Argentina: ex-presidente Cristina Kirchner se candidatará a deputada
A ex-presidente comunicou que será candidata a deputada provincial pelo 3º distrito eleitoral da província de Buenos Aires

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, confirmou, nessa segunda-feira (2/6), que será candidata a deputada pelo terceiro distrito eleitoral da província de Buenos Aires, território do governador Axel Kicillof, nas eleições de 7 de setembro.
“Você tem que ir para o lugar onde você é mais útil no momento certo. Eu penso na política dessa forma. Política é sobre resultados, apostar no projeto coletivo para avançar. Não é que a unidade permita vencer, mas se você for dividido, certamente perderá”, disse Cristina Kirchner à C5N.
A ex-presidente disse acreditar que sua candidatura renovará as cadeiras senatoriais em oito províncias, conquistadas pelo Partido Popular (PJ) graças à chapa presidencial de 2019, proposta pela coalizão Alberto Fernández-Cristina Kirchner.
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“Vou dar uma mão para fazer a melhor escolha. Alguém pensou que, se tivermos um desempenho ruim em setembro, isso pode se espalhar não apenas para as eleições de Buenos Aires em outubro, mas para todo o país ?”, questionou Kirchner.
O governador Kicillof anunciou há semanas que havia dividido as eleições, com os moradores de Buenos Aires votando para deputados provinciais em 7 de setembro, enquanto os deputados nacionais serão votados em 26 de outubro.
Em uma crítica direta a Kicillof, Cristina Kirchner enfatizou que nenhum partido político que governou Buenos Aires dividiu a eleição.
“É uma província muito grande, 380 mil km², 135 municípios, 17 milhões de pessoas que terão que votar em um período de sete semanas: uma para deputados provinciais e outra para deputados nacionais”, afirmou.
Mesmo demonstrando discordância com a decisão do governador de Buenos Aires, ela disse que “não pediria a nenhum funcionário do governo que mude sua decisão”, mas pediu para “deixar de lado a mesquinharia e os egos”.
Condenações
O futuro político de Cristina Kirchner, nesse momento, está agora nas mãos da Suprema Corte argentina, visto que o caso conhecido como Vialidad levou a ex-presidente a sua primeira condenação por corrupção em dezembro de 2022, pelo Tribunal Federal de Comodoro Py.
Kirchner foi condenada a seis anos de prisão, mas seu destino ainda depende de uma decisão do Supremo, já que sua defesa acionou a Corte para pedir a nulidade da sentença.
A sentença da segunda instância afirma que, nos 51 processos licitatórios para a construção de obras rodoviárias em vias nacionais e provinciais em Santa Cruz, entre 2003 e 2015, houve uma manobra fraudulenta que prejudicou os cofres públicos. A decisão inclui, além da condenação, uma inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos.
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