Servidora que agrediu motorista de app se pronuncia sobre o caso
Câmera instalada no veículo filmou momento em que passageira agrediu motorista, na madrugada de quarta-feira (17/9)

A servidora da Secretaria de Saúde do Distrito Federal que foi filmada agredindo um motorista de aplicativo se pronunciou sobre o caso ocorrido na madrugada de quarta-feira (17/9). Leilane Marques da Mata escreveu uma carta à mão na qual afirmou que não teve intenção de agredir Jonathan Baptista Rodrigues, 28 anos.
No texto, Leilane disse que, durante o percurso, viu um incêndio e pediu para parar a fim de tirar uma foto para acionar o bombeiro. “Porém, ele foi, mais uma vez, ignorante. Ao pararmos na casa da minha amiga, ele informou que não iria me deixar em casa e que era para eu descer do carro. Porém, eu disse que ele iria me deixar sim, pois a corrida da compartilhada. Eu me alterei, pois fiquei preocupada com o horário e isso nunca tinha acontecido, nunca pegamos um Uber que não quisesse nos deixar em casa”, afirmou.
Ela disse que tentou tirar a câmera do veículo quando o condutor colocou o rosto na frente. “Ele informou que estava gravando a nossa viagem, porém, não sabemos se autorizamos. Fui no intuito de retirar a câmera do veículo, ele colocou o rosto na frente e minha mão pegou no rosto dele. Não foi minha intenção agredi-lo, peço desculpas por isso”, declarou.
A servidora estava cedida para o gabinete da deputada distrital Dayse Amarilio (PSB), mas foi exonerada do cargo comissionado após o caso.
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Vídeo gravado por câmera instalada no veículo mostra o momento em que Leilane Marques da Mata desce do carro, se aproxima da porta do motorista, bate no equipamento e, em seguida, agride o rosto de Jonathan.
O vídeo tem seis minutos. A gravação começa por volta das 2h20, quando Jonathan, Leilane e a amiga dela que solicitou a viagem pelo aplicativo passam por um incêndio. Leilane aponta a câmera para o fogo e tira uma foto.
Em seguida, o trio entra no condomínio, que seria a primeira parada da viagem. Leilane fala: “A gente vai tirar uma foto um pouco mais descendo”. O motorista, então, diz “não” e a mulher responde: “Vai tirar, sim”.
Jonathan afirma que não “tem tempo para ficar esperando”. Leilane retruca: “Não, menino. É só a foto. Cê tá maluco, é?! Eu sei que você não tem tempo, do mesmo jeito que eu não tenho tempo, porque eu cuido da vida de pessoas. Sabe o que são 30 segundos? É o tempo que você para aqui para ela descer. Eu cuido é de vidas”.
Quando estaciona o veículo na frente da casa da amiga de Leilane, o motorista da Uber pede para a mulher também descer e chamar outro carro. Ela se recusa. “Não chamo, não. Vai me deixar, porque ela pediu”.
O motorista afirma que não é obrigado a levá-la até a segunda parada. Leilane o chama de “escroto”. “Não sou obrigada a te aceitar não, porque você é um cara escroto”, diz. Jonathan insiste e a passageira o xinga. “Vai se fuder. Vive nessa sua vida aí de merda”, afirmou. Em seguida, ocorre a agressão. Veja:
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Uber se pronuncia
Em nota, a Uber lamentou o ocorrido e disse que “considera inaceitável o uso de violência”. “Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente às autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados”, afirmou.
“A empresa informa que a conta que solicitou a viagem foi desativada e que permanece à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei”, disse.
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