Rússia bombardeia Ucrânia com mais de 400 mísseis e drones; 6 morrem, incluindo crianças

Novos ataques deixam mortos na Ucrânia A Rússia fez um novo bombardeio massivo na Ucrânia com mais de 400 mísseis e drones na madrugada desta quarta-feira (22). Seis pessoas morreram, incluindo duas crianças, e dezenas ficaram feridos, segundo autoridades locais. A investida ocorreu horas após a Casa Branca e o Kremlin terem esfriado a possibilidade de um novo encontro entre Trump e Putin para discutir o fim da guerra da Ucrânia, que completará quatro anos em fevereiro. (Leia mais abaixo) ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O ataque aéreo russo visou diferentes regiões ucranianas e provocou cortes de energia em todo o país. Entre as regiões atacadas estão a capital Kiev, Kharkiv, no leste, e Sumy, no nordeste —os dois últimos são perto da fronteira com a Rússia. Zelensky condenou o ataque russo, que chamou de "uma cusparada na cara a todos que insistem numa resolução pacífica", e voltou a pedir novas sanções ao Kremlin. "Outra noite que prova que a Rússia não sente pressão suficiente para encurtar a guerra. (...) Cidades comuns ficaram sob fogo, principalmente nossa infraestrutura energética, mas muitos edifícios residenciais também foram atingidos", afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele voltou a pedir novas sanções ao governo russo. Segundo o Exército ucraniano, 405 drones e 28 mísseis foram utilizados pelos russos —desses, 333 drones e 16 mísseis foram abatidos pelas defesas aéreas. O governo russo confirmou o bombardeio massivo desta quarta-feira e disse ter como alvo "instalações de infraestrutura energética ligados ao complexo militar-industrial da Ucrânia". Um comunicado do Ministério da Defesa afirmou que foram utilizados armamentos de alta precisão e de longo alcance, lançados por meios terrestres e aéreos, incluindo mísseis balísticos hipersônicos e drones. "Todos os objetivos do ataque foram alcançados", segundo a pasta. Estragos de bombardeio russo em jardim de infância em Kharkiv, na Ucrânia, em 22 de outubro de 2025. REUTERS/Sofiia Gatilova Duas pessoas foram mortas no ataque a Kiev, enquanto quatro, incluindo duas crianças, morreram em consequência de ataques russos na região ao redor da capital, disse o serviço de emergência da Ucrânia. Destroços de projéteis abatidas espalharam-se pela capital ucraniana, provocando incêndios em metade de seus distritos, disse o chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkachenko, no aplicativo de mensagens Telegram. Dez pessoas foram resgatadas de um incêndio em um prédio residencial no bairro de Dniprovskyi, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, com uma criança entre os cinco hospitalizados na cidade. As autoridades informaram que também ocorreram incêndios nos bairros de Desnianskyi, Darnytskyi e Pecherskyi da capital — este último abriga o Mosteiro de Pechersk Lavra, um símbolo da história espiritual e cultural da Ucrânia. Autoridades ucranianas disseram que os ataques ocorreram durante a maior parte da noite e início da manhã de quarta-feira, inicialmente com mísseis balísticos e, em seguida, com ataques de drones. Instalações energéticas voltam a ser alvo "Durante toda a noite, o inimigo atacou a infraestrutura energética do país", disse a ministra da Energia, Svitlana Hrynchuk, no Telegram, sem dar detalhes. Em uma postagem separada, o ministério afirmou que houve cortes de energia emergenciais na maioria das regiões da Ucrânia como resultado do ataque russo à infraestrutura energética, incluindo na cidade de Kiev e na região ao seu redor. Na região central de Poltava, instalações de petróleo e gás foram danificadas no distrito de Myrhorod pelo ataque russo, disse o governador regional. Na região de linha de frente de Zaporizhzhia, no sudeste, que tem sido alvo constante de bombardeios das forças russas, 13 pessoas ficaram feridas em ataques noturnos, disse o governador regional Ivan Fedorov nesta quarta-feira. A Rússia tem atacado continuamente instalações de energia ucranianas desde o início da invasão em grande escala do país em 2022, alegando que são alvos militares legítimos na guerra. Um ataque na terça-feira na Ucrânia matou quatro pessoas e deixou centenas de milhares sem energia e muitos sem água — no que Kiev disse ser a mais recente ofensiva de Moscou em uma campanha para destruir o sistema energético de seu vizinho antes do inverno. Novo encontro Trump-Putin frustrado "A Ucrânia concordou há muito tempo com a proposta dos EUA de um cessar-fogo, enquanto Moscou está fazendo de tudo para manter a matança", disse Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelenskiy, em uma publicação no Telegram após os mais recentes ataques russos. "Isso significa que ações coletivas contra Putin são atualmente insuficientes e todos nós devemos fazer mais, juntos, para fazê-lo parar de matar nosso povo." Os comentários foram feitos depois que a Casa Branca suspendeu na terça-feira uma cúpula planejada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, após Moscou rejeitar apelos p

Oct 22, 2025 - 09:00
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Rússia bombardeia Ucrânia com mais de 400 mísseis e drones; 6 morrem, incluindo crianças

