Duas vacinas comuns podem reduzir o risco de demência, sugere estudo

Cientistas identificam que duas vacinas indicadas para idosos podem reduzir a chance de desenvolvimento de demência em até 37% em18 meses

Jul 21, 2025 - 19:50
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Duas vacinas comuns podem reduzir o risco de demência, sugere estudo

Duas vacinas recomendadas para idosos podem ser capazes de reduzir o risco de demência em até 38%. O achado foi revelado por um estudo publicado na revista NPJ Vaccines em junho, após a análise de dados de mais de 130 mil pessoas nos Estados Unidos.

A pesquisa indica que as vacinas contra herpes-zóster e contra o vírus sincicial respiratório (VSR), recomendadas para uso em idosos, podem aumentar as defesas do corpo contra o declínio cognitivo. Ambas contêm o adjuvante AS01, um estimulador do sistema imunológico.

O que é demência?

  • Demência é um conjunto de sinais e sintomas, incluindo esquecimentos frequentes, repetição de perguntas, perda de compromissos ou dificuldade em lembrar nomes.
  • Atualmente, o SUS oferece diagnóstico e tratamento multidisciplinar para pessoas com demência em centros de referência e unidades básicas de saúde.
  • Um diagnóstico precoce permite ações terapêuticas que podem retardar sintomas, aliviar a carga familiar e melhorar a qualidade de vida.
  • Dados do Ministério da Saúde mostram que até 45% dos casos de demência podem ser prevenidos ou retardados.
  • Os principais tipos de demência incluem: Alzheimer, demência vascular, demência com corpos de Lewy e a demência frontotemporal.

A comparação para o estudo foi feita com idosos imunizados com a vacina anual contra a gripe, que não contém esse adjuvante. Os resultados mostram que quem tomou o imunizante contra a herpes-zóster teve risco 18% menor de demência em 18 meses. Com o do VSR, a redução foi de 29%.

Pessoas que receberam as duas vacinas apresentaram redução de 37% no risco de demência ao serem comparadas com aquelas que receberam apenas a vacina da gripe.

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Sistema imunológico pode estar envolvido

A pesquisa, no entanto, mostra que o efeito combinado não foi tão grande quanto o das doses individualizadas. Isso sugere que a proteção não vem da resposta contra os vírus, mas de algo ligado ao adjuvante AS01.

Além disso, o benefício aparece logo após a vacinação, o que descarta a proteção viral direta como principal causa.

As conclusões reforçam uma hipótese recente: a de que a demência pode estar ligada ao sistema imunológico do cérebro. Se isso for verdade, vacinas podem influenciar esse sistema mesmo sem infecção.

Em vez de impedir doenças, elas ativariam vias imunológicas que ajudam o cérebro a manter funções saudáveis. Estudos anteriores já ligaram infecções comuns a maior risco de demência, mostrando que depressões do sistema imune causadas por enfermidades como herpes labial, mononucleose e pneumonia se associam ao risco de declínio cognitivo no futuro. 8 imagensPor ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista  Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoceNa fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do anoDesorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doençaAlém disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comunsFechar modal.1 de 8

Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomasPM Images/ Getty Images2 de 8

Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images3 de 8

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoceWestend61/ Getty Images4 de 8

Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do anourbazon/ Getty Images5 de 8

Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doençaOsakaWayne Studios/ Getty Images6 de 8

Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comunsKobus Louw/ Getty Images7 de 8

Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doençaRossella De Berti/ Getty Images8 de 8

O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vidaTowfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

Recomendações médicas seguem as mesmas

Tanto a vacina de herpes-zóster como a de VSR estão disponíveis no Brasil, mas apenas em clínicas particulares. A primeira é indicada no país para adultos com mais de 50 anos. A segunda, para os que já passaram dos 60.

Há expectativas de que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a incluir o imunizante contra o herpes-zóster em 2026.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores alertam que os mecanismos por trás da proteção ainda não foram esclarecidos. Novos estudos serão necessários para entender as causas e as vacinas não podem ser interpretadas, ainda, como um preventivo para a demência.

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