Bolsas da Europa avançam com porta aberta para negociação EUA-China
Os principais índices das bolsas de valores da Europa acompanharam o movimento da maioria dos indicadores globais e fecharam em alta

Os principais índices das bolsas de valores da Europa acompanharam o movimento da maioria dos indicadores globais e fecharam em alta nesta sexta-feira (2/5), refletindo a maior confiança dos investidores em um possível acordo entre Estados Unidos e China pelo alívio das tarifas comerciais impostas de parte a parte.
O que aconteceu
- O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou o dia em alta de 1,67%, aos 536,43 pontos.
- Na Bolsa de Frankfurt, o DAX encerrou o pregão em disparada de 2,62%, aos 23 mil pontos.
- Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 1,17%, aos 8,5 mil pontos.
- Na Bolsa de Paris, o CAC 40 também teve forte alta: 2,33%, aos 7,7 mil pontos.
- Em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,2%, aos 13,4 mil pontos.
Porta aberta para negociação
Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio chinês, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, “tomou recentemente a iniciativa de transmitir mensagens ao lado chinês por meio de canais relevantes”.
A partir de agora, Pequim informou que pretende dar andamento a conversas diretas com Washington, com o objetivo de diminuir as taxas impostas sobre produtos importados entre os países.
De acordo com o governo da China, os EUA manifestaram “vontade de negociar sobre a questão tarifária”.
Entretanto, diz Pequim, é necessário que as autoridades norte-americanas demonstrem “sua sinceridade nas negociações, estando preparados para agir em questões como corrigir suas práticas erradas e suspender tarifas unilaterais”.
Antes do comunicado oficial do governo chinês, a informação sobre o início das negociações entre EUA e China havia sido divulgada por contas ligadas ao regime nas redes sociais.
Segundo a rede oficial CCTV, “não há necessidade de a China negociar antes que os EUA façam movimentos substantivos, mas, se quiserem se envolver com a China, não há danos nesse estágio, e o lado chinês precisa observar e até mesmo forçar as verdadeiras intenções dos EUA”.
O Ministério do Comércio da China afirmou ainda que “falar uma coisa e fazer outra ou usar as negociações para tentar coerção ou extorsão não funcionará com a China”.
Pequim disse ainda que, caso os EUA não estejam verdadeiramente abertos a uma negociação com os chineses, “isso vai mostrar sua total falta de sinceridade e solapar ainda mais a confiança mútua”.
Atualmente, produtos chineses importados pelos EUA estão sendo taxados pelo governo Trump em até 145%, em alguns casos. Trata-se da soma das tarifas de 125% anunciadas pelo presidente norte-americano no mês passado e de taxas de 20% aplicadas no início do ano.
Em retaliação, a China impôs tarifas de 125% sobre os produtos dos EUA.
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