Condado de Los Angeles declara estado de emergência em resposta às batidas de imigração do governo Trump
Medo da polícia anti-imigração muda rotina de brasileiros nos EUA O Condado de Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos, declarou estado de emergência devido às batidas da polícia de imigração do governo Trump, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), nesta terça-feira (14). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A decisão foi tomada pelo Conselho de Supervisores do condado, alegando que as ações estão impedindo as pessoas de irem trabalhar e forçando algumas empresas a fechar. As ações de imigração "criaram um clima de medo, levando a uma perturbação generalizada na vida diária e impactos adversos à nossa economia regional devido à diminuição da frequência aos locais de trabalho, ao fechamento temporário ou permanente de empresas e restaurantes e ao aumento da pressão sobre nossas instituições locais, como escolas, hospitais e locais de culto", diz a proclamação. Segundo a emissora Fox local, a supervisora Lindsey Horvath apresentou a moção em resposta a um relatório apresentado ao conselho na semana passada pelos procuradores do condado. O documento aponta uma queda de 62% na renda média semanal dos imigrantes e mostra que muitos deles vêm sendo ameaçados por seus proprietários com denúncias ao ICE caso não pagassem o aluguel por não estarem trabalhando por medo de serem pegos nas batidas. "Temos que ter certeza de que estamos vivendo nossos valores e colocando-os em ação, e é disso que trata esta proclamação", disse Horvath à Fox11. Batida do ICE em Montebello, no condado de Los Angeles, em agosto AP Foto/Gregory Bull Com a declaração, agora o condado poderá agilizar a contratações e aquisições, solicitar assistência financeira adicional e tomar medidas para "apoiar e estabilizar as comunidades impactadas", de acordo com o gabinete de um dos membros do conselho. Uma delas, noticiou há alguns dias o jornal "The New York Times", seria uma moratória de despejo e outras proteções para inquilinos afetados pelas batidas policiais de imigração. A supervisora Janice Hahn disse que a proclamação era necessária em resposta ao "medo, à dor e à desordem" que as batidas do ICE estão causando à comunidade: "Temos famílias inteiras que estão desamparadas porque seus pais ou mães foram tirados de seus locais de trabalho. Quero que nossas comunidades de imigrantes saibam que estamos nessa emergência com eles, que os vemos e entendemos o que eles estão passando". Essa é a mais recente medida tomada pelas autoridades locais para combater a repressão imigratória do governo Trump no sul da Califórnia. Envio de tropas da Guarda Nacional foi considerado ilegal pela Justiça Guarda Nacional em Washington com imagem de Trump ao fundo J. Scott Applewhite/AP No dia 2 de setembro, uma decisão da Justiça proibiu o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de enviar tropas da Guarda Nacional à Califórnia. A liminar, emitida pelo juiz Charles Breyer, de São Francisco, que valia até o dia 12 de setembro, era resultado de uma ação movida pelo governador californiano, Gavin Newsom, que contesta o envio da Guarda para o estado em junho, para reprimir protestos contra batidas de imigração em Los Angeles. Para justificar a decisão de enviar as tropas, Trump invocou uma lei raramente usada que permite ao presidente federalizar a Guarda Nacional em casos de rebelião ou invasão, reais ou iminentes, ou quando as forças regulares não conseguem fazer cumprir as leis americanas. O juiz considerou que o uso das tropas foi ilegal. "Donald Trump perde novamente. Os tribunais concordam: a militarização das nossas ruas e o uso das forças armadas contra cidadãos americanos são ilegais", postou o governador da Califórnia, na rede social X, após o anúncio da sentença. Initial plugin text Advogados do gabinete do procurador-geral da Califórnia afirmaram no processo que as tropas não eram necessárias e desempenharam funções policiais. A defesa do governo tentou mostrar que os militares agiram apenas para proteger agentes federais de ameaças e permaneceram dentro de seus limites legais. Horas depois da decisão ser anunciada, a Casa Branca se pronunciou e voltou a fazer críticas ao Poder Judiciário: "Mais uma vez, um juiz desonesto está tentando usurpar a autoridade do Comandante-em-Chefe para proteger as cidades americanas da violência e da destruição. O presidente Trump salvou Los Angeles, que estava infestada por lunáticos esquerdistas perturbados que semeavam o caos em massa até que ele intervisse. Enquanto tribunais de extrema esquerda tentam impedir o presidente Trump de cumprir seu mandato e Tornar a América Segura Novamente, o presidente está comprometido em proteger os cidadãos cumpridores da lei, e esta não será a palavra final sobre a questão". Los Angeles não foi a única cidade em que o presidente americano decidiu intervir enviando tropas. Em agosto, ele determinou uma intervenção federal na segurança da capital do país, Washington D.C. Depois disso, outras cidades governadas por


