Comandante da PM defende atuação do Exército no RJ: “Soberania”

Comandante da PM diz que crime usa “táticas de guerrilha” e defende debate sobre atuação do Exército

Oct 30, 2025 - 15:00
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Comandante da PM defende atuação do Exército no RJ: “Soberania”

O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes, afirmou em entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira (30/10) que as ações do crime organizado nas favelas apresentam “táticas de guerrilha” e que, por isso, há espaço para debater sobre o eventual apoio do Exército à atuação da PMERJ.

A declaração foi dada no contexto da megaoperação que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais, nos complexos do Alemão e da Penha.

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“Não tenho dúvidas [de que o Exército deveria participar das operações]. E aí, mais uma vez, passo para o plano da constatação: basta analisar as barricadas, são verdadeiras táticas de guerrilha, são perfis metálicos concretados no chão, barricadas em chamas e, por vezes, eletrificadas, são elementos que estão armados com armas de guerra empregadas em conflitos internacionais, a questão extrapola não só de segurança pública, mas extrapolar para uma questão de defesa nacional, da soberania e da defesa do Estado democrático de Direito”, disse Menezes.

Questionado sobre a possibilidade de solicitar formalmente apoio das Forças Armadas, o comandante afirmou que não detém essa prerrogativa, mas que, na condição de gestor de segurança pública, considera necessário abrir o debate sobre o tema.

“Não sou a autoridade que tem o poder de, obviamente, requisitar ou buscar esse tipo de ação [apoio do Exército]. Obviamente existem instâncias superiores a mim. Mas a minha contribuição, como operador e gestor de segurança pública de um Estado tão importante como o Rio de Janeiro, essa é a constatação e reflexão que posso trazer”, afirmou.

A fala ocorre após a operação que mobilizou tropas estaduais nos complexos do Alemão e da Penha, marcada pela maior letalidade registrada no estado. Menezes descreveu obstáculos táticos encontrados nas áreas de intervenção e relacionou o aparato e os armamentos usados por integrantes das facções à necessidade de discutir medidas que ultrapassem o âmbito estritamente policial.

 

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