Brasil quer resolver tarifaço no curto prazo, mas segue sem pistas sobre o que Trump pedirá

O governo brasileiro espera que a reunião com os americanos para discutir o tarifaço aconteça nos próximos 15 dias, em Washington. A expectativa é que participem do encontro o vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Trump: Vamos chegar a conclusão rápida sobre tarifa Alguns integrantes acreditam que a reunião de cúpula do clima, em Belém, pode inviabilizar um encontro na próxima semana. O governo ainda não recebeu dos americanos as contrapartidas esperadas para a negociação. A percepção no Planalto é de que americanos ainda não sabem claramente o que vão cobrar do Brasil, mas é certo que as demandas vão aparecer no encontro em Washington. Brics, terras raras e plataformas digitais Negociadores afirmam que, nas conversas de alto nível, os americanos não mencionaram pautas como terras raras e participação do Brasil nos Brics como algo a entrar no radar das negociações. O tema das plataformas digitais apareceu, mas de forma lateral, sem aprofundamento. ‘O Brasil não está pagando, eu estou’: importadores de café dos EUA sofrem após 85 dias de tarifaço Tarifaço vai cair? Entenda os próximos passos na negociação do Brasil com os EUA Mesmo assim, os brasileiros apontam que entendem que Donald Trump vai querer se vender como vencedor, caso chegue a um acordo com o governo brasileiro para a retirada das sobretaxas de 40%. Por isso, a tarefa será buscar um entendimento e espaço para que os dois países possam sair contemplados. Delegações de Brasil e Estados Unidos se reuniram na Malásia para discutir o tarifaço aos produtos brasileiros Divulgação/ Itamaraty A leitura do Planalto é de que os americanos já reconheceram, na reunião presencial entre Lula e Trump, que os argumentos apresentados na carta de julho que motivaram as sanções ao Brasil não existem. “Se Trump se reúne com Lula e não menciona os termos da carta de julho, significa que esses tópicos estão fora da mesa da conversa”, avalia uma fonte do governo. Sobre Venezuela, o Planalto não descarta que tema possa voltar a ser ventilado nas próximas conversas com os americanos, mas reforçam que este não será um tema prioritário na reunião em Washington. “É um tema muito preocupante e traz consequências complicadas para a região, portanto não descartamos que volte a ser ventilado”.

Nov 2, 2025 - 06:00
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Brasil quer resolver tarifaço no curto prazo, mas segue sem pistas sobre o que Trump pedirá

O governo brasileiro espera que a reunião com os americanos para discutir o tarifaço aconteça nos próximos 15 dias, em Washington. A expectativa é que participem do encontro o vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Trump: Vamos chegar a conclusão rápida sobre tarifa Alguns integrantes acreditam que a reunião de cúpula do clima, em Belém, pode inviabilizar um encontro na próxima semana. O governo ainda não recebeu dos americanos as contrapartidas esperadas para a negociação. A percepção no Planalto é de que americanos ainda não sabem claramente o que vão cobrar do Brasil, mas é certo que as demandas vão aparecer no encontro em Washington. Brics, terras raras e plataformas digitais Negociadores afirmam que, nas conversas de alto nível, os americanos não mencionaram pautas como terras raras e participação do Brasil nos Brics como algo a entrar no radar das negociações. O tema das plataformas digitais apareceu, mas de forma lateral, sem aprofundamento. ‘O Brasil não está pagando, eu estou’: importadores de café dos EUA sofrem após 85 dias de tarifaço Tarifaço vai cair? Entenda os próximos passos na negociação do Brasil com os EUA Mesmo assim, os brasileiros apontam que entendem que Donald Trump vai querer se vender como vencedor, caso chegue a um acordo com o governo brasileiro para a retirada das sobretaxas de 40%. Por isso, a tarefa será buscar um entendimento e espaço para que os dois países possam sair contemplados. Delegações de Brasil e Estados Unidos se reuniram na Malásia para discutir o tarifaço aos produtos brasileiros Divulgação/ Itamaraty A leitura do Planalto é de que os americanos já reconheceram, na reunião presencial entre Lula e Trump, que os argumentos apresentados na carta de julho que motivaram as sanções ao Brasil não existem. “Se Trump se reúne com Lula e não menciona os termos da carta de julho, significa que esses tópicos estão fora da mesa da conversa”, avalia uma fonte do governo. Sobre Venezuela, o Planalto não descarta que tema possa voltar a ser ventilado nas próximas conversas com os americanos, mas reforçam que este não será um tema prioritário na reunião em Washington. “É um tema muito preocupante e traz consequências complicadas para a região, portanto não descartamos que volte a ser ventilado”.

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