importante na promoção de discussões sobre respeito e saúde sexual. “Elas fazem parte do nosso compromisso com o bem-estar no campus. Ao tratar de temas sensíveis de forma acessível, ajudam a desenvolver habilidades de comunicação, autocuidado e apoio mútuo”, explicou.
A defesa institucional, porém, não convenceu todos. John Collier, aluno do terceiro ano, disse ao New York Post que a iniciativa ultrapassou limites. “Sei que o Amherst quer quebrar tabus sobre sexo, mas isso foi longe demais. Quando algo é imposto, o efeito é o oposto do desejado”, criticou.
Nas plataformas digitais, mensagens de reprovação também se multiplicaram. Usuários chamaram o episódio de exemplo da “crise” no ensino superior, reclamaram que universidades estariam “fora da realidade” e até ironizaram a performance. Um deles escreveu: “Surpreende que saibam sequer imitar atos sexuais.”
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