Ataques russos deixam mortos em Kiev e intensificam pressão por apoio europeu à Ucrânia

Líderes europeus demonstram apoio à Ucrânia Quatro pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas em Kiev após mísseis e drones russos atingirem diversos alvos na Ucrânia durante a madrugada, incluindo instalações de infraestrutura e energia, informaram autoridades ucranianas neste sábado (25). O ataque provocou vários incêndios e danificou estruturas residenciais em Kiev, incluindo uma creche, segundo autoridades locais. “Esses bombardeios foram novamente direcionados contra nossa infraestrutura civil e energética”, afirmou a primeira-ministra Yulia Svyrydenko na rede X. “Agora, a Rússia tenta provocar uma catástrofe humanitária na Ucrânia às vésperas do inverno.” Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que mísseis e drones russos também atingiram a rede elétrica, ferrovias e residências nas cidades de Dnipro, Kharkiv e Sumy. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou em comunicado no Telegram que os ataques noturnos tiveram como alvo empresas do complexo militar-industrial ucraniano e instalações de energia que sustentam suas operações. O ministério também informou, em nota separada, que suas forças derrubaram 121 drones ucranianos durante a noite, incluindo sete que se dirigiam a Moscou. Com a queda das temperaturas, a Rússia tem intensificado os ataques contra a infraestrutura energética da Ucrânia, o que aumenta o temor de um inverno ainda mais rigoroso para os ucranianos. Sistemas Patriot Grandes nuvens de fumaça podiam ser vistas sobre Kyiv na manhã de sábado, enquanto bombeiros corriam para conter incêndios em vários pontos da cidade. Até o meio-dia do horário local, as equipes haviam controlado um incêndio em um armazém de 13 mil metros quadrados com o apoio de dois helicópteros e conseguido apagar as chamas em outro edifício. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy afirmou que os ataques reforçam a importância dos sistemas de defesa aérea Patriot para proteger as cidades ucranianas das ofensivas constantes da Rússia. “Somente desde o início deste ano, a Rússia lançou cerca de 770 mísseis balísticos e mais de 50 mísseis ‘Kinzhal’ contra a Ucrânia”, disse Zelenskiy no Telegram. Os sistemas Patriot têm se mostrado eficazes na destruição de mísseis balísticos russos, e a Ucrânia busca atualmente firmar um contrato para comprar 25 unidades do sistema de defesa aérea dos Estados Unidos. Segundo a Força Aérea da Ucrânia, foram abatidos quatro dos nove mísseis e 50 dos 62 drones lançados durante os ataques noturnos. A Força Aérea relatou ainda cinco impactos diretos de mísseis e 12 de drones em 11 locais diferentes do país. Ucrânia pede proteção aérea Poucas horas depois do bombardeio, Volodimir Zelensky pediu novamente, neste sábado, aos seus aliados que protejam o espaço aéreo de seu país. No dia anterior, Zelensky e seus aliados se reuniram em Londres para discutir o fornecimento de armas de longo alcance e sistemas de proteção aérea a Kiev. "Nossos parceiros dispõem dos sistemas necessários e podem ajudar a defender a Ucrânia" contra os mísseis balísticos russos usados em "quase todos os seus ataques", explicou o mandatário ucraniano nas redes sociais. Líderes europeus deram nesta sexta-feira (24) uma demonstração de apoio à Ucrânia. O rei Charles III recebeu Zelensky no Castelo de Windsor. Esse foi o terceiro encontro entre os dois só em 2025. O presidente ucraniano também foi recebido com um aperto de mão e ganhou abraço do primeiro-ministro em Londres Keir Starmer, com quem discutiu a guerra e a situação humanitária na Ucrânia. Starmer liderou a reunião da “Coalizão dos Dispostos”, que debateu duas medidas principais: o confisco de 140 bilhões de euros de fundos russos congelados para indenizar a Ucrânia e formas de retirar o petróleo e o gases russos do mercado global. O premiê afirmou que Putin faz exigências “absurdas” por território ucraniano, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron considerou as novas sanções dos EUA um “ponto de virada” na pressão sobre Moscou. Starmer prometeu acelerar o envio de mísseis antiaéreos, mas o pedido ucraniano por mísseis Tomahawk ainda aguarda decisão de Donald Trump. Zelensky alertou que a Rússia tenta usar o inverno como arma, atacando a infraestrutura energética ucraniana, e defendeu que “a paz nasce da pressão sobre o agressor”. *Com informações de agência de notícias Reuters e France Presse Um homem caminha pelo local de um armazém de alimentos atingido por um ataque de mísseis russos em Kiev neste sábado (25) Genya SAVILOV / AFP

