Ataque israelense a redações no Iêmen matou mais de 30 jornalistas

Comitê para a Proteção dos Jornalistas afirma que este é o segundo ataque mais mortal contra jornalistas nos últimos 16 anos

Sep 21, 2025 - 09:30
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Ataque israelense a redações no Iêmen matou mais de 30 jornalistas

Um ataque israelense contra redações de jornais no Iêmen, ocorrido na semana passada, resultou na morte de 31 jornalistas e funcionários. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) afirmou, na última sexta-feira (19/9), que este é o segundo ataque mais mortal contra jornalistas nos últimos 16 anos.

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O exército israelense atacou um edifício jornalístico em Sanaa, capital do Iêmen, que abrigava três veículos de comunicação, os quais, segundo a imprensa internacional, seriam ligados aos Houthis.

Conflito no Iêmen

  • Fundado na década de 1990, os Houthis ganharam destaque recentemente após uma série de ataques contra navios no Mar Vermelho, que obrigaram os Estados Unidos a formar uma coalizão internacional para conter a ameaça do grupo em uma das rotas marítimas mais importantes do mundo.
  • Em agosto, o primeiro-ministro do Iêmen, Ahmed Ghaleb Nasser Al-Rahawi, foi morto em um ataque aéreo israelense.
  • Além de Al-Rahawi, outros ministros que estavam com ele no momento do ataque foram mortos. O grupo, apoiado pelo Irã, classificou a ação como uma ofensiva de um “inimigo criminoso” contra a liderança política da facção.

Os jornalistas se preparavam para a edição impressa semanal quando foram atacados, segundo o editor-chefe. Ao todo, 35 pessoas morreram, incluindo uma criança que acompanhava um jornalista, e outras 131 ficaram feridas.

De acordo com o comitê, Nasser Al-Khadri, editor-chefe do 26 de setembro, afirmou que os assasinatos foram “massacre sem precedentes de jornalistas”.

“É um ataque brutal e injustificado que teve como alvo pessoas inocentes cujo único crime foi trabalhar na área da mídia, armadas apenas com suas canetas e palavras”, disse ele ao CPJ.

O ataque é considerado pelo CPJ o segundo mais mortal já registrado contra a imprensa, ficando atrás apenas do massacre de Maguindanao, ocorrido em 2009, nas Filipinas, no qual 32 jornalistas estavam entre as vítimas.

“Os militares israelenses destruíram as instalações dos jornais, as gráficas e os arquivos. O arquivo de 26 de setembro é um dos registros históricos mais importantes do Iêmen, documentando a história do país desde o século passado, e sua perda é profundamente dolorosa”, contou Al-Khadri.

O exército israelense afirmou, em comunicado, ter atingido “alvos militares” em Sanaa, incluindo o departamento de relações públicas dos Houthis. De acordo com a nota, os ataques foram uma retaliação à ofensiva do grupo contra Israel.

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