Diplomatas em visita à Cisjordânia são surpreendidos por disparos de militares israelenses; VÍDEO
Exército de Israel confirmou ter realizado tiros de advertência porque a delegação "entrou em uma área onde não estava autorizada a estar". Autoridade Palestina, que organizou a visita, fala em "violação flagrante e grave da lei internacional". Diplomatas em visita à Cisjordânia são surpreendidos por disparos israelenses Um grupo de diplomatas que visitava a Cisjordânia em uma visita organizada pela Autoridade Palestina foi surpreendida por disparos realizados pelas tropas de Israel nesta quarta-feira (21). A delegação estava em um portão do campo de refugiados de Jenin quando os tiros foram dados e houve correria. O Exército israelense reconheceu ter realizado disparos de advertência e os justificou com o fato de os diplomatas terem "se desviado do itinerário aprovado". A delegação "entrou em uma área onde não estava autorizada a estar. Os soldados do Exército israelense que operam na área realizaram disparos de advertência para distanciá-los", afirmou em um comunicado, antes de lamentar o "inconveniente causado". Disparos israelenses causaram correria entre comitiva com diplomatas Mohammad Ateeq / AFPTV / AFP O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, divulgou um vídeo em que se vê duas pessoas vestidas com uniforme do Exército israelense, apontando com uma arma para um grupo de diplomatas. Initial plugin text Um jornalista da agência de notícias AFP, que estava próximo ao local, confirmou ter ouvido tiros e conseguiu registrar o momento em que vários veículos diplomáticos fugiram da área. "Era a última parte da visita e, de repente, ouvimos tiros vindos do campo de refugiados. Não foi apenas uma ou duas vezes. Foram tiros repetidos. É uma loucura. Não é normal", disse um diplomata à AFP sob condição de anonimato. Comitiva de diplomatas no portão para o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia Mohammad MANSOUR / AFP Fontes diplomáticas disseram que representantes da China, Japão, México, França, Países Baixos, Itália, Espanha e Romênia estavam participando da visita. "Havia um espanhol no grupo de diplomatas, que está bem. Estamos em contato com outros países afetados para coordenar conjuntamente uma resposta ao que aconteceu, o que condenamos veementemente", reagiu o Ministério das Relações Exteriores da Espanha. O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, descreveu no X os tiros de advertência como ameaças "inaceitáveis". "Acabei de falar com Alessandro Tutino, vice-cônsul italiano em Jerusalém, que está bem e estava entre os diplomatas que supostamente foram atacados a tiros perto do campo de refugiados de Jenin. Pedimos ao governo de Israel que esclareça imediatamente o que aconteceu. As ameaças contra diplomatas são inaceitáveis", escreveu. Initial plugin text A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, também condenou o incidente e chamou Israel à responsabilidade: "Qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável. Israel é signatário da Convenção de Viena" e, portanto, tem "a obrigação de garantir a segurança de todos os diplomatas estrangeiros". Em uma declaração, o ministério palestino condenou "nos termos mais fortes o crime hediondo cometido pelas forças de ocupação israelenses, que consistiu em disparar diretamente com munição real contra uma delegação diplomática credenciada ao Estado da Palestina". Foi "uma violação flagrante e grave da lei internacional", acrescentou. O incidente ocorre em meio à crescente pressão internacional sobre Israel por causa de sua ofensiva na Faixa de Gaza. Em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (19), França, Canadá e Reino Unido ameaçaram o governo israelense com sanções. Israel sofre pressão para liberar mais ajuda à Faixa de Gaza


Exército de Israel confirmou ter realizado tiros de advertência porque a delegação "entrou em uma área onde não estava autorizada a estar". Autoridade Palestina, que organizou a visita, fala em "violação flagrante e grave da lei internacional". Diplomatas em visita à Cisjordânia são surpreendidos por disparos israelenses Um grupo de diplomatas que visitava a Cisjordânia em uma visita organizada pela Autoridade Palestina foi surpreendida por disparos realizados pelas tropas de Israel nesta quarta-feira (21). A delegação estava em um portão do campo de refugiados de Jenin quando os tiros foram dados e houve correria. O Exército israelense reconheceu ter realizado disparos de advertência e os justificou com o fato de os diplomatas terem "se desviado do itinerário aprovado". A delegação "entrou em uma área onde não estava autorizada a estar. Os soldados do Exército israelense que operam na área realizaram disparos de advertência para distanciá-los", afirmou em um comunicado, antes de lamentar o "inconveniente causado". Disparos israelenses causaram correria entre comitiva com diplomatas Mohammad Ateeq / AFPTV / AFP O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, divulgou um vídeo em que se vê duas pessoas vestidas com uniforme do Exército israelense, apontando com uma arma para um grupo de diplomatas. Initial plugin text Um jornalista da agência de notícias AFP, que estava próximo ao local, confirmou ter ouvido tiros e conseguiu registrar o momento em que vários veículos diplomáticos fugiram da área. "Era a última parte da visita e, de repente, ouvimos tiros vindos do campo de refugiados. Não foi apenas uma ou duas vezes. Foram tiros repetidos. É uma loucura. Não é normal", disse um diplomata à AFP sob condição de anonimato. Comitiva de diplomatas no portão para o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia Mohammad MANSOUR / AFP Fontes diplomáticas disseram que representantes da China, Japão, México, França, Países Baixos, Itália, Espanha e Romênia estavam participando da visita. "Havia um espanhol no grupo de diplomatas, que está bem. Estamos em contato com outros países afetados para coordenar conjuntamente uma resposta ao que aconteceu, o que condenamos veementemente", reagiu o Ministério das Relações Exteriores da Espanha. O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, descreveu no X os tiros de advertência como ameaças "inaceitáveis". "Acabei de falar com Alessandro Tutino, vice-cônsul italiano em Jerusalém, que está bem e estava entre os diplomatas que supostamente foram atacados a tiros perto do campo de refugiados de Jenin. Pedimos ao governo de Israel que esclareça imediatamente o que aconteceu. As ameaças contra diplomatas são inaceitáveis", escreveu. Initial plugin text A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, também condenou o incidente e chamou Israel à responsabilidade: "Qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável. Israel é signatário da Convenção de Viena" e, portanto, tem "a obrigação de garantir a segurança de todos os diplomatas estrangeiros". Em uma declaração, o ministério palestino condenou "nos termos mais fortes o crime hediondo cometido pelas forças de ocupação israelenses, que consistiu em disparar diretamente com munição real contra uma delegação diplomática credenciada ao Estado da Palestina". Foi "uma violação flagrante e grave da lei internacional", acrescentou. O incidente ocorre em meio à crescente pressão internacional sobre Israel por causa de sua ofensiva na Faixa de Gaza. Em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (19), França, Canadá e Reino Unido ameaçaram o governo israelense com sanções. Israel sofre pressão para liberar mais ajuda à Faixa de Gaza
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