Corpo de brasileira é retirado de vulcão na Indonésia após 5 dias
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, caiu durante uma trilha no Monte Rinjani no sábado (21/6). Ela foi declarada morta nesta 3ª

O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi retirado do Monte Rinjani, na Indonésia, na noite desta terça-feira (24/6), no horário de Brasília — manhã de quarta (25), no Brasil.
A jovem caiu enquanto fazia uma trilha no vulcão, na ilha de Lombok, no sábado (21/6), e permaneceu no local desde então. Equipes de resgate, com apoio de voluntários, passaram quatro dias trabalhando na operação. Nesta terça, a família confirmou que a jovem foi encontrada sem vida.
Entenda o caso
- Juliana Marins, de 26 anos, deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok.
- Ela viajou para fazer um mochilão pela Ásia e estava na trilha com outros turistas, que contrataram uma empresa de viagens da Indonésia para o passeio.
- Após escorregar no caminho, ela só parou a uma distância de 300 metros de onde o grupo estava.
- Informações preliminares indicavam que a brasileira teria recebido socorro; a família, porém, desmentiu esses rumores. Juliana aguardava resgate há quatro dias.
- Por meio das redes sociais, a família da jovem confirmou que o salvamento foi interrompido nesta segunda-feira (23/6) por conta das condições climáticas na região.
- Nesta terça, Juliana foi encontrada morta.
Um socorrista voluntário conseguiu localizar Juliana a uma profundidade de cerca de 600 metros. Havia a suspeita de que Juliana pudesse estar ainda mais abaixo, a cerca de 950 metros, mas isso não se confirmou até o momento.
A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia optou por resgatar o corpo com o uso de cordas. O processo de evacuação por helicóptero não pôde ser realizado devido às condições climáticas.
A informação foi confirmada pelo chefe da agência, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i à televisão indonésia One News.
Nas redes sociais, os socorristas alegaram que “fazer trilha no Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo” e pediram respeito para “entender os limites”. “Quando acontecer um acidente, não culpe os resgatistas, a menos que você já tenha estado no lugar deles”, informou a equipe de socorro.
Nos últimos dias, o trabalho das equipes de resgate foi dificultado pelas condições climáticas adversas e pela baixa visibilidade na região. Acampamentos de apoio foram montados em dois pontos do desfiladeiro: um a 400 metros e outro a 600 metros de profundidade.
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Juliana MarinsReprodução2 de 7
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Imagem colorida de Juliana Marins, enquanto aguarda resgate em vulcão da IndonésiaReprodução/Redes sociais5 de 7
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Juliana Marins, 26 anos, é a turista brasileira que caiu em um penhasco enquanto fazia uma trilha na IndonésiaReprodução/Redes Sociais7 de 7
Juliana na trilhaRedes sociais
De acordo com o parque, o resgate da brasileira mobilizou 48 pessoas. Foram empregadas técnicas de salvamento vertical, mas o terreno do penhasco e o clima da região representaram “grandes desafios”. O uso de helicópteros na operação foi vetado por conta da neblina.
Veja como é o vulcão na Indonésia onde brasileira morreu:
A retirada do corpo ocorreu apenas ao amanhecer, quando as condições foram consideradas mais seguras para a operação. Após ser içado, o corpo será levado de maca até o posto de Sembalun, onde um helicóptero o transportará ao hospital Bayangkara, para os procedimentos legais.
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Quem era brasileira
A brasileira de Niterói (RJ) Juliana Marins, de 26 anos, era publicitária e compartilhava diversas experiências em outros países nas suas redes sociais.
Juliana tinha um perfil com mais de 20 mil seguidores nas plataformas digitais. Segundo sua conta no LinkedIn, a jovem já trabalhou em empresas do Grupo Globo, como Multishow e Canal Off.
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Juliana MarinsReprodução/X2 de 6
Juliana MarinsInstagram/Reprodução3 de 6
Juliana MarinsReprodução/X4 de 6
Juliana MarinsReprodução5 de 6
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Juliana Marins
Além disso, formou-se em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fez cursos de fotografia, roteiro e direção de cinema.
Juliana também era dançarina profissional de pole dance e costumava se apresentar artisticamente. Ela compartilhava os registros de suas performances nas redes.
Acidentes
Dados do governo indonésio, divulgados em março deste ano, mostram que, apesar de ser um dos destinos mais procurados da região, o número de acidentes no vulcão Rinjani aumentou nos últimos anos — com as ocorrências quase dobrando em 2024, na comparação com 2023.
Segundo o Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, foram registradas:
- 21 ocorrências em 2020
- 33 ocorrências em 2021
- 31 ocorrências em 2022;
- 35 ocorrências em 2023
- e 60 ocorrências em 2024.
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