Ataque perto de ponto de ajuda humanitária deixa 31 mortos e 175 feridos em Gaza
Incidente aconteceu próximo de estrutura apoiada pelos Estados Unidos, neste domingo (1º). Mídia ligada ao Hamas acusa Israel de promover ataque. Toda a população de Gaza está em risco de fome extrema, diz agência da ONU Um ataque deixou 31 mortos próximo a um ponto de distribuição de ajuda humanitária em Rafah, na Faixa de Gaza, neste domingo (1º), segundo a Cruz Vermelha. Pelo menos outras 175 pessoas ficaram feridas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O ponto de distribuição de ajuda é apoiado pelos Estados Unidos. Uma mídia ligada ao Hamas acusou as forças israelenses pelo ataque. Testemunhas disseram à Associated Press que militares israelenses abriram fogo contra a multidão que se dirigia ao posto para conseguir alimento. O incidente ocorreu a cerca de 1 km da unidade, segundo a agência. Um repórter da AP viu dezenas de pessoas sendo tratadas no hospital. Funcionários da instalação de saúde confirmaram o número de mortos e feridos sob condição de anonimato. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que não têm conhecimento de feridos causados por uma ação das tropas. Ainda segundo os militares, o caso está sob análise. Já a fundação que entrega os alimentos afirmou que a distribuição de ajuda ocorreu sem incidentes. Milhares de palestinos estão buscando os pontos de ajuda nos últimos dias. A ONU diz que a situação humanitária em Gaza é crítica, com milhares de pessoas passando fome. No fim de maio, Israel suspendeu parcialmente o bloqueio total do acesso de ajuda a Gaza, imposto desde 2 de março — que tinha como objetivo forçar o Hamas a libertar os últimos reféns sequestrados em outubro de 2023, quando a guerra começou. Desde então, os israelenses afirmam ter permitido a entrada de centenas de caminhões com suprimentos. Além disso, uma nova organização criada com apoio de Israel e dos Estados Unidos, chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF), tem atuado na região para distribuir alimentos. A operação da GHF tem sido criticada pela ONU e marcada por entregas caóticas. Na terça-feira (27), três palestinos morreram e outros 46 ficaram feridos durante uma distribuição de alimentos. Israel iniciou a ofensiva militar em Gaza após o ataque dos terroristas do Hamas contra comunidades no sul do país, em 7 de outubro de 2023. Naquele dia, cerca de 1.200 pessoas morreram e 251 foram levadas como reféns para o território palestino. Palestinos carregam suprimentos na Faixa de Gaza perto do Corredor de Netzarim, no centro do território, em 29 de maio de 2025. REUTERS/Ramadan Abed Impasse no cessar-fogo O Hamas informou no sábado (29) que apresentou sua resposta à proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. As propostas dos EUA preveem uma trégua de 60 dias e a troca de 28 dos 58 reféns ainda mantidos em Gaza por mais de 1.200 prisioneiros e detidos palestinos, além da entrada de ajuda humanitária no enclave. Na contraproposta, o grupo terrorista afirmar aceitar o cessar-fogo, a libertação de 10 reféns vivos e a devolução de 18 corpos a Israel, desde que Netanyahu liberte prisioneiros palestinos. O Hamas afirmou que sua resposta veio "após a realização de uma rodada de consultas nacionais". De acordo com informações da Reuters, o Hamas reiterou que negociações de cessar-fogo deveriam levar ao fim da guerra na Faixa de Gaza. "Esta proposta visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda para nosso povo e nossas famílias na Faixa de Gaza." Tanto os Estados Unidos quanto Israel consideraram as demandas totalmente inaceitáveis.


Incidente aconteceu próximo de estrutura apoiada pelos Estados Unidos, neste domingo (1º). Mídia ligada ao Hamas acusa Israel de promover ataque. Toda a população de Gaza está em risco de fome extrema, diz agência da ONU Um ataque deixou 31 mortos próximo a um ponto de distribuição de ajuda humanitária em Rafah, na Faixa de Gaza, neste domingo (1º), segundo a Cruz Vermelha. Pelo menos outras 175 pessoas ficaram feridas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O ponto de distribuição de ajuda é apoiado pelos Estados Unidos. Uma mídia ligada ao Hamas acusou as forças israelenses pelo ataque. Testemunhas disseram à Associated Press que militares israelenses abriram fogo contra a multidão que se dirigia ao posto para conseguir alimento. O incidente ocorreu a cerca de 1 km da unidade, segundo a agência. Um repórter da AP viu dezenas de pessoas sendo tratadas no hospital. Funcionários da instalação de saúde confirmaram o número de mortos e feridos sob condição de anonimato. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que não têm conhecimento de feridos causados por uma ação das tropas. Ainda segundo os militares, o caso está sob análise. Já a fundação que entrega os alimentos afirmou que a distribuição de ajuda ocorreu sem incidentes. Milhares de palestinos estão buscando os pontos de ajuda nos últimos dias. A ONU diz que a situação humanitária em Gaza é crítica, com milhares de pessoas passando fome. No fim de maio, Israel suspendeu parcialmente o bloqueio total do acesso de ajuda a Gaza, imposto desde 2 de março — que tinha como objetivo forçar o Hamas a libertar os últimos reféns sequestrados em outubro de 2023, quando a guerra começou. Desde então, os israelenses afirmam ter permitido a entrada de centenas de caminhões com suprimentos. Além disso, uma nova organização criada com apoio de Israel e dos Estados Unidos, chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF), tem atuado na região para distribuir alimentos. A operação da GHF tem sido criticada pela ONU e marcada por entregas caóticas. Na terça-feira (27), três palestinos morreram e outros 46 ficaram feridos durante uma distribuição de alimentos. Israel iniciou a ofensiva militar em Gaza após o ataque dos terroristas do Hamas contra comunidades no sul do país, em 7 de outubro de 2023. Naquele dia, cerca de 1.200 pessoas morreram e 251 foram levadas como reféns para o território palestino. Palestinos carregam suprimentos na Faixa de Gaza perto do Corredor de Netzarim, no centro do território, em 29 de maio de 2025. REUTERS/Ramadan Abed Impasse no cessar-fogo O Hamas informou no sábado (29) que apresentou sua resposta à proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. As propostas dos EUA preveem uma trégua de 60 dias e a troca de 28 dos 58 reféns ainda mantidos em Gaza por mais de 1.200 prisioneiros e detidos palestinos, além da entrada de ajuda humanitária no enclave. Na contraproposta, o grupo terrorista afirmar aceitar o cessar-fogo, a libertação de 10 reféns vivos e a devolução de 18 corpos a Israel, desde que Netanyahu liberte prisioneiros palestinos. O Hamas afirmou que sua resposta veio "após a realização de uma rodada de consultas nacionais". De acordo com informações da Reuters, o Hamas reiterou que negociações de cessar-fogo deveriam levar ao fim da guerra na Faixa de Gaza. "Esta proposta visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda para nosso povo e nossas famílias na Faixa de Gaza." Tanto os Estados Unidos quanto Israel consideraram as demandas totalmente inaceitáveis.
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