Covid em SP: moradores da periferia têm mais chances de reinfecção

Estudo feito por pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde mostra que zona leste tem maior taxa de reinfecção de Covid em São Paulo

Jun 13, 2025 - 14:30
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Covid em SP: moradores da periferia têm mais chances de reinfecção

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e do Hospital Israelita Brasileira Albert Einstein mostra que moradores das regiões mais pobres da cidade de São Paulo têm mais chances de ter reinfecção por Covid.

O trabalho, que analisou 73.741 casos confirmados da doença na capital paulista, aponta que a zona leste apresentou a taxa mais alta de reinfecção, de 9,6%, enquanto a região central, mais rica, registrou o menor índice, com 6,4%. A diferença representa um risco 50% maior entre os extremos socioeconômicos da cidade. 4 imagensFechar modal.1 de 4

Fatores hormonais e imunológicos estão ligados a Covid prolongada nas mulheres Getty Images2 de 4

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Reprodução

Segundo os pesquisadores, fatores como baixa renda, menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e maior presença de favelas estão diretamente associados às taxas mais elevadas de reinfecção.

Os pesquisadores constataram que os extremos da cidade – leste, norte e sul – concentram as maiores taxas de reinfecção, coincidindo com regiões de maior vulnerabilidade social. Por outro lado, a região central, com melhor infraestrutura, serviços e indicadores sociais, registrou os menores índices.

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“Os resultados demonstram que as emergências sanitárias impactam de forma desproporcional as populações mais vulneráveis, demandando estratégias robustas de vigilância epidemiológica e políticas públicas comprometidas em garantir a equidade e a proteção social dos grupos mais fragilizados”, afirma Daniel Tavares Malheiro, pesquisador do Einstein.

Variantes da Covid

O estudo também mostrou que variantes da Ômicron foram responsáveis por 97% das reinfecções, sendo as subvariantes XBB, XBB.1.5 e XBB.1.16 as mais presentes, em 37,2% dos casos.

“Essas subvariantes acumularam mutações específicas na proteína spike, o que ampliou a capacidade de reinfectar pessoas que já haviam adquirido imunidade por infecção ou vacinação. Por isso elas responderam por mais de um terço das reinfecções e causaram também o aumento do número de testes positivos no período”, diz Marcelo Bragatte, pesquisador do ITpS.

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