Cobrado, Kim Kataguiri justifica voto pró-Glauber Braga

Deputado Kim Kataguiri diz que tentou articular para a cassação de Glauber Braga, mas não havia votos suficientes

Dezembro 11, 2025 - 12:30
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Cobrado, Kim Kataguiri justifica voto pró-Glauber Braga

Cobrado na redes sociais, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) explicou o por que de ter votado pela suspensão do colega de Câmara Glauber Braga (Psol), que acabou se livrando da cassação na noite de quarta-feira (10/12), mas teve o mandato suspenso por seis meses.

No X (ex-Twitter), o deputado do União Brasil afirmou que, embora tenha tentado articular para a cassação do colega, não havia votos para tal e, portanto, optou por votar pela suspensão para “garantir que Glauber não saísse sem punição”.

“Eu tentei. Lutei no plenário para virar votos em favor da cassação. Porém, nós precisaríamos dos 257 votos necessários para cassá-lo, e em nenhum votação da noite alcançamos esse número. Para garantir que Glauber Braga não saísse sem punição, optei pela votação de sua suspensão”, escreveu Kim.

Segundo ele, é “absolutamente vergonhosa a postura de um parlamentar covarde, que não tem o mínimo de decência para cassar o mandato de um sujeito que expulsa, a pontapés, um cidadão do Congresso Nacional”, em referência ao motivo da análise da cassação de Glauber.

O mandato do psolista ficou ameaçado depois de ser acusado de quebra de decoro parlamentar ao expulsar da Câmara com chutes o militante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, em abril de 2024.

Kim, que atualmente integra os quadro do União Brasil, é um dos fundadores do MBL, movimento do qual Costenaro também fazia parte.

Ao responder um comentário ironizando este fato na rede social, Kim voltou a defender sua posição dizendo que estaria “faltando raciocínio lógico para você”, reafirmando que não haviam votos suficientes para a cassação.

“Se perdêssemos essa votação também o Glauber não teria punição alguma. Precisa que eu desenhe?”, questionou o deputado.

Punição a Glauber

Na noite de quarta-feira (10/12), o plenário da Câmara dos Deputados analisou o processo de cassação de Glauber Braga e decidiu, após apresentação de uma emenda do Psol, substituir a cassação do mandato por uma suspensão de seis meses -a qual foi aprovada por 318 votos.

No dia anterior, o plenário da Casa foi marcado por uma confusão envolvendo Glauber e policiais legislativos da Câmara. Depois do anúncio de que seu processo de cassação seria pautado para o dia seguinte, Glauber ocupou a cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e foi retirado à força pouco depois.

No meio tempo, jornalistas que estavam no plenário foi expulsa do local a mando de Motta e profissionais da imprensa acabaram sendo agredidos na saída de Glauber do plenário.

Ainda na noite de quarta-feira (10), os deputados também decidiram arquivar o processo de cassação de Carla Zambelli (PL-SP) após o parecer desfavorável não ter obtido o mínimo de 257 votos.

A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação intelectual na invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti. O caso envolveu a inserção de documentos falsos, como um mandado de prisão fabricado contra o ministro Alexandre de Moraes.

Zambelli está presa na Itália, onde aguarda o processo de extradição para o Brasil. Ela já está impedida de disputar eleições porque acumula duas condenações que somam 15 anos e 3 meses de prisão.

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