Comunista Jeannette Jara e ultradireitista José Antonio Kast avançam para o 2° turno das eleições presidenciais no Chile

Chile faz primeiro turno das eleições neste domingo O primeiro turno das eleições do Chile, realizado neste domingo (16), definiu que a disputa presidencial será decidida no segundo turno, em 14 de dezembro. Apoiada pelo presidente Gabriel Boric, Jeannette Jara (Partido Comunista) vai enfrentar José Antonio Kast (Partido Republicano), da extrema direita. Ainda durante a apuração, Boric confirmou que ambos avançariam para a votação final em 14 de dezembro, enquanto o candidato de extrema direita Johannes Kaiser declarou apoio a Kast. Às 20h45, com 71,16% dos votos apurados o serviço eleitoral já apontava segundo turno entre Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo presidente Gabriel Boric, e José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano. Apuração oficial dos votos às 22h45, com 97,20% dos votos apurados: Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo presidente Gabriel Boric - 26,82% José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano - 23,97%. Franco Parisi – direita - 19,63% Johannes Kaiser - direita- 13,93% Evelyn Matthei Fornet – direita - 12,53% Harold Mayne-Nicholls Secul - 1,26% Marco Antonio Enríquez-Ominami Gumucio - 1,19% Eduardo Antonio Artés Brichetti – 0,66% ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Com 40% dos votos apurados, Jeannette Jara, do Partido Comunista e apoiada pelo presidente Gabriel Boric liderava com 26,45%; José Antonio Kast , da ala de extrema direita do Partido Republicano estava em segundo com 24,46%. Reprodução A segurança pública domina o debate eleitoral em meio ao avanço da criminalidade e à crescente preocupação com a imigração. Jara aparece em primeiro lugar nas pesquisas, com cerca de 30% das intenções de voto. Em segundo lugar está José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano, com pouco mais de 20%. Outros três nomes da direita aparecem embolados na disputa pelo terceiro lugar: Johannes Kaiser, Evelyn Matthei e Franco Parisi. Mesmo com a vantagem no primeiro turno, os levantamentos indicam que Jara seria derrotada em um eventual segundo turno, marcado para o dia 14 de dezembro. Os candidatos presidenciais do Chile, Franco Parisi, Jeannette Jara, Marco Enriquez-Ominami, Johannes Kaiser, Jose Antonio Kast, Eduardo Artes, Evelyn Matthei e Mayne-Nicholls REUTERS/Pablo Sanhueza Neste domingo, Jara criticou seus rivais por "exacerbar o medo". Isso não "serve para governar um país [...] é preciso ter capacidade de realizar acordos, ter capacidade de diálogo", disse ela após votar em Santiago. Ex-ministra do Trabalho de Boric, Jara antecipou durante a campanha que não terá "nenhum problema com a questão da segurança", mas que também garantirá que os chilenos tenham "a segurança de chegar ao fim do mês". Um de seus projetos contra o crime organizado é o levantamento do sigilo bancário para atacar suas finanças. O Chile vive uma virada na política. Diferentemente de 2021, quando a esquerda venceu embalada por protestos contra a desigualdade e pela expectativa de uma nova Constituição, o clima agora é outro. Naquela eleição, Boric se tornou o presidente mais jovem da história do país, aos 35 anos. Quatro anos depois, a nova Constituição não saiu do papel, e o foco da população mudou. A criminalidade aumentou e se tornou a principal preocupação dos eleitores — à frente de temas como economia, saúde e educação. O Chile viu a taxa de homicídios mais que dobrar em dez anos, passando de 2,3 por 100 mil habitantes em 2015 para 6,0 em 2024. Os casos de sequestro também atingiram recorde no ano passado, com mais de 860 registros. Em meio a esse cenário, o Chile enfrentou uma forte onda migratória de venezuelanos que fugiram do regime de Nicolás Maduro. Atualmente, quase 700 mil venezuelanos vivem no país, e parte da população chilena passou a associar o aumento da imigração ao avanço da criminalidade.