Medo da polícia anti-imigração muda rotina de brasileiros nos EUA O Condado de Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos, declarou estado de emergência devido às batidas da polícia de imigração do governo Trump, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), nesta terça-feira (14). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A decisão foi tomada pelo Conselho de Supervisores do condado, alegando que as ações estão impedindo as pessoas de irem trabalhar e forçando algumas empresas a fechar. As ações de imigração "criaram um clima de medo, levando a uma perturbação generalizada na vida diária e impactos adversos à nossa economia regional devido à diminuição da frequência aos locais de trabalho, ao fechamento temporário ou permanente de empresas e restaurantes e ao aumento da pressão sobre nossas instituições locais, como escolas, hospitais e locais de culto", diz a proclamação. Segundo a emissora Fox local, a supervisora Lindsey Horvath apresentou a moção em resposta a um relatório apresentado ao conselho na semana passada pelos procuradores do condado. O documento aponta uma queda de 62% na renda média semanal dos imigrantes e mostra que muitos deles vêm sendo ameaçados por seus proprietários com denúncias ao ICE caso não pagassem o aluguel por não estarem trabalhando por medo de serem pegos nas batidas. "Temos que ter certeza de que estamos vivendo nossos valores e colocando-os em ação, e é disso que trata esta proclamação", disse Horvath à Fox11. Batida do ICE em Montebello, no condado de Los Angeles, em agosto AP Foto/Gregory Bull Com a declaração, agora o condado poderá agilizar a contratações e aquisições, solicitar assistência financeira adicional e tomar medidas para "apoiar e estabilizar as comunidades impactadas", de acordo com o gabinete de um dos membros do conselho. Uma delas, noticiou há alguns dias o jornal "The New York Times", seria uma moratória de despejo e outras proteções para inquilinos afetados pelas batidas policiais de imigração. A supervisora Janice Hahn disse que a proclamação era necessária em resposta ao "medo, à dor e à desordem" que as batidas do ICE estão causando à comunidade: "Temos famílias inteiras que estão desamparadas porque seus pais ou mães foram tirados de seus locais de trabalho. Quero que nossas comunidades de imigrantes saibam que estamos nessa emergência com eles, que os vemos e entendemos o que eles estão passando". Essa é a mais recente medida tomada pelas autoridades locais para combater a repressão imigratória do governo Trump no sul da Califórnia. Envio de tropas da Guarda Nacional foi considerado ilegal pela Justiça Guarda Nacional em Washington com imagem de Trump ao fundo J. Scott Applewhite/AP No dia 2 de setembro, uma decisão da Justiça proibiu o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de enviar tropas da Guarda Nacional à Califórnia. A liminar, emitida pelo juiz Charles Breyer, de São Francisco, que valia até o dia 12 de setembro, era resultado de uma ação movida pelo governador californiano, Gavin Newsom, que contesta o envio da Guarda para o estado em junho, para reprimir protestos contra batidas de imigração em Los Angeles. Para justificar a decisão de enviar as tropas, Trump invocou uma lei raramente usada que permite ao presidente federalizar a Guarda Nacional em casos de rebelião ou invasão, reais ou iminentes, ou quando as forças regulares não conseguem fazer cumprir as leis americanas. O juiz considerou que o uso das tropas foi ilegal. "Donald Trump perde novamente. Os tribunais concordam: a militarização das nossas ruas e o uso das forças armadas contra cidadãos americanos são ilegais", postou o governador da Califórnia, na rede social X, após o anúncio da sentença. Initial plugin text Advogados do gabinete do procurador-geral da Califórnia afirmaram no processo que as tropas não eram necessárias e desempenharam funções policiais. A defesa do governo tentou mostrar que os militares agiram apenas para proteger agentes federais de ameaças e permaneceram dentro de seus limites legais. Horas depois da decisão ser anunciada, a Casa Branca se pronunciou e voltou a fazer críticas ao Poder Judiciário: "Mais uma vez, um juiz desonesto está tentando usurpar a autoridade do Comandante-em-Chefe para proteger as cidades americanas da violência e da destruição. O presidente Trump salvou Los Angeles, que estava infestada por lunáticos esquerdistas perturbados que semeavam o caos em massa até que ele intervisse. Enquanto tribunais de extrema esquerda tentam impedir o presidente Trump de cumprir seu mandato e Tornar a América Segura Novamente, o presidente está comprometido em proteger os cidadãos cumpridores da lei, e esta não será a palavra final sobre a questão". Los Angeles não foi a única cidade em que o presidente americano decidiu intervir enviando tropas. Em agosto, ele determinou uma intervenção federal na segurança da capital do país, Washington D.C. Depois disso, outras cidades governadas por democratas como Memphis, Portland e Chicago também foram alvo do reforço das ações do governo federal.
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