Novos ataques deixam mortos na Ucrânia A Rússia fez um novo bombardeio massivo na Ucrânia com mais de 400 mísseis e drones na madrugada desta quarta-feira (22). Seis pessoas morreram, incluindo duas crianças, e dezenas ficaram feridos, segundo autoridades locais. A investida ocorreu horas após a Casa Branca e o Kremlin terem esfriado a possibilidade de um novo encontro entre Trump e Putin para discutir o fim da guerra da Ucrânia, que completará quatro anos em fevereiro. (Leia mais abaixo) ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O ataque aéreo russo visou diferentes regiões ucranianas e provocou cortes de energia em todo o país. Entre as regiões atacadas estão a capital Kiev, Kharkiv, no leste, e Sumy, no nordeste —os dois últimos são perto da fronteira com a Rússia. Zelensky condenou o ataque russo, que chamou de "uma cusparada na cara a todos que insistem numa resolução pacífica", e voltou a pedir novas sanções ao Kremlin. "Outra noite que prova que a Rússia não sente pressão suficiente para encurtar a guerra. (...) Cidades comuns ficaram sob fogo, principalmente nossa infraestrutura energética, mas muitos edifícios residenciais também foram atingidos", afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele voltou a pedir novas sanções ao governo russo. Segundo o Exército ucraniano, 405 drones e 28 mísseis foram utilizados pelos russos —desses, 333 drones e 16 mísseis foram abatidos pelas defesas aéreas. O governo russo confirmou o bombardeio massivo desta quarta-feira e disse ter como alvo "instalações de infraestrutura energética ligados ao complexo militar-industrial da Ucrânia". Um comunicado do Ministério da Defesa afirmou que foram utilizados armamentos de alta precisão e de longo alcance, lançados por meios terrestres e aéreos, incluindo mísseis balísticos hipersônicos e drones. "Todos os objetivos do ataque foram alcançados", segundo a pasta. Estragos de bombardeio russo em jardim de infância em Kharkiv, na Ucrânia, em 22 de outubro de 2025. REUTERS/Sofiia Gatilova Duas pessoas foram mortas no ataque a Kiev, enquanto quatro, incluindo duas crianças, morreram em consequência de ataques russos na região ao redor da capital, disse o serviço de emergência da Ucrânia. Destroços de projéteis abatidas espalharam-se pela capital ucraniana, provocando incêndios em metade de seus distritos, disse o chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkachenko, no aplicativo de mensagens Telegram. Dez pessoas foram resgatadas de um incêndio em um prédio residencial no bairro de Dniprovskyi, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, com uma criança entre os cinco hospitalizados na cidade. As autoridades informaram que também ocorreram incêndios nos bairros de Desnianskyi, Darnytskyi e Pecherskyi da capital — este último abriga o Mosteiro de Pechersk Lavra, um símbolo da história espiritual e cultural da Ucrânia. Autoridades ucranianas disseram que os ataques ocorreram durante a maior parte da noite e início da manhã de quarta-feira, inicialmente com mísseis balísticos e, em seguida, com ataques de drones. Instalações energéticas voltam a ser alvo "Durante toda a noite, o inimigo atacou a infraestrutura energética do país", disse a ministra da Energia, Svitlana Hrynchuk, no Telegram, sem dar detalhes. Em uma postagem separada, o ministério afirmou que houve cortes de energia emergenciais na maioria das regiões da Ucrânia como resultado do ataque russo à infraestrutura energética, incluindo na cidade de Kiev e na região ao seu redor. Na região central de Poltava, instalações de petróleo e gás foram danificadas no distrito de Myrhorod pelo ataque russo, disse o governador regional. Na região de linha de frente de Zaporizhzhia, no sudeste, que tem sido alvo constante de bombardeios das forças russas, 13 pessoas ficaram feridas em ataques noturnos, disse o governador regional Ivan Fedorov nesta quarta-feira. A Rússia tem atacado continuamente instalações de energia ucranianas desde o início da invasão em grande escala do país em 2022, alegando que são alvos militares legítimos na guerra. Um ataque na terça-feira na Ucrânia matou quatro pessoas e deixou centenas de milhares sem energia e muitos sem água — no que Kiev disse ser a mais recente ofensiva de Moscou em uma campanha para destruir o sistema energético de seu vizinho antes do inverno. Novo encontro Trump-Putin frustrado "A Ucrânia concordou há muito tempo com a proposta dos EUA de um cessar-fogo, enquanto Moscou está fazendo de tudo para manter a matança", disse Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelenskiy, em uma publicação no Telegram após os mais recentes ataques russos. "Isso significa que ações coletivas contra Putin são atualmente insuficientes e todos nós devemos fazer mais, juntos, para fazê-lo parar de matar nosso povo." Os comentários foram feitos depois que a Casa Branca suspendeu na terça-feira uma cúpula planejada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, após Moscou rejeitar apelos por um cessar-fogo imediato. Um alto funcionário dos EUA disse à agência de notícias Reuters que não há planos de reunião em breve.

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