Oct 25, 2025 - 12:30
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Ataques russos deixam mortos em Kiev e intensificam pressão por apoio europeu à Ucrânia

Líderes europeus demonstram apoio à Ucrânia Quatro pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas em Kiev após mísseis e drones russos atingirem diversos alvos na Ucrânia durante a madrugada, incluindo instalações de infraestrutura e energia, informaram autoridades ucranianas neste sábado (25). O ataque provocou vários incêndios e danificou estruturas residenciais em Kiev, incluindo uma creche, segundo autoridades locais. “Esses bombardeios foram novamente direcionados contra nossa infraestrutura civil e energética”, afirmou a primeira-ministra Yulia Svyrydenko na rede X. “Agora, a Rússia tenta provocar uma catástrofe humanitária na Ucrânia às vésperas do inverno.” Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que mísseis e drones russos também atingiram a rede elétrica, ferrovias e residências nas cidades de Dnipro, Kharkiv e Sumy. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou em comunicado no Telegram que os ataques noturnos tiveram como alvo empresas do complexo militar-industrial ucraniano e instalações de energia que sustentam suas operações. O ministério também informou, em nota separada, que suas forças derrubaram 121 drones ucranianos durante a noite, incluindo sete que se dirigiam a Moscou. Com a queda das temperaturas, a Rússia tem intensificado os ataques contra a infraestrutura energética da Ucrânia, o que aumenta o temor de um inverno ainda mais rigoroso para os ucranianos. Sistemas Patriot Grandes nuvens de fumaça podiam ser vistas sobre Kyiv na manhã de sábado, enquanto bombeiros corriam para conter incêndios em vários pontos da cidade. Até o meio-dia do horário local, as equipes haviam controlado um incêndio em um armazém de 13 mil metros quadrados com o apoio de dois helicópteros e conseguido apagar as chamas em outro edifício. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy afirmou que os ataques reforçam a importância dos sistemas de defesa aérea Patriot para proteger as cidades ucranianas das ofensivas constantes da Rússia. “Somente desde o início deste ano, a Rússia lançou cerca de 770 mísseis balísticos e mais de 50 mísseis ‘Kinzhal’ contra a Ucrânia”, disse Zelenskiy no Telegram. Os sistemas Patriot têm se mostrado eficazes na destruição de mísseis balísticos russos, e a Ucrânia busca atualmente firmar um contrato para comprar 25 unidades do sistema de defesa aérea dos Estados Unidos. Segundo a Força Aérea da Ucrânia, foram abatidos quatro dos nove mísseis e 50 dos 62 drones lançados durante os ataques noturnos. A Força Aérea relatou ainda cinco impactos diretos de mísseis e 12 de drones em 11 locais diferentes do país. Ucrânia pede proteção aérea Poucas horas depois do bombardeio, Volodimir Zelensky pediu novamente, neste sábado, aos seus aliados que protejam o espaço aéreo de seu país. No dia anterior, Zelensky e seus aliados se reuniram em Londres para discutir o fornecimento de armas de longo alcance e sistemas de proteção aérea a Kiev. "Nossos parceiros dispõem dos sistemas necessários e podem ajudar a defender a Ucrânia" contra os mísseis balísticos russos usados em "quase todos os seus ataques", explicou o mandatário ucraniano nas redes sociais. Líderes europeus deram nesta sexta-feira (24) uma demonstração de apoio à Ucrânia. O rei Charles III recebeu Zelensky no Castelo de Windsor. Esse foi o terceiro encontro entre os dois só em 2025. O presidente ucraniano também foi recebido com um aperto de mão e ganhou abraço do primeiro-ministro em Londres Keir Starmer, com quem discutiu a guerra e a situação humanitária na Ucrânia. Starmer liderou a reunião da “Coalizão dos Dispostos”, que debateu duas medidas principais: o confisco de 140 bilhões de euros de fundos russos congelados para indenizar a Ucrânia e formas de retirar o petróleo e o gases russos do mercado global. O premiê afirmou que Putin faz exigências “absurdas” por território ucraniano, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron considerou as novas sanções dos EUA um “ponto de virada” na pressão sobre Moscou. Starmer prometeu acelerar o envio de mísseis antiaéreos, mas o pedido ucraniano por mísseis Tomahawk ainda aguarda decisão de Donald Trump. Zelensky alertou que a Rússia tenta usar o inverno como arma, atacando a infraestrutura energética ucraniana, e defendeu que “a paz nasce da pressão sobre o agressor”. *Com informações de agência de notícias Reuters e France Presse Um homem caminha pelo local de um armazém de alimentos atingido por um ataque de mísseis russos em Kiev neste sábado (25) Genya SAVILOV / AFP

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