Nov 16, 2025 - 23:30
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Comunista Jeannette Jara e ultradireitista José Antonio Kast avançam para o 2° turno das eleições presidenciais no Chile
Chile faz primeiro turno das eleições neste domingo O primeiro turno das eleições do Chile, realizado neste domingo (16), definiu que a disputa presidencial será decidida no segundo turno, em 14 de dezembro. Apoiada pelo presidente Gabriel Boric, Jeannette Jara (Partido Comunista) vai enfrentar José Antonio Kast (Partido Republicano), da extrema direita. Ainda durante a apuração, Boric confirmou que ambos avançariam para a votação final em 14 de dezembro, enquanto o candidato de extrema direita Johannes Kaiser declarou apoio a Kast. Às 20h45, com 71,16% dos votos apurados o serviço eleitoral já apontava segundo turno entre Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo presidente Gabriel Boric, e José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano. Apuração oficial dos votos às 22h45, com 97,20% dos votos apurados: Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo presidente Gabriel Boric - 26,82% José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano - 23,97%. Franco Parisi – direita - 19,63% Johannes Kaiser - direita- 13,93% Evelyn Matthei Fornet – direita - 12,53% Harold Mayne-Nicholls Secul - 1,26% Marco Antonio Enríquez-Ominami Gumucio - 1,19% Eduardo Antonio Artés Brichetti – 0,66% ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Com 40% dos votos apurados, Jeannette Jara, do Partido Comunista e apoiada pelo presidente Gabriel Boric liderava com 26,45%; José Antonio Kast , da ala de extrema direita do Partido Republicano estava em segundo com 24,46%. Reprodução A segurança pública domina o debate eleitoral em meio ao avanço da criminalidade e à crescente preocupação com a imigração. Jara aparece em primeiro lugar nas pesquisas, com cerca de 30% das intenções de voto. Em segundo lugar está José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano, com pouco mais de 20%. Outros três nomes da direita aparecem embolados na disputa pelo terceiro lugar: Johannes Kaiser, Evelyn Matthei e Franco Parisi. Mesmo com a vantagem no primeiro turno, os levantamentos indicam que Jara seria derrotada em um eventual segundo turno, marcado para o dia 14 de dezembro. Os candidatos presidenciais do Chile, Franco Parisi, Jeannette Jara, Marco Enriquez-Ominami, Johannes Kaiser, Jose Antonio Kast, Eduardo Artes, Evelyn Matthei e Mayne-Nicholls REUTERS/Pablo Sanhueza Neste domingo, Jara criticou seus rivais por "exacerbar o medo". Isso não "serve para governar um país [...] é preciso ter capacidade de realizar acordos, ter capacidade de diálogo", disse ela após votar em Santiago. Ex-ministra do Trabalho de Boric, Jara antecipou durante a campanha que não terá "nenhum problema com a questão da segurança", mas que também garantirá que os chilenos tenham "a segurança de chegar ao fim do mês". Um de seus projetos contra o crime organizado é o levantamento do sigilo bancário para atacar suas finanças. O Chile vive uma virada na política. Diferentemente de 2021, quando a esquerda venceu embalada por protestos contra a desigualdade e pela expectativa de uma nova Constituição, o clima agora é outro. Naquela eleição, Boric se tornou o presidente mais jovem da história do país, aos 35 anos. Quatro anos depois, a nova Constituição não saiu do papel, e o foco da população mudou. A criminalidade aumentou e se tornou a principal preocupação dos eleitores — à frente de temas como economia, saúde e educação. O Chile viu a taxa de homicídios mais que dobrar em dez anos, passando de 2,3 por 100 mil habitantes em 2015 para 6,0 em 2024. Os casos de sequestro também atingiram recorde no ano passado, com mais de 860 registros. Em meio a esse cenário, o Chile enfrentou uma forte onda migratória de venezuelanos que fugiram do regime de Nicolás Maduro. Atualmente, quase 700 mil venezuelanos vivem no país, e parte da população chilena passou a associar o aumento da imigração ao avanço da criminalidade.

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