CPMI tem discussão e pedido para “calarem a boca”: “Presidente sou eu”

Ex-ministro de Bolsonaro, Onyz Lorenzoni insinuou que gráficos apresentados por petista estava adulterado

Nov 6, 2025 - 15:30
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CPMI tem discussão e pedido para “calarem a boca”: “Presidente sou eu”

Integrantes da CPMI do INSS bateram boca durante a oitiva do ex-ministro do Trabalho e Previdência Social no governo de Jair Bolsonaro (PL) Onyx Lorenzoni nesta quinta-feira (6/11). O ex-titular insinuou que o deputado governista Rogério Correia (PT-MG) teria manipulado gráficos mostrados ao questioná-lo sobre o aumento de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) durante a gestão.

“O senhor repete de maneira contumaz uma narrativa para tentar estabelecer uma responsabilização ao único governo que já combateu fraudes no INSS (…) O senhor apresenta gráficos, que, olha, estou aqui há muito tempo. Gráficos sem números é coisa de marqueteiro, talvez tenha sido o Sidônio”, alegou Onyx.

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Correia tentou interrompê-lo, dizendo que, se o ex-ministro desejasse, poderia mostrar os números. A interação foi seguida por uma discussão generalizada. O deputado Alencar Santana (PT-SP) perguntou: “Ele está aqui como depoente ou para dar a opinião?”.

Já o deputado José Medeiros (PL-MT), mandou Correia e Alencar “calarem a boca” sucessivamente.

Farra do INSS

  • O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
  • Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
  • As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
  • Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril deste ano e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Em certo ponto, o presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), interveio, ressaltando que “o presidente desta CPMI sou eu”. E defendeu o momento de fala de Onyx Lorenzoni, argumentando que Rogério Correia não poderia interrompê-lo, pois havia excedido o tempo de fala.

“O depoente pode responder da forma que ele desejar. O senhor já falou por 10 minutos”, destacou Carlos Viana.

“Os números são aqueles que o Zeca Dirceu leu [durante os questionamentos que fez a Onyx]”, explicou Rogério Correia, e seguiu batendo boca com Carlos Viana, que tentava retomar a sessão. Na sequência, o deputado petista levantou, foi até a mesa onde o depoente estava e mostrou o documento que tinha em mãos.

O tempo de fala de Onyx Lorenzoni foi reassumido em seguida.

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