Eduardo Bolsonaro diz que deixou Brasil para evitar “bote” da PGR

Parlamentar fez afirmação ao comentar sobre possibilidade de ter passaporte recolhido e reagir a comentário jornalístico nas redes

Jun 19, 2025 - 20:30
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Eduardo Bolsonaro diz que deixou Brasil para evitar “bote” da PGR

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nessa quarta-feira (18/6) que a ida dele para os Estados Unidos foi motivada por receio de ser humilhado e também para evitar um “bote” da Procuradoria Geral da República (PGR).

A fala do deputado federal foi feita ao comentar, na internet, o trecho de um programa jornalístico, no qual os apresentadores argumentavam que o parlamentar não se encaixa na condição de exilado porque não seria sequer investigado quando deixou o país.

“A PGR não se manifestou porque estava esperando eu voltar para o Brasil para dar o bote, para me humilhar e tirar qualquer possibilidade que eu pudesse de fazer o meu trabalho lícito internacional, como o próprio PGR depois falou”, disse Eduardo Bolsonaro sobre a possibilidade de ter o passaporte retido pela Justiça.

Veja vídeo:

 

 

Entenda o que está acontecendo

  • O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes tem sido acusado de promover censura por meio de suas ordens judiciais. Segundo parlamentares dos EUA, as ordens do ministro atingem empresas localizadas nos EUA e cidadãos que estão no país.
  • Tudo começou após o ministro do STF suspender o X no Brasil, em 2024, depois de a rede social descumprir determinações judiciais em solo brasileiro.
  • O ministro brasileiro chegou a ser alvo de uma ação judicial apresentada pela plataforma Rumble, em parceria com uma empresa de Trump. Elas pediam para não serem obrigadas a cumprir ordens de Moraes.
  • No dia 21 de maio, Rubio disse que existe uma “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções norte-americanas com base na Lei Global Magnitsky. Nesta quarta, ele anunciou nova política de restrição de vistos.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro. Inicialmente, ele foi para lá sob o pretexto de uma viagem de férias. No fim de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores (PT) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação na qual era pedida a apreensão do passaporte do filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O argumento dos petistas para restringir o passaporte do parlamentar era de que o deputado estaria cometendo crime contra a soberania nacional, ao criticar o Poder Judiciário no exterior. A decisão de permanecer nos Estados Unidos foi divulgada por Eduardo Bolsonaro no dia 18 de março deste ano. 4 imagensEduardo Bolsonaro anunciou que vai morar nos Estados Unidos no dia 18O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)Fechar modal.1 de 4

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“Irei me licenciar, sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, disse Eduardo à época.

O deputado levantou ainda a hipótese de estar “respondendo a até 12 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito“. Um inquérito foi aberto no STF no dia 26 de maio, por ordem de Moraes, para apurar a possível prática dos “crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

O inquérito foi aberto após uma representação na PGR protocolada pelo líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), em 22 de maio deste ano. Ao defender a instauração do inquérito, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que Eduardo estava afirmando publicamente que atua junto ao governo dos EUA para aplicar sanções contra os ministros do STF, a PGR e a Polícia Federal (PF).

Argumentos de Eduardo

Eduardo Bolsonaro sustenta que está nos EUA para denunciar supostas violações de direitos e a prática de censura no Brasil. Após a abertura do inquérito por determinação do STF, o parlamentar reagiu.

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“Como eu já tinha dito, isso não irá me parar. Já sabia que essa seria a reação dos serviçais do regime. Foi justamente por isso que fiquei nos Estados Unidos. Gonet, o seu nome é, junto com o Moraes, colocado como um dos principais violadores de direitos humanos. Você se prestou ao papel sujo e covarde de prender pessoas inocentes na farsa que virou os processos tocados pelo tiranete do Alexandre”, discursou Eduardo.

No dia 21 de maio, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou, após uma provocação do deputado republicano Corry Mills que existe uma “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções dos EUA com base na Lei Global Magnitsky.

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