Cortina de fumaça? Prisão de Bolsonaro não anula Caso Master
Redes forçam tese de cortina de fumaça entre Bolsonaro e Master. É conspiração que não se sustenta: veja os fatos e os políticos citados.
Ganhou força nas redes e nos bastidores a narrativa de que a prisão de Jair Bolsonaro serviria, na verdade, como uma grande “cortina de fumaça” midiática. O objetivo? Desviar o foco da opinião pública de um escândalo mais perigoso para a classe política: o rombo de R$ 12 bilhões do Banco Master e a Operação Compliance Zero.
Isso não se sustenta. É bom lembrar que um escândalo não exclui a existência de outro. No caso em questão, a prisão preventiva de Bolsonaro aconteceu por quebra de medida cautelar (questão jurídica), enquanto a fraude do Master é um colapso financeiro estrutural.
No vídeo abaixo, a análise dos jornalistas Ricardo e Guga Noblat ajuda a entender a gravidade do caso Master. Eles expõem como a fraude financeira, mascarada pela vida de luxo do banqueiro Daniel Vorcaro, só prosperou graças a uma blindagem política. Para os analistas, o Banco não era apenas uma instituição financeira problemática, mas um ponto de convergência de nomes poderosos.
Como prova dessa capilaridade que o “sistema” supostamente tentaria abafar, os jornalistas citam exemplos que vão do Executivo ao Legislativo, mencionando a “cegueira” do governador Ibaneis Rocha (MDB) e a proximidade de figuras como o senador Ciro Nogueira (PP).
O vídeo disseca como essa teia de influências permitiu que a fraude crescesse a níveis estratosféricos, sugerindo que o “buraco” do Banco Master expõe as entranhas de Brasília de uma forma que poucas operações conseguiram.
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