DF tem 80 Lulas e nenhum Bolsonaro registrados até o ano de 2022
Entre os brasilienses, há registros de nomes e sobrenomes inspirados em celebridades, esportistas e até políticos, segundo dados do IBGE
Maria e José continuam liderando a lista de nomes mais comuns no Distrito Federal. Mas, entre os brasilienses, também há espaço para a criatividade: nomes inspirados em celebridades, esportistas e até políticos vêm ganhando cada vez mais registros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última terça-feira (4/11).
O sobrenome Lula, inspirado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi registrado em 80 pessoas na capital do país até 2022.
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O que era, inicialmente, apenas um apelido, também acabou registrado no sobrenome do presidente brasileiro. Em 1982, ele incluiu Lula em seu nome de registro, no cartório. O objetivo era facilitar a identificação dele nas urnas e nas cédulas de votação.
Segundo dados do site Nomes do Brasil, o DF ocupa a terceira posição entre as unidades da Federação com maior proporção de pessoas registradas com o sobrenome Lula, considerando uma população de 2.817.381 habitantes.
Já o sobrenome Bolsonaro não aparece em nenhum registro na capital, um dado curioso diante da rivalidade política entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que divide o cenário político brasileiro há anos.
Todavia, segundo o IBGE, isso pode acontecer por causa de algumas restrições de dados, que inclui uma apresentação de nomes com frequência igual ou maior a 20. O que não descarta a possiblidade de que existam brasilienses com o sobrenome Bolsonaro.
No Brasil, há 2.452 pessoas que usam o sobrenome Lula e outras 241, Bolsonaro.
Celebridades e jogadores
Nomes de celebridades e jogadores também caíram no gosto dos brasilienses e inspiraram os de algumas pessoas na capital. Um dos principais ídolos do futebol brasileiro na última década, Neymar é um exemplo da influência do esporte na escolha dos nomes dos filhos. Atualmente, existem 16 pessoas registradas no DF com o mesmo nome do jogador.
Romário, que faz alusão ao ex-jogador de futebol e senador, também figura entre os nomes registrados no DF, com 525 pessoas. Para Romários, o auge ocorreu na década de 1990, com idade mediana atual de 30 anos.
Outro nome que também aparece é de um jogador argentino, camisa 10, que foi auge no anos 2000. Isso porque existem, de acordo com o IBGE, 269 Riquelmes na capital, com idade mediana de 14 anos.
Pelo lado do mundo pop, há 29 Rihannas, com idade média de 9 anos. Taylor Swift também pode ter inspirado muitas fãs a batizar suas filhas com o nome da cantora americana. São 68 Taylors brasilienses, com aproximadamente 18 anos.
Entre os nomes de cantoras nacionais, Sandy continua sendo um dos mais populares, com 157 registros. O “boom” desse nome ocorreu entre os anos 1990 e 1999.
Além desses, também figura Elvis, que pode ser uma referência ao cantor Elvis Presley, com 326 brasilienses. Outro que também ganha destaque é o sobrenome Senna, o mesmo do piloto de fórmula 1 Ayrton Senna, com 457 pessoas.
Nomes no Brasil
Os dados do IBGE fazem parte da segunda edição do levantamento de nomes mais frequentes do país, atualizada pelo Censo Demográfico 2022. A versão anterior foi lançada em 2016 com dados do Censo 2010.
A ferramenta interativa permite consultar a ocorrência, período de nascimento, concentração geográfica e idade mediana de pessoas com determinados nomes e sobrenomes.
Ao todo, o IBGE identificou mais de 140 mil nomes e 200 mil sobrenomes. Não há diferenciação entre sinais gráficos.
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