Chefe da Guarda Revolucionária do Irã é morto em ataque de Israel, diz TV estatal

Hossein Salami era uma das figuras mais poderosas entre os militares iranianos. Israel conduziu ataque contra alvos do programa nuclear do Irã. Chefe da Guarda Revolucionária do Irã é morto durante ataque de Israel A TV estatal do Irã anunciou que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, morreu em um ataque de Israel lançado contra o país na madrugada desta sexta-feira (13), pelo horário local — noite de quinta-feira (12), no Brasil. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Salami era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. A morte dele pode representar uma escalada no conflito entre Israel e o Irã. A Guarda Revolucionária do Irã é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979 no país. Atualmente, tropas da guarda protegem os líderes do governo e fiscalizam os protestos nas ruas, entre outras funções. O que é a Guarda Revolucionária do Irã Além de Salami, o Irã também confirmou as mortes dos cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi. Uriã Fancelli, mestre em relações internacionais pelas universidades de Estrasburgo e Groningen, explica que o ataque de Israel contra a Guarda Revolucionária do Irã pode ser visto internamente como "gravíssimo". "O Irã, como uma autocracia, é um regime que precisa sempre demonstrar força à própria população quando é atacado", diz. O professor aponta ainda que a principal preocupação, neste momento, é a possibilidade de o regime interpretar a ofensiva como um sinal de que deve investir ainda mais em seu programa nuclear. Segundo Fancelli, o Irã segue com conhecimento técnico e instalações espalhadas pelo território. "Diante dessa ameaça e da dificuldade em avançar em qualquer acordo com os Estados Unidos, o Irã pode se sentir pressionado a acelerar, ou até expandir, seu programa nuclear." O ataque Na madrugada desta sexta-feira, as Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no território iraniano. Explosões foram registradas em Teerã e várias cidades do país. Os militares afirmaram que a operação tem como objetivo impedir o avanço do programa nucelar do Irã. Logo após os bombardeios, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento afirmando que o principal alvo foi a usina de Natanz, considerada o centro do programa de enriquecimento de urânio do Irã. Segundo ele, cientistas envolvidos nesse programa também foram alvejados. "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", declarou Netanyahu. Ele afirmou ainda que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários", com o objetivo de conter o que chamou de "ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel". O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou estado de emergência e determinou o fechamento do espaço aéreo israelense, como medida de precaução diante de possíveis retaliações. Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. De acordo com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, Washington foi informado, mas não participou da ação. O ataque acontece em meio à escalada nas tensões entre Israel e Irã e às alegações de que Teerã estaria em estágio avançado no desenvolvimento de armas nucleares. Um oficial das Forças Armadas israelenses afirmou que o Irã já possui urânio suficiente para produzir bombas nucleares. Hossein Salami fala durante encontro com o aiatolá Ali Khamenei, em 2023 WANA via Reuters VÍDEOS: mais assistidos do g1

Jun 13, 2025 - 00:30
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Chefe da Guarda Revolucionária do Irã é morto em ataque de Israel, diz TV estatal

Hossein Salami era uma das figuras mais poderosas entre os militares iranianos. Israel conduziu ataque contra alvos do programa nuclear do Irã. Chefe da Guarda Revolucionária do Irã é morto durante ataque de Israel A TV estatal do Irã anunciou que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, morreu em um ataque de Israel lançado contra o país na madrugada desta sexta-feira (13), pelo horário local — noite de quinta-feira (12), no Brasil. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Salami era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. A morte dele pode representar uma escalada no conflito entre Israel e o Irã. A Guarda Revolucionária do Irã é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979 no país. Atualmente, tropas da guarda protegem os líderes do governo e fiscalizam os protestos nas ruas, entre outras funções. O que é a Guarda Revolucionária do Irã Além de Salami, o Irã também confirmou as mortes dos cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi. Uriã Fancelli, mestre em relações internacionais pelas universidades de Estrasburgo e Groningen, explica que o ataque de Israel contra a Guarda Revolucionária do Irã pode ser visto internamente como "gravíssimo". "O Irã, como uma autocracia, é um regime que precisa sempre demonstrar força à própria população quando é atacado", diz. O professor aponta ainda que a principal preocupação, neste momento, é a possibilidade de o regime interpretar a ofensiva como um sinal de que deve investir ainda mais em seu programa nuclear. Segundo Fancelli, o Irã segue com conhecimento técnico e instalações espalhadas pelo território. "Diante dessa ameaça e da dificuldade em avançar em qualquer acordo com os Estados Unidos, o Irã pode se sentir pressionado a acelerar, ou até expandir, seu programa nuclear." O ataque Na madrugada desta sexta-feira, as Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no território iraniano. Explosões foram registradas em Teerã e várias cidades do país. Os militares afirmaram que a operação tem como objetivo impedir o avanço do programa nucelar do Irã. Logo após os bombardeios, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento afirmando que o principal alvo foi a usina de Natanz, considerada o centro do programa de enriquecimento de urânio do Irã. Segundo ele, cientistas envolvidos nesse programa também foram alvejados. "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", declarou Netanyahu. Ele afirmou ainda que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários", com o objetivo de conter o que chamou de "ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel". O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou estado de emergência e determinou o fechamento do espaço aéreo israelense, como medida de precaução diante de possíveis retaliações. Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. De acordo com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, Washington foi informado, mas não participou da ação. O ataque acontece em meio à escalada nas tensões entre Israel e Irã e às alegações de que Teerã estaria em estágio avançado no desenvolvimento de armas nucleares. Um oficial das Forças Armadas israelenses afirmou que o Irã já possui urânio suficiente para produzir bombas nucleares. Hossein Salami fala durante encontro com o aiatolá Ali Khamenei, em 2023 WANA via Reuters VÍDEOS: mais assistidos do g1

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