Em SBC, Marinho pede presença de Lula no próximo 1º de Maio: “Recado”

São Paulo – Ex-prefeito de São Bernardo do Campo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, representou Lula no ato do Dia do Trabalhador organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), na cidade que é o berço político do presidente. Pela primeira vez no mandato, ele decidiu não ir aos eventos de 1º de maio em São Paulo.

No palanque, Marinho fez uma fala rápida em que pediu maior adesão dos trabalhadores a mobilizações como a do 1º de maio. A principal ausência sentida, no entanto, foi a do próprio presidente. O ministro afirmou:

“Ano que vem tem que trazer mais gente. Todo mundo que veio hoje tem que trazer mais uma pessoa”, disse. “Tem que trazer o Lula no ano que vem”, disse o ministro, antes de pedir para o público levantar a mão caso quisesse a presença do petista em 2026. “Esse é o nosso recado para o presidente Lula”, disse Marinho após a reação positiva da plateia.

Após encerrar seu discurso, o ministro voltou ao microfone para dizer que vai trabalhar pela redução da jornada de trabalho e pelo fim da jornada 6×1, as principais pautas políticas do evento.

Mais cedo, Marinho participou de um ato organizado por centrais sindicais na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. O evento também contou com a presença da ministra Cida Gonçalves, das Mulheres, e Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Macêdo também foi ao ato em São Bernardo do Campo, mas não subiu ao palco.

Ausência de Lula

O presidente decidiu, na semana passada, que não iria aos atos de 1º de maio em São Paulo. Segundo fontes do Planalto, o principal motivo foi que neste ano não houve um acordo entre todas as centrais sindicais para um ato unificado.

Enquanto as entidades Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública promoveram o ato em São Paulo, a CUT fez o evento em São Bernardo do Campo. A CUT não concorda com a estratégia de sortear brindes para atrair mais público ao evento.

No ano passado, Lula deu uma bronca pública no ministro Márcio Macêdo por conta do ato esvaziado na Arena Corinthians e disse que o evento foi “mal convocado”.