Ciro Nogueira: “Tarcísio, se for candidato, o Lula nem disputa com ele”
"Para quem conhece um pouco de política, Tarcísio é imbatível”, disse o presidente do PP ao Contexto Metrópoles

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) revelou, em entrevista ao Contexto Metrópoles, por que considera o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um candidato “imbatível” para disputar a Presidência da República em 2026.
Segundo ele, Tarcísio reúne baixa rejeição, desempenho eleitoral competitivo e, principalmente, a confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro — o que o tornaria praticamente imbatível em um eventual segundo turno. “O Tarcísio, se for candidato, o Lula nem disputa com ele”, afirmou Ciro, em entrevista ao Contexto Metrópoles.
“Como é que você vai comparar uma pessoa que está na margem de erro, dois, três pontos atrás do Lula, e o Lula, com 47% de rejeição? O Tarcísio tem 16%. Para quem conhece um pouco de política, é imbatível”, disse o ex-ministro da Casa Civil.Leia também
Ciro revelou dois conselhos que deu ao governador: manter-se fiel a Bolsonaro e buscar a reeleição em São Paulo, evitando usar o governo como “trampolim presidencial” — erro que ele atribui a nomes como João Doria, José Serra e Geraldo Alckmin. Mesmo assim, segundo o senador, Tarcísio está pronto para disputar a Presidência caso seja convocado.
“Se o país chamar, ele não vai virar as costas. E São Paulo vai entender”, afirmou. “Ele está seguindo esse script e pode dar muito certo se tiver o apoio do nosso capitão.”
O senador também deixou claro que Bolsonaro pode apoiar Tarcísio em 2026, caso continue inelegível. Para Ciro, o ex-presidente confia plenamente no governador paulista e tem clareza do seu potencial eleitoral.
“Uma coisa é certa, eu conheço o presidente Bolsonaro como poucos: ele confia no Tarcísio — seja para governador ou para presidente. Se ele não puder ser candidato, vai escolher entre Tarcísio, Ratinho, Caiado, Zema, ou alguém da família, como o Flávio ou a Michelle”, afirmou.
Ciro também confirmou que a federação entre o PP e o União Brasil será formalizada no próximo dia 19 e deverá marcar o rompimento com o governo Lula. “Entre Progressistas e União, nós não vamos estar com o PT. Se não vamos estar com o PT, não tem justificativa para permanecermos no governo”, disse, indicando que a nova aliança partidária será o embrião de uma candidatura própria da direita em 2026.
Ao comentar a situação do agronegócio, o senador reforçou a fidelidade do setor ao bolsonarismo. “O agro não vai fazer o L. É impossível. O agro sabe o que o Bolsonaro fez e defende. É muito mais de direita”, disse, criticando as políticas econômicas do atual governo.
Por fim, Ciro criticou o recente pronunciamento de Lula sobre o tarifaço e informou que sua equipe jurídica analisa uma possível ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda eleitoral antecipada.
“Foi um pronunciamento totalmente eleitoreiro. A Dilma foi multada por 5% do que o Lula falou ali. Nós vamos buscar providências e esperamos que o TSE cumpra o seu dever”, concluiu.
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