Trama golpista: Paulo Sérgio Nogueira é interrogado no STF. Siga
Ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio é interrogado por ser um dos oito réus investigados por supostamente tramarem golpe de Estado no Brasil

O general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa do governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, começou a ser interrogado nesta terça-feira (10/6) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Acompanhe:
O ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno, e ex-presidente Jair Bolsonaro, já foram interrogados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira. O interrogatório é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Interrogatório no STF
- Os interrogatórios começaram na segunda (9/6) e vão até sexta-feira (13/6).
- Todos os réus precisam estar presentes na Primeira Turma do STF para responderem às perguntas da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos ministros da turma. Mesmo os que já prestaram esclarecimentos, como Mauro Cid e
- Alexandre Ramagem, devem estar presentes durante o restante das audiências.
- Único que não participará presencialmente é o general Walter Souza Braga Netto, que segue preso no Rio de Janeiro e, por isso, prestará depoimento por videoconferência.
- Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid foi o primeiro a ser interrogado, por ser o delator do caso.
Presença em reuniões e minuta golpista
Segundo delação do tenente-coronel Mauro Cid, Paulo Sérgio participou de ao menos uma reunião no Palácio da Alvorada, ao lado de Jair Bolsonaro, para discutir uma minuta de decreto que previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a convocação de novas eleições. Cid afirma que Bolsonaro teria revisado o texto, excluindo trechos mais radicais, e que o então ministro da Defesa estava ciente das intenções golpistas.
Paulo Sérgio nega qualquer envolvimento em atos antidemocráticos. A defesa sustenta que sua atuação à frente da se deu “nos estritos limites institucionais” e que ele jamais apoiou nenhuma ruptura da ordem constitucional.
Trama golpista sob escrutínio
Além de Paulo Sérgio, também são réus no processo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Braga Netto e Augusto Heleno, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Todos devem ser ouvidos até sexta-feira (13/6).
A PGR acusa o grupo de crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
Colaborou Manuela de Moura.
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