Cascalho solto colaborou para afogamento de moradora do DF em Goiás
A amiga de Heloisa Helena, que também estava no carro, contou aos familiares da vítima o que ocorreu no dia da tragédia

Quatro dias após o acidente que vitimou a moradora do Distrito Federal Heloisa Helena Nunes Siqueira, 65 anos, em São Luiz do Norte (GO), a 316 km de Brasília, a família da mulher se manifestou sobre a tragédia.
A vítima estava dentro de um carro, acompanhada de uma amiga, quando tentava embarcar em uma balsa. Ela perdeu o controle do veículo e caiu nas águas do Rio das Almas.
Segundo Simone Nunes Siqueira, 53, irmã da vítima, a amiga de Heloisa contou o que ocorreu naquele dia. Segundo ela, quando estavam chegando próximo ao local onde fica a balsa, havia uma descida com cascalho solto.
“Heloisa (foto abaixo) tentou frear o carro e percebeu que os freios não estavam funcionando. A amiga pedia para ela frear, e ela respondia que o carro estava sem freio. Tentou puxar o freio de mão, mas ele não respondeu”, afirmou Simone.
A amiga também teria dito que, como era uma descida e havia cascalho, o carro ganhou velocidade e, ao chegar à balsa, atravessou a embarcação e caiu no rio. “A amiga afirmou que não viu ninguém na balsa naquele momento”, relatou.
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Heloisa Helena Nunes SiqueiraReprodução/redes sociais2 de 2
Carro de Heloisa afundou em rio em cidade goianaImagem cedida ao Metrópoles
O comunicado ressaltou que, quando caíram no rio, alguém pediu para que elas tirassem os cintos, o que fizeram, e mandou que saíssem do carro. “Heloisa disse que não sabia nadar. A amiga insistiu para que ela saísse e contou que também não sabia nadar, mas Heloisa continuava dizendo que alguém iria ajudá-las”, disse a irmã da vítima.
De acordo com Simone, a amiga abriu a porta do passageiro e conseguiu sair, segurando-se na porta do lado de fora, enquanto insistia para que Heloisa saísse também.
“O carro começou a afundar, ela soltou a porta e o veículo submergiu, levando Heloisa consigo. A amiga começou a se afogar, mas uma pessoa conseguiu socorrê-la”, explicou.
Um vídeo obtido pelo Metrópoles, mostra o momento em que o carro de Heloisa Helena afunda, na segunda-feira (6/10).
Motorista experiente
O comunicado também destacou que o carro de Heloisa passou por revisão antes da viagem. Além disso, Simone afirmou que sua irmã era uma motorista experiente e que ela havia viajado e dirigindo por várias cidades sem nunca ter se envolvido em acidentes.
“Podemos afirmar que, durante o tempo em que dirigiu, esteve envolvida em, no máximo, três pequenas colisões de trânsito, aqui mesmo em Brasília, nas quais não foi responsável por nenhum dos ocorridos”, esclareceu.
A irmã da vítima também colocou alguns pontos sobre o dia do acidente:
- No momento da tragédia, somente uma pessoa se propôs a ajudar e conseguiu salvar a vida da passageira;
- Os balseiros, que usavam roupas amarelas (como se vê nos vídeos divulgados na internet), estavam enrolando uma corda e, quando decidiram agir, um deles pulou na água — mas já era tarde;
- Nenhuma boia foi jogada para elas, o que também é confirmado pelos vídeos;
- Os coletes salva-vidas da balsa estavam novos, mas não é possível afirmar se estavam ali no dia 6/10, conforme observação feita pelo meu irmão;
- As pessoas pareciam mais preocupadas em fazer boas filmagens ou fotos para postar nas redes sociais;
- Informaram-nos que apenas um homem, desesperado na margem do rio, gesticulava e pedia ajuda — provavelmente ele também não sabia nadar;
- Somente uma pessoa se propôs a pular no rio de imediato para tentar ajudar, e, por agir rápido, conseguiu salvar a passageira.
“Nós, familiares, não sabemos se Heloisa tinha ciência de que precisaria atravessar um rio em uma balsa ou das condições lamentáveis da estrada até chegar lá. Também não sabemos nada além do que aqui está mencionado. A polícia está investigando, e só depois disso será possível saber o que realmente aconteceu”, afirmou Simone.
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