Biden admite uso de “caneta automática” em perdões presidenciais
Biden confirmou que não assinou pessoalmente os perdões presidenciais, mas afirmou que ele autorizou as assinaturas

O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden admitiu ter usado a “autopen”, uma espécie de caneta automática, mas afirmou que tomou “cada uma” das decisões em que o objeto foi usado para conceder perdões presidenciais. A confissão foi feita na quinta-feira (10/7). O presidente Donald Trump determinou a abertura de uma investigação sobre o uso da caneta.
A “autopen” é um aparelho mecânico usado para reproduzir assinaturas autênticas. Presidentes dos Estados Unidos o utilizam há décadas. Porém, Trump afirma que parte das ações de Biden são inválidas, porque teriam sido tomadas por auxiliares em nome do então presidente, em razão do que ele classifica de “declínio cognitivo”.
O ex-presidente afirmou que a investigação é uma forma de “distração” para a votação do “One Big Beautiful Bill Act”, projeto de lei grandioso do republicano no Senado.
Biden confirmou que não assinou pessoalmente os perdões presidenciais emitidos em janeiro deste ano, mas afirmou que ele autorizou as assinaturas. “Tomei cada uma delas [decisões]”, ressaltou Biden.
Investigação
- Em junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a abertura de uma investigação, sobre o uso de “autopen”, uma espécie de caneta automática, durante o governo do ex-presidente Joe Biden
- “Essa conspiração é um dos escândalos mais perigosos e preocupantes da história americana”, escreveu Trump em um memorando.
- Conforme a determinação de Trump, a apuração do caso é conduzida pela procuradora-geral Pam Bondi e o conselheiro da Casa Branca, David Warrington.
Em entrevista ao jornal The New York Times, Biden alegou que a assinatura automática foi utilizada devido à grande quantidade de processos de perdão.
“A abertura automática é, como você sabe, legal. Como você sabe, outros presidentes a usaram, incluindo Trump. Mas a questão é que, como você sabe, estamos falando de um monte de gente”, contou Biden.
Biden ainda alegou que Trump e outros republicanos “são mentirosos — e eles sabem disso”. Segundo ele, Trump é “vingativo” por perseguir a decisão de conceder perdões preventivos à própria família.
Perdões presidenciais
Em seu último ato como presidente, Biden concedeu perdões perdões preventivos a investigadores da invasão de 6 de janeiro ao Capitólio, ao médico infectologista Anthony Fauci e ao general aposentado Mark Milley.
Fauci foi perdoado após coordenar a resposta dos EUA à pandemia de Covid-19, despertando raiva em Trump.
Milley é ex-presidente do Estado-Maior Conjunto, que chamou Trump de fascista e investigou a conduta do republicano durante a insurreição no Capitólio.
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