Diplomacia reage a apelo da Ucrânia por mediação de Lula com Putin
Mais cedo, embaixador da Ucrânia pediu que Lula convencesse Putin a se encontrar com Zelensky na Turquia

Depois do pedido ucraniano para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convença o russo Vladimir Putin a se encontrar com o ucraniano Volodymyr Zelensky na Turquia, a diplomacia brasileira se manifestou sobre o assunto, e disse que o presidente brasileiro discutiu o possível cessar-fogo na Ucrânia durante visita à Rússia.
Ao Metrópoles, fontes diplomáticas brasileiras em Kiev informaram que o fim da guerra – ou ao menos um trégua – foi debatido entre Lula e Putin na última semana. Na ocasião, o presidente do Brasil participou das comemorações do 80º aniversário do Dia da Vitória.
“O presidente Lula e o governo brasileiro são profundamente dedicados a soluções diplomáticas que levem ao fim da guerra. Cessar-fogo e negociações de paz foram tratadas na reunião bilateral em Moscou e na conversa entre os ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Ucrânia hoje”, disse um alto funcionário da diplomacia brasileira na Ucrânia.
Apesar disso, a chancelaria brasileira não confirmou se Lula pode voltar a falar com Putin, e pressionar o líder russo para que ele compareça na reunião direta entre Rússia e Ucrânia na Turquia. Ao invés disso, pessoas com conhecimento sobre o assunto ouvidas pelo Metrópoles preferiram classificar o encontro, previsto para acontecer na quinta-feira (15/5), como um “importante começo”.
Ainda que a proposta de uma negociação direta entre Moscou e Kiev tenha partido de Putin, o Kremlin ainda faz mistério sobre a ida, ou não, do presidente da Rússia para a Turquia.
À mídia estatal do país, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, apenas confirmou que uma delegação russa vai estar em Istambul na data marcada.
Pedido para Lula
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, pediu que o governo Lula use sua “voz autoritária em seu diálogo com a Rússia” para que Putin se reúna com Zelensky.
O pedido surgiu apesar das críticas da Ucrânia sobre a política externa do Brasil em relação ao conflito no Leste Europeu. Descontentamentos que já renderam até mesmo ameaças de rebaixamento de relações, por conta de gestos vistos como acenos positivos do Brasil ao líder russo.
O último deles foi justamente a participação de Lula nas festividades da Rússia, que celebraram a vitória da extinta União Soviética sobre a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.
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