“Candidata gênio”: concurso suspenso teve 18 mil inscritos e salário de R$ 35 mil
Cerca de 18 mil pessoas se inscreveram para o certame do TCE-PE. O órgão suspendeu o processo após a aprovação de uma investigada pela PF

Suspenso após a aprovação da candidata Laís Giselly Nunes de Araújo, de 31 anos, investigada por envolvimento em diversas fraudes em certames públicos, o concurso do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) é considerado um dos que ofertam vagas com os salários mais altos do país.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o certame oferece vagas para cargos efetivos de nível superior de auditor de controle externo — categoria para a qual Laís foi aprovada — analista de gestão e procurador, com formação de cadastro de reserva, para compor o quadro de pessoal do TCE-PE.
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Ao todo, 18.693 candidatos se inscreveram para disputar as 59 vagas distribuídas entre os cargos. Os salários variam de R$17,4 mil a R$35,9 mil, para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais.
De acordo com o edital, o concurso terá validade de um ano, a contar da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período.
Concurso suspenso
Na tarde desta terça-feira (7/10), após vir a público a notícia de que o nome de Laís Giselly aparece na lista de aprovados, o TCE-PE declarou que “até que todos os fatos estejam devidamente esclarecidos, ficam suspensos todos os atos pertinentes ao concurso”.
“Diante dos fatos revelados por inquérito da PF e veiculados na imprensa sobre fraudes em concursos, o TCE-PE e a FGV informam que já estão tomando todas as providências cabíveis junto às autoridades policiais e judiciárias para proteger a integridade do certame.”
A lista de candidatos aptos para ocupar as vagas foi publicada na manhã desta terça (7) pela FGV. A polêmica ocorre porque Laís é investigada pela PF por ter participado de diversas fraudes em certames públicos.
O órgão ainda declarou que, como instituição de controle externo que tem o dever constitucional de zelar pela regularidade das admissões de pessoal da gestão pública, será intransigente na defesa da lei, da meritocracia e do interesse público, quaisquer que sejam as medidas jurídicas que o caso exija